Notícias do Dia

sábado, 24 de novembro de 2012

Brasil: Ainda sobre Joaquim, um herói nacional?

Ministro Joaquim Barbosa, presidente do STF: um herói nacional?

Os últimos meses deram ao brasileiro Joaquim Barbosa, atual presidente do Supremo Tribunal Federal, uma notoriedade que até ele provavelmente jamais imaginasse que alcançaria. As razões para tornar-se quase unanimidade nacional, reside apenas no fato de com a coragem cívica não demonstrada por nenhum outro ministro da Corte máxima de Justiça do país, se dispôs a enfrentar com a precisão das leis, figuras poderosas da política nacional, nunca antes alcançada pelas garras ineficazes do arcaico Código Penal Brasileiro.

Não deveria ser assim. É que no Brasil qualquer posicionamento firme no cumprimento de uma tarefa que lhe seja atribuída, mesmo que respeitando todas as normas vigentes, transforma-se em exagerado rigor que via de regra transforma o autor em herói ou vilão.

O ministro relator do caso do mensalão tem se debruçado sobre os autos do processo e tendo encontrado lá provas robustas suficientes para condenar os réus, tem cumprido seu papel, sem se preocupar com o currículo ou o prestígio dos mesmos, o que tem sido suficiente para que, de um lado, tenha obtidoa aprovação nacional por parte da opinião pública. Por outro, para o PT, por exemplo, sido alvo de que agiu com extremo rigor.

O ministro acreditamos está em paz com sua consciência e agiu com a coragem que suas origens humildes e o esforço para atingir o ápice da carreira jurídica o motiva.

Agora, como presidente da Corte máxima de Justiça, revela outra grande coragem: a de reafirmar o que já havia assegurado o ex-presidente do STF, César Peluzo, de que a Justiça no Brasil não é para todos.

Palavras de ministros presidentes que sabem muito bem o que dizem.

quinta-feira, 15 de novembro de 2012

O PT, o STF e um brasileiro: Joaquim Barbosa














Mensalão: o ex-ministro José Dirceu, condenado, e o ministro do STF, Joaquim Barbosa, relator do processo

Aprendemos desde cedo que "decisão de Justiça não se discute. Cumpre-se!". Não é o que o Partido dos Trabalhadores que governa o país desde 2003 pensa e faz.

A julgar pela Nota publicada pelo presidente do PT, Ruy Falcão, o partido responsável pelos destinos do país desde 2003 quando Lula assumiu a presidência do Brasil, discorda da afirmativa predominante no meio jurídico do país.. A Executiva do PT chega ao extremo de afirmar que a Corte "desrespeitou garantias constitucionais" para "tentar criminalizar o PT". 

 Ora, seria talvez razoável se o partido se referisse a um possível equívoco de um Juiz de Primeira Instância de uma das milhares de varas criminais por todo o país. Mas a declaração refere-se ao julgamento do Supremo Tribunal Federal, a Corte máxima de Justiça do país, que aproxima-se do final do julgamento do mensalão, quantificando as penas dos condenados.

O PT de tantos méritos nos dez anos de governo, induz ao inevitável entendimento de que a Justiça é para todos, menos para os seus integrantes petistas. A nota divaga sobre teorias jurídicas com a nítida intenção de encontrar argumentos que com alguma razoabilidade justifique sua incompreensível indignação. Desde a denúncia do Ministério Público Federal, decorreram-se longos anos em que os réus tiveram em todas as instâncias todas as possibilidades e direitos  à ampla defesa. Portanto, não há como se falar que não houve por parte do STF o devido respeito ao processo legal.

Diante das condenações, os líderes petistas alegam jultamento político numa tentativa inócua de minimar a gravidade dos graves cometidos pelos condenados. Registre-se por oportuno que a defesa dos réus estiveram sob a responsabilidade dos maiores juristas brasileiros, que incluiu até o ex-ministro da Justiça do governo do PT, o advogado Márcio Tomaz Bastos. As provas constantes dos autos processuais revelaram-se robustas o suficiente para que não prosperassem as teses desesperadas  da defesa. Esta, inicialmente insistiu na insustentável afirmativa de que não houve mensalão. Os membros do STF constataram nos autos que houve sim. Em seguida, a defesa apelou para a admissão de que houve caixa 2, que segundo o entendimento do tribunal, é crime sim, portanto, passível de punição.

Na prática o que ocorreu foi a afirmação da Corte máxima de Justiça do país, o STF, de que a Constituição de 1988 vale para todos, sem distinção de raça, cor ou religião, conforme seu próprio texto constitucional.

Nesse julgamento histórico, há de se destacar o papel corajoso do ministro Joaquim Barbosa, relator do processo, que numa demonstração absoluta de coragem cívica, não rendeu-se às pressões políticas de toda ordem e fez valer o princípio da igualdade na aplicação da lei. A sua indispensável firmeza na interpretação e aplicação do que determina a Constituição e o Código Penal pareceu até para alguns excessivo rigor, quando na realidade ele apenas cumpriu com fidelidade, exatidão e isenção, o que determina a lei.

O Partido dos Trabalhadores oferece ao país um pessimo exemplo ao tentar  desqualificar a Corte máxima de Justiça e pretender que os seus integrantes estejam acima do bem e do mal. Não conseguiu.

O Brasil, representado por seus cidadãos, é maior, muito maior do que pensa os líderes petistas.





Ministro da Justiça: "... eu preferia morrer"

José Cardozo Alves: Ministro da Justiça prefere morrer a cumprir pena no brasil


Sem nenhuma dúvida, foi a frase da semana política no país: “Se fosse para cumprir muitos anos em uma prisão, em algumas prisões nossas, eu preferia morrer. Eu falo francamente. Eu não acho que ela traz mais temor, não. Falo é a minha opinião pessoal".

Ao simples e mortal cidadão brasileiro, a frase pode não dizer muito, mas quem conhece minimamente a situação caótica do sistema prisional do país, percebe a gravidade da afirmação, sincera, do principal responsável pela política adotada em relação aos presídios brasileiros.

O agravante é que o autor da frase é o atual ministro da Justiça, a quem está subordinada a administração dos presídios do país e pertencente ao governo do Partido dos Trabalhadores que governa o país há dez anos, sem que nada de concreto fosse feito para dar um mínimo de dignidade aos condenados amontoados em fétidas e insuportáveis prisões do Oiapoque ao Chuí.

Nada muda quando o ministro tenta minimizar a sincera declaração dando um caráter pessoal. Tentando falar como cidadão e não como ministro. Cabe a pergunta sobre o que sincero ministro fez em dois anos à frente do ministério da Justiça para amenizar a situação dos presídios do país?

Curiosamente a declaração ocorre em um momento  em que O Supremo Tribunal Federal acaba de condenar a alguns anos de prisão alguns figurões petistas como o ex-todo poderoso ministro da Casa Civil, José Dirceu e o ex-presidente nacional do PT, José Genoíno.

Nunca se viu a mesma preocupação ministerial quando diariamente dezenas ou centenas de brasileiros comuns são condenados - muito deles sem o devido processo legal - a apodrecerem nas cadeias.

O que pensará os mais de 500 mil presos do país ao ouvir ou ler a declaração do ministro responsável por garantir-lhe um mínimo de dignidade no cumprimento de suas penas? 

Segundo dados do próprio Ministério da Justiça, faltam vagas para mais de 200 mil cumprirem suas penas. Em alguns estados chega e existir rodízios em que os juízes definem quem ficará preso em determinados dias. Os investimentos oficiais na área não são prioridades ou são insuficientes.

Na contra-mão da linha dura adotada pelos países de primeiro mundo como Estados Unidos, Itália e Inglaterra, que possuem leis rigorosas no combage ao crime, o Brasil continua alterando lentamente o caduco Código Penal Brasileiro de 1940, mas tornando as leis ainda mais leves, garantindo assim a impunidade ao criminoso que utiliza o dinheiro resultante do próprio crime, para atraves da contratação de bons advogados, manterem-se livres e soltos para a continuidade da prática criminosa sem que a Justiça os alcance. É uma realidade incontestável  no Brasil.

Enquanto isso, a repetida frase de que "segurança pública é dever do estado e direito do cidadão" não passa de letra morta. Não há nenhuma sinalização de que seja diferente.





segunda-feira, 8 de outubro de 2012

7 de Outubro: o dia em que todos somos juízes


Fechadas as cortinas da utopia política em que tudo é permitido no vasto campo das promessas que nunca serão cumpridas, tem-se neste Domingo, 7 de outubro, o inevitável e saudável choque da realidade eleitoral. No Regime Democrático de Direito vigente no Brasil, no campo eleitoral temos felizmente uma real afirmação democrática quando em raros momentos da vida nacional nos tornamos todos iguais. Falamos do voto indevassável que nos permite ser absolutamente igual. Negros e brancos, pobres e ricos, poderosos e humildes se nivelam no peso democrático do voto depositado. Simbólico e ao mesmo tempo decisivo, é passível sim se questionar o valor democrático da opção eleitoral. Teria um eleitor desinformado, carente e beneficiário dos bolsas família da vida a mesma liberdade de escolha de um contribuinte que compulsoriamente paga essa conta e pode fazer a opção realmente livre, embora não raras vezes tenha que votar em quem não escolheria para ser seu representante? A realidade indesejada nos revela que o voto transformou-se em uma mercadoria nos quatro cantos do país com o agravante do péssimo exemplo vindo de cima para baixo. Em alguns casos, atinge o nível dos preços praticados no fim das feiras livres, a conhecida xepa. O eleitor minimamente esclarecido já percebeu que o mensalão, negado insistentemente pelo PT, mas comprovado pelo Supremo Tribunal Federal, a corte máxima de Justiça do país, nada mais foi do que a compra de voto dos parlamentares federais feita pelo governo petista de Lula. Assim, diante da carência que bate permanentemente à sua porta e da oferta dos corruptores candidatos, boa parte do eleitoral é empurrada para a lamentável venda de suas consciências. Não há, portanto, como se falar em crime eleitoral quando está em jogo em muitos casos o inadiável saciamento da fome. Com ela presente, não há dignidade, nem muito menos liberdade. O nordestino porreta Luís Gonzaga já dizia em sua emblemática composição "Vozes da Seca" que "uma esmola a um homem que é são, ou lhe mata de vergonha ou vicia o cidadão". Falou em vão para suas excelências detentoras de mandatos e cargos públicos. O poeta desde então alertava para o que o nordestino precisava era de trabalho e não de esmolas que hoje transformadas pela mídia oficial em programas sociais dão-lhe tão somente roupagem nova. Pois bem. Às dezessete horas deste Domingo, 7, teremos decidido quem serão os próximos gestores e respectivos legisladores municipais. Nunca é demais lembrar a afirmativa pertinente de que é no município que a vida existe. E seremos, nós, eleitores, mais uma vez, os únicos responsáveis pela representatividade que conferimos aos candidatos para nos representarem. O voto nos transforma em reais juízes do nosso destino pelos próximos quatro anos. Teremos, pois, a imensurável e democrática oportunidade de fazer com a nossa consciência e também, com nossas próprias mãos, a justiça que os tribunais não têm alcançado. Precisamos urgentemente rever nossos conceitos quanto aos critérios que devem nos motivar a decidir por determinado representante. É desejável e mais do que isso, indispensável que competência gestora, ética, espírito público e caráter prevaleçam sobre carisma, beleza, padrão social, parentesco e até dívida de favores. Apesar da notória obviedade da afirmação, não é demais reafirmar que as consequências de nossas escolhas são absolutamente proporcionais à liberdade de fazê-las. Acreditamos, por fim que o melhor voto, talvez seja o realizado em harmonia com nossas consciências.

sábado, 15 de setembro de 2012

RN Político: Micarla declara voto em Carlos Eduardo.



Carlos Eduardo e Micarla de Sousa: entre tapas e beijos. Mais tapas do que beijos

A política brasileira, sabe-se é exageradamente dinâmica. A norte riograndense e mais precisamente a natalense não é diferente. Mas de vez em quando alguns dos seus principais agentes políticos decidem extrapolar.

Foi o que aconteceu esta semana, quando a prefeita de Natal, Micarla de Sousa, entrevistada no programa de Felinto Rodrigues, na 98 FM, disparou: "voto em Carlos Eduardo", surpreendendo a todos, entrevistador e ouvintes.

Quem acompanha o noticiário político do estado e de Natal, conhece a relação "entre tapas e beijos" existente entre o ex-prefeito e a atual prefeita. Para o ex-prefeito, "vice é vice", famoso recado para limitar a atuação política de Micarla quando foi sua vice. As fortes acusações mútuas entre o ex e a atual gestora municipal foi presença constante no noticiário político local.

Agora, Micarla que termina sua gestão de forma desastrosa e com índices de desaprovação beirando os 100%, dispara essa verdadeira pérola de que vota em Carlos Eduardo para prefeito, voto renegado de imediato pelo candidato pedetista, para quem a declaração não passa de extranha estratégia política. Tem sentido.

A incrível e lastimável justificativa da prefeita, por envolver seu filho menor, foi de que atende a um pedido de seu filho e por gratidão a Agnelo Alves, pai de Carlos Eduardo. Como acreditar que um menor pediria para a mãe votar em um adversário político? Confundiu e não convenceu a ninguém pela fragilidade e pela inconsistência do argumento, mais uma vez a prefeita de Natal.

A surpreendente declaração soou estapafúrdia a todos que a ouviram, sugerindo uma absurda estratégia para tirar votos de Carlos Eduardo, seu antecessor e principal adversário político.

Micarla contribuiu para a política natalense assumir o pódium como a mais dinâmica de todas.

E agora?: Lula foi o "chefe e fiador" do Mensalão, afirma Veja















Fotos de Rodrigo Rangel e Leandro Martins
Acusador, réu, e acusado (não indiciado): Marcos Valério e ex-presidente Lula

O direito constitucional de permanecer calado de Marcos Valério, acusado de chefiar o desvio de dinheiro público do mensalão, cai por terra.

A real, embora ainda frágil possibilidade de passar boa parte de sua vida na cadeia, tem sido o principal motivo do publicitário abrir a boca sobre os reais envolvidos no esquema de distribuição de propina a políticos da base do governo petista durante os dois mandatos de Lula.

Ainda que a conta gotas, Marcos Valério começa a envolver diretamente o ex-presidente Lula no mensalão, não afirmando que ele sabia mas que era também " chefe e fiador" do esquema de corrupção do governo petista que teria desviado não apenas o que apurou as investigações, mas que chegou aos R$ 350 milhões de reais, pelo cálculo do principal operador.

O mais ingênuo dos observadores da cena política nacional não conseguia acreditar que Lula "não sabia de nada" como insistentemente afirmou ao longo do tempo, o ex-presidente. A clássica negativa de que "não sabia de nada" soava falso, inconsistente, impossível, inverossímel, diante das evidências de que muitas decisões eram tomadas na sala ao lado do gabinete presidencial do Palácio do Planalto, onde despachava nada mais nada menos que o então presidente Lula.

Preservado até então até pelo próprio Ministério Público Federal, que não o incluiu entre os denunciados, Lula de certa forma subestimou até o Supremo Tribunal Federal, corte maior da Justiça do país, ao repetir afirmações ingênuas de que "o mensalão nunca existiu". Mesmo sabendo que de fato, existiu, e que ele, segundo Marcos Valério agora reafirma, foi o principal fiador do esquema de corrupção de políticos, o maior no Brasil.

Um vencedor em vários desafios e hoje uma das personalidades mais influentes do mundo político não apenas nacional mas internacional, Lula terá agora muito trabalho pela frente para tentar destruir possivelmente através da desqualificação do acusador, as graves denúncias agora aquecidas pelo suposto operador do esquema e até então, homem de sua confiança, mas que provavelmente a partir de agora se transformará em traidor do ex-presidente.

Marcos Valério começa a sentir e a manifestar-se de que não irá para a sarjeta - o chão frio e insalubre das prisões brasileiras - sozinho. As "garantias" de que o mensalão se transformaria em pizza, não estão sendo honradas, graças a incorrigível atuação do Supremo Tribunal Federal e mais precisamente do Ministro Joaquim Barbosa, relator do processo do mensalão, em fase de julgamento e já com algumas condenações de parte dos réus do processo.

Nem a impressionante e vergonhosa presença do ex-ministro da Justiça do governo Lula, Márcio Tomaz Bastos, como principal defensor de alguns dos acusados do esquema evitou as firmes condenações já ocorridas, face a robustez de provas condenatórias presentes nos autos de alguns dos envolvidos.

Os desdobramentos da reportagem de Veja revelarão o silêncio conveniente ou as declarações repetidas de inocência por parte do ex-presidente Lula, principal cabo eleitoral obstinado em fazer do seu ex-ministro da Educaçao, Haddad, o prefeito de São Paulo. É desconhecida ainda portanto a sua estratégia de defesa, devendo ficar entre a clássica resposta: "não vou comentar a entrevista de veja" ou continuar subestimando a opinião pública com o já batido "o mensalão não existiu.

É esperar para ver.



terça-feira, 28 de agosto de 2012

Fim de Noite: "Depois"



Conforme prometido, as postagens voltaram e com elas, o tópico musical do blog, Fim de Noite. Um clássico com Marisa Monte, reafirmando que embora mais escassas as grandes composições surgem como "Depois". Boa noite!

segunda-feira, 27 de agosto de 2012

Intercâmbio: Carta Aberta II






Paulo Vítor, à esquerda na foto: novo intercâmbio em Toronto, no Canadá.

Caríssimos e generosos leitores, depois de alguns dias sem atualização, retornamos ao batente, pedindo-lhes licença para reiniciar nossas postagens com uma Carta. Uma Carta Aberta ao filho Paulo Vítor. Agradecendo a atenção, reafirmamos o compromisso de continuarmos aqui neste modesto espaço tentando contribuir para o bom debate e com seriedade e responsabilidade, abordarmos temas importantes do nosso cotidiano. Abaixo, na íntegra, a Carta:

CARTA ABERTA II A MEU FILHO PAULO VÍTOR

"Filho é um ser que nos emprestaram para um curso intensivo de como amar alguém além de nós mesmos, de como mudar nossos piores defeitos para darmos os melhores exemplos e de aprendermos a ter coragem. Isto mesmo ! Ser pai ou mãe é o maior ato de coragem que alguém pode ter, porque é se expor a todo tipo de dor, principalmente da incerteza de estar agindo corretamente e do medo de perder algo tão amado. Perder? Como? Não é nosso, recordam-se? Foi apenas um empréstimo". José Saramago.

Querido Paulo Vítor,
A providência divina em sua extrema sabedoria reserva aos vitoriosos não apenas um, mas vários e grandes desafios na vida. E oferece aos humildes e dispostos, no tempo certo a oportunidade de enfrentá-los, deixando com o desafiante a exclusiva decisão de com determinação e muito esforço, alcançar os resultados desejados.
Foi assim em agosto de 2010, quando você deixou o nosso convívio e o modesto mas relativo conforto e a segurança da nossa casa e de sua família em busca de um objetivo maior: o sonho de em terras estrangeiras, ter acesso a novos e importantes conhecimentos técnicos em sua área de formação – ciências da computação. E foi, com a coragem pessoal dos jovens desafiadores. Mas uma vez, não se intimidou com a civilização desconhecida com a qual travou proveitosa convivência que lhe rendeu uma importantíssima experiência humana, facilitada pelo seu diferencial domínio da língua da nova terra que o abrigou: Wausau, em Winsconci, Estados Unidos. Voltou fortalecido pela riquíssima experiência vivida na terra do Tio Sam, não apenas pelo sucesso curricular, mas também pela oportunidade aproveitada de prestar significativa contribuição em importante trabalho solidário desenvolvido no chão americano que o acolheu, cujo reconhecimento se materializou no certificado lhe conferido pelo prefeito da cidade, Jim Tipple, pelos seus relevantes serviços comunitários prestados.
Suportamos, não sem um compreensível e doloroso sofrimento, a sua sentida ausência em nosso lar. Mas a força que nos moveu na superação da falta que você nos fez, foi a certeza de que você estava feliz na sua determinada missão de enriquecer seus conhecimentos em outras fronteiras. As grandes conquistas, sabemos, resulta da união de espírito de luta e determinação.
Precisamos outra vez compreendê-lo e apoiá-lo em sua nova missão que implicará em ficarmos órfãos temporários de sua presença física e somente física, porque em espírito estaremos permanentemente com você, esteja onde estiver. Na imensa saudade que se instalará em nossos corações no dia-a-dia, nos alimentaremos das lembranças de todos os momentos felizes com você vividos e das alegrias do filho carinhoso que você sempre foi e é.
Em mais um difícil esforço para suportar a sua ausência em nosso cotidiano, recorremos ao escritor José Saramago, para quem ser pai é realmente um ato de extrema coragem, na medida em que nos expomos a muitas dores, entre elas, o medo de perdê-lo. Mas ousamos com humildade termos uma outra coragem: a de reconhecermos que nenhum risco justifica criarmos obstáculos à sua obstinação com que enfrenta seus desafios, ainda que sob o argumento de lhe proteger. Seguindo a linha de que filhos são empréstimos de Deus, conforme assegura Saramago, cuidaremos com todo o nosso amor e carinho do nosso patrimônio maior que Deus nos confiou.
Desta vez, Toronto, no Canadá é o seu novo destino. Tenha a certeza de que você levará consigo a nossa confiança e as nossas orações voltadas para que seus dias sejam de paz e vitórias e que em terras norte-americanas, você, além do sucesso pessoal que conquistará, terá a honrosa responsabilidade de ser um brasileiro exemplar, respeitando os valores da nova terra por você escolhida para ampliar seus conhecimentos técnicos e humanos, que muito o ajudará a ser um homem cada dia melhor.
Fortalecidos pelo sucesso de sua experiência anterior, acreditamos em você e temos a total confiança de que a inexorável máquina do tempo nos devolverá em doze meses, nosso filho cada vez mais preparado para o próximo de muitos desafios que Deus tem reservado pra você.
Você continuará sendo não apenas nosso menino como também nosso herói. Boa sorte, filho! Vá com Deus!
Seus pais Alcindo e Marília.
Natal, 26 de agosto de 2012.

quarta-feira, 25 de julho de 2012

Travessia Areia Branca/Grossos: poesia, simbolismo e insegurança


















Areia Branca e Grossos: as águas do rio Mossoró separam as duas cidades.

O destino era o Bar Maria Lúcias, na Barra, do outro lado do rio. De Areia Branca, com a maré na baixa-mar, a única possibilidade era através da travessia de balsa até Grossos e de lá, percorrer uma simpática e estreita rodovia asfaltada entre os manguezais e salinas, até a Barra.

A travessia de balsa pelo rio Mossoró é um momento especial de contemplação: em uma das margens, os vastos e verdes manguezais em uma área que a cada dia avança sobre o leito do rio, como se quizesse eliminar o estreito canal que separa Areia Branca da Barra. Na outra margem, o histórico cais Tertuliano Fernandes, de tanta importância econômica para o município nos tempos idos de desembarque de mercadorias diversas vindas dos quatro cantos do país, por via marítima. Além, claro, do sal, matéria prima responsável pela principal atividade econômica da terra do sal.

O embarque na rampa em balsas relativamente precárias, não tira o poesia da paisagem se formando na medida em que a embarcação se afasta do cais, tendo ao fundo a imponente Igreja de Nossa Senhora dos Navegantes, agora em novo formato de embarcação. O pequeno espaço interno abriga precariamente os passageiros que se misturam aos poucos carros transportados. Os equipamentos salva-vidas, injustificadamente presos ao teto de balsa, distancia-se do possível uso imediato caso haja uma emergência. A insegurança é diminuída apenas pela mansidão do rio Mossoró, que mais parece uma lâmina em seu espelho d'água, afastando assim um risco maior para os passageiros.

O silencioso trajeto de 30 minutos poderia ser preenchido por informações históricas e curiosidades do rio e das duas cidades ligadas pelo Mossoró. Sente-se nitidamente a ausência de qualquer ação voltada para informações turísticas sobre a região, agregando maior valor ao trajeto.

Atingido o objetivo inicial no Bar de Maria Lúcias (não há erro de concordância, é Maria Lucias mesmo), a travessia inversa é ainda mais interessante com a aproximação do cais, em Areia Branca. A paisagem vai se transformando na medida em que a balsa deixa para trás a cidade de Grossos e aporta na histórica rampa que durante tantos anos acolheu as frágeis mas indispensaveis canoas que à vela ou a remo, transportavam os areia-branquenses para a Barra e vice-versa.

Valeu o excelente carangueijo no côco com ariacó frito e baião de dois no Bar de Maria Lúcias, mas o melhor da festa foram as duas travessias que possibilitam a todos, inclusive a este simples blogueiro nascido em Pernambuquinho, uma agradável viagem no tempo. Uma volta às origens e a reafirmação do orgulho de ser areia-branquense nascido em Pernambuquinho.

domingo, 24 de junho de 2012

Política no Brasil: vale tudo mesmo?

















Dois fatos políticos com propósitos semelhantes

Dois fatos políticos desta semana de festejos juninos, um nacional e outro local não podem passar despercebidos dos agentes políticos principais de uma eleição - os eleitores.

No plano nacional, coube a São Paulo, o mais importante estado da federação, através de duas carimbadas figuras do cenário político nacional - o ex-presidente Lula e o ex-governador de São Paulo e atual deputado federal, Paulo Maluf - oferecer ao povo brasileiro que em política vale tudo, sim, com a tentativa duvidosa de fazer do ex-ministro Fernando Hadad, o novo prefeito da capital paulistana. E tudo, tudo mesmo, por míseros 1 minuto e meio de tempo de televisão no horário eleitoral, chmado de gratuito mas que de gratuito não existe nada. As televisões ganham muito com a Propaganda Eleitoral "Gratuita".

Mas o foco não é esse. Lula, que a presidência deixou ele, mas ele não deixou a presidência, continua sendo o mais ferrenho cabo eleitoral do PT, e decidido a reafirmar que em política aí sim é que o fim justifica os meios. Entre um sorriso falso, amarelo e um certo ar de constrangimento, cumprimenta Paulo Maluf e o proclama agora fiel parceiro de um teimoso projeto político de Fazer do ex-ministro da Educação, o gestor executivo de São Paulo. Os votos de Maluf derrubaram qualquer preocupação com o mínimo de coerência política petista, Mais uma vez. Maluf, talvez o maior beneficiário da impunidade predominante no Brasil, é procurado pela polícia internacional, por crimes financeiros internacionais e seria preso em vários países. Aqui, continua leve e solto, driblando leis e códigos penais.

A então candidata a candidata a vice-prefeito, Luiza Erundina, não suportou tanto cinismo. Foi demais para ela a cara de pau do seu líder e ex-presidente Lula, posando ao lado do ex-adversário Paulo Maluf, a quem o chamada de no mínimo filho da Ditadura. Erundina caiu fora.

No plano local, depois de uma desistência emblemática de candidatar-se a prefeita ou até mesmo a vereadora, a ex-governadora Wilma de Faria ressurge no cenário político local com uma estranhíssima candidatura a vice compondo a chapa com o seu ex-prefeito Carlos Eduardo, cujas contas de sua gestão foram desaprovadas pela Câmara Municipal de Natal, instância política legítima para julgá-las. É comprovadamente constituição essa prerrogativa, ignorada e subestimada pelo ex-prefeito.

Que exercício de engenharia política está por trás dessa composição política?

Embora pesquisas visivelmente manipuladas indiquem Carlos Eduardo como favorito, sabe-se que a professora Wilma de Faria tem muito mais densidade política para concorrer com grandes chances a eleição para prefeita. Todos sabemos, inclusive ela, como o canditado do PTB costuma tratar a vice-prefeita, com seu descrachado "Vice é vice". A atual Micarla de Souza conhece bem essa frase".

Ou Carlos Eduardo foi muito competente na articulação na articulação política ao convencer a aceitação por parte de Wilma ou a própria tem nas mangas um projeto político desconhecido com vistas a 2014, sendo o mandato de vice apenas uma escada para vôo maior.

No meio disso tudo, o eleitor, principal agente político numa Democracia, a quem foi servido dois pratos políticos indigestos que tem como ingredientes principais o cinismo e a cara de pau, com o propósito de subestimando a capacidade crítica do eleitor, reafirmar que na política brasileira e principalmente na local, vale tudo mesmo.

sexta-feira, 11 de maio de 2012

Charge: Cachoeira




Charge: Ivan Cabral

Uma enquete seria hoje entre os brasileiros provavelmente resultaria no sentimento expresso pela charge do competentissimo Ivan: nausea seguido seguida de vomito. Ate porque sabemos que se o Cachoeira "explodir" como ameaça, explodira a Republica. Com os representantes que nos escolhemos. Temos sim, meia-culpa.

domingo, 6 de maio de 2012

Charge: voto x lixo


Charge: Ivan Cabral (cedida)

Com todas as possiveis imperfeiçoes - e elas existem -, a Democracia garante ao cidadao brasileiro, algo fundamental na vida politica de um pais,o voto, lamentavelmente banalizado por algumas praticas politicas de representantes que traem a confiança de seus representados.Ha no inconsciente popular, com obvias e incontestaveis razoes, a convicçao de que a pior Democracia e melhor para o cidadao do que qualquer Ditadura.

Mas a fragilidade do sistema juridico brasileiro tem contribuido para abominaveis agressoes ao estado democratido de direito, quando agentes politicos e gestores publicos desviam bilhoes de reais - nao ha erros de grafia - que fazem falta a saude publica, a segurança e a educaçao, por exemplo. Por nunca serem recuperados, esses recursos desviados condenam milhares de brasileiros, enquanto locupletam inescrupulosos que fazem a farra em dimensao gigantesca.A Justiça formal nunca os alcança. Essa impotencia juridica foi em passado recente ratificada textualmente pelo Ministro e ex-presidente do Supremo Tribunal Federal, Cesar Peluso, em entrevista as paginas amarelas de Veja.Curiosamente, nao se debate seriamente no pais, a imperiosa necessidade de mudar as leis, causa maior de nao se promover a puniçao dos transgressores contumazes da norma juridica. E comum vermos magistrados reclamando dos codigos civil e penal.Curioso tambem e constatar que hoje, o unico ente capaz de promover a justiça em relaçao a um seu representante e o cidadao, enquanto eleitor.

Nunca e demais lembrar que e nesses momento em que realmente nos tornamos realmente iguais: o voto ate do analfabeto tem o mesmo peso do presidente, no asepcto quantitativo, que e o que determina a eleiçao ou nao de um candidato. Nenhuma outra instituiçao hoje tem conseguido igual proeza: punir no ato, no tempo real, a quem descumpriu as elementares regras comportamentais.

´`E o voto, indevassavel, que nos transforma em juizes da nossa propria consciencia e nos oferece a especialissima oportunidade de fazer justiça, algo que nem os tribunais tem conseguido.Outubro se aproxima e mais uma vez, teremos essa oportunidade de mudar a logica da charge ai de cima, do competente Ivan Cabral, para nao jogarmos o nosso voto no lixo.

Lingua Portuguesa: Dilma e Presidente e nao Presidenta


A presidente Dilma Rousseff e uma das 100 pessoas mais influentes do Mundo, segundo a revista Times. Nao e pouco. Supera em popularidade o seu mentor e seu guru, o carismatico ex-presidente Lula. Permite-se, no entanto a presidente, a rebelar-se contra a lingua portuguesa, ao exigir ser tratada como PRESIDENTA, termo que fere o vocabulario patrio, e nao como PRESIDENTE. As publicaçoes oficiais rendem-se a determinaçao presidencial e referem-se a mesma como presidenta, enquanto a maior parte da imprensa livre mantem o termo presidente nominando o cargo, o maior do pais. Sobre o assunto, o Blog Costa BRanca News, traz a consistente e fundamentada justificativa da professora Miriam Rita Mine, da Universidade Federal do Paraná: 'No português existem os particípios ativos como derivativos verbais. Por exemplo: o particípio ativo do verbo atacar é atacante, de pedir é pedinte, o de cantar é cantante, o de existir é existente, o de mendicar é mendicante... Qual é o particípio ativo do verbo ser? O particípio ativo do verbo ser é ente. Aquele que é: o ente. Aquele que tem entidade. Assim, quando queremos designar alguém com capacidade para exercer a ação que expressa um verbo, há que se adicionar à raiz verbal os sufixos ante, ente ou inte. Portanto, a pessoa que preside é PRESIDENTE, e não "presidenta", independentemente do sexo que tenha. Diz-se: capela ardente, e não capela "ardenta"; se diz estudante, e não "estudanta"; se diz adolescente, e não "adolescenta"; se diz paciente, e não "pacienta". Um bom exemplo do erro grosseiro seria: "A candidata a presidenta se comporta como uma adolescenta pouco pacienta que imagina ter virado eleganta para tentar ser nomeada representanta. Esperamos vê-la algum dia sorridenta numa capela ardenta, pois esta dirigenta política, dentre tantas outras suas atitudes barbarizentas, não tem o direito de violentar o pobre português, só para ficar contenta". Com este parecer preciso e fundamentado, a professora Miriam Mine da importante contribuiçao para os brasileiros que nao conseguem digerir muito bem a presidenta Dilma Rousseff.

quinta-feira, 19 de abril de 2012

Cultura: Família de Deífilo Gurgel lança "Romanceiro Potiguar"






Deífilo Gurgel e seu "Romanceiro Potiguar"

O cenário não poderia ser mais adequado: jardins do Palácio da Cultura (antiga séde do Governo do Estado, em Natal, ontem, 19. O "Romanceiro Potiguar" foi lançado em um ambiente onde se respirava cultura, em meio a familiares, amigos, ex-alunos, folcloristas e pesquisadores.

O evento teve momentos emocionantes com as justas homenagens ao mestre Deífilo Gurgel, presenciadas pela esposa Zoraide Gurgel, visivilmente emocionada ao lado de filhos e netos.

O irmão de todas as horas, o também escritor Tarcísio Gurgel fez emocionado depoimento sobre Deífilo Gurgel, pinçando momentos marcantes da vida do saudoso escritor e poeta, destacando sua infância em Areia Branca.

Ao final, a neta Catarina Gurgel cantou clássicos da MPB especialmente os que o avô-pai mais gostava. Uma noite de homenagem póstuma e de muitas manifestações carinhosas todas voltads para o obstinado pesquisador da cultura potiguar.

O livro, que traz em sua capa a sra. Militana Salustino do Nascimento, mas conhecida como dona Militana, uma das referências do folclore potiguar, é uma leitura interessante para todos que desejam conhecer um pouco mais sobre o asssunto.

quinta-feira, 12 de abril de 2012

Charge: Ser vivo



Charge: Ivan Cabral (Cedida)

As recentes denúncias sobre o senador Demóstenes Torres, do DEM de Goiás, e o Deputado Federal Protógenes Queiroz, ex-delegado da Polícia Federal, levaram de vez as esperanças de que houvesse excessões entre os políticos brasileiros.

O garotinho aí da charge tem absoluta razão. Eles, todos, são vivos demais.

segunda-feira, 2 de abril de 2012

Quem te viu, quem te vê: DEMóstenes Torres - caiu a máscara



Senador Demóstenes Torres: discurso diferente da prática

Quem acompnha o noticiário político nacional não teve como não se surpreender: o até então combativo senador Demóstenes Torres, do DEM de Goiás, com sólida formação jurídica, que sempre bradou da tribuna do Senado em defesa da moralidade pública, revelou que o seu discurso de arauto da moralidade era uma farsa. E assim, a máscara caiu.

Gravações da Polícia Federal, autorizadas pela Justiça, revelam que o senador colocou seu mandato de senador da República, a serviço do contraventor Carlinhos Cachoeira, conhecido bicheiro do estado de Goiás.

As denúncias são consistentes e apesar de todas as manobras e brechas da lei, a casa perece ter caído para o senador do Democratas, partido que agora quer se livrar da responsabilidade de ter em seus quadros, uma pessoa "non grata", embora tenha sido até então um contundente orador oposicionista.

Foi inegavelmente um lamentável surpresa, pois não imaginava-se que um discurso tão contundente a favor da moralidade não passasse de uma farsa, com um agravante: o senador além de ser dono de reconhecido saber jurídico se prestou a defender e a trabalhar para um contraventor.

Assim, fica cada vez mais difícil acreditar na probidade dos parlamentares brasileiros, que tem a honrosa missão de elaborar leis para o país. Em quem mais acreditar agora?

quinta-feira, 29 de março de 2012

Aos caros webleitores do Blog: satisfação




Um novo compromisso profissional tornou imperativo uma maior dedicação ao mesmo, reduzindo o tempo deste humilde blogueiro, quanto às postagens neste pequeno espaço de idéias e opiniões, prestigiado por generos amigos e conhecidos que nos honram com seus acessos que são sempre muito bem vindos.

As postagem continuarão, mesmo que com um ritmo mais lento, mas em reciprocidae aos caros leitores.

A vida segue em frente. Obrigado a todos pela compreensão.

sábado, 24 de março de 2012

Charge: Chico Anísio



Charge: Ivan Cabral

Bela homenagem de Ivan Cabral para o gênio do humor brasileiro Chico Anísio. Com ele, foram-se todos aqueles personagens fantásticos que só o cearense soube criar.

sábado, 3 de março de 2012

Charge: Corte de luz



Charge: Ivan Cabral

Situação difícil quando até a luz do fim do túnel, se apaga. Qualquer semelhança com a prefeita de Natal, Micarla de Souza, não é mera coincidência.
Mais uma inspiradíssima criação do grande Ivan Cabral, um mestre do traço.

segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012

Pensando bem...




" Meu coração e minha boca fizeram um pacto: quando o meu coração estiver enfurecido a minha boca contemplará a beleza do silêncio. " - Padre Alfonso Milagro.

sábado, 18 de fevereiro de 2012

Areia Branca: Carnaval da Saudade mantém tradição e reúne conterrâneos



Salão do Iwipanim Clube: a tradição dos carnavais reúne conterrâneos mais uma vez

Em tempos de "Enfinca", "Ai se eu te pego", e outras músicas do gênero, o Carnaval da Saudade realizado ontem, 17, nos salões do Iwipanim Clube resiste e comprova que nem tudo está perdido quanto ao gosto musical. O encontro carnavalesco anual promovido pelo clube reuniu mais uma vez a família areia-branquense, numa demonstração incontestável de adesão a um bom evento, no melhor estilo dos grandes carnavais tradicionais. A tradição resiste ao tempo e os conterrâneos prestigiam a promoção, sob a presidência do bravo Rogério Edmundo, que proporciona aos não tão jovens uma opção de música e encontro saudáveis abrindo o carnaval de Areia Branca.

No repertório, certamente estiveram dois clássicos: Turbilhão, com Moacir Franco e Bandeira Branca com a eterna Dalva de Oliveira. Vale a pena conferir e relembrar.



sexta-feira, 17 de fevereiro de 2012

STF: ELES VOTARAM CONTRA A FICHA LIMPA EM 2012



Os ministros do STF acima votaram contra a validade da Ficha Limpa para 2012

Um dos pilares da Democracia é o respeito ao contraditório. Não fosse assim não seria democrático, óbvio.

Mas não deixa de causar uma certa estranheza os votos dos doutos ministros do Supremo, acima, ao votrarem contra a validade da Ficha Limpa para 2012. O destaque em termos de frustração fica por conta do voto do ministro César Peluso, presidente da Corte. Seu voto é emblemático e deveria ter sido exemplar. Não foi bem assim, infelizmente.

Charge: Cinza x Verde


Charge: Ivan Cabral

"A força da grana que ergue e destrói coisas belas" - Caetano Veloso

O blog obteve há algum tempo a generosa autorização do chargista areia-branquense Ivan Cabral para publicar neste espaço suas charges. O conterrâneo, de alma elevada, dá exemplo de democratização de sua arte ao permitir a publicação desde que não haja proveito financeiro à sua custa nem violação do direito autoral.

Mas o blogueiro quer mesmo é chamar a atenção dos possíveis leitores para a criatividade fantástica e a força das idéias de Ivan, como na charge acima, cujo frase está inserida na clássica canção "Sampa", do poeta mestre Caetano Veloso.

"Alguma coisa acontece no meu coração
Que só quando cruza a Ipiranga e a avenida São João
É que quando eu cheguei por aqui eu nada entendi
Da dura poesia concreta de tuas esquinas
Da deselegância discreta de tuas meninas

Ainda não havia para mim Rita Lee
A tua mais completa tradução
Alguma coisa acontece no meu coração
Que só quando cruza a Ipiranga e a avenida São João

Quando eu te encarei frente a frente não vi o meu rosto
Chamei de mau gosto o que vi, de mau gosto, mau gosto
É que Narciso acha feio o que não é espelho
E à mente apavora o que ainda não é mesmo velho
Nada do que não era antes quando não somos mutantes

E foste um difícil começo
Afasto o que não conheço
E quem vende outro sonho feliz de cidade
Aprende depressa a chamar-te de realidade
Porque és o avesso do avesso do avesso do avesso

Do povo oprimido nas filas, nas vilas, favelas
Da força da grana que ergue e destrói coisas belas
Da feia fumaça que sobe, apagando as estrelas
Eu vejo surgir teus poetas de campos, espaços
Tuas oficinas de florestas, teus deuses da chuva

Pan-Américas de Áfricas utópicas, túmulo do samba
Mais possível novo quilombo de Zumbi
E os novos baianos passeiam na tua garoa
E novos baianos te podem curtir numa boa "

quinta-feira, 16 de fevereiro de 2012

Vitória da Cidadania: STF decide que Ficha Limpa vale para 2012


Plenário do Supremo Tribunal Federal: Ficha Limpa vale para 2012

Agora é definitivo: o Supremo decidiu hoje que a Lei da Ficha Limpa vale para as eleições deste ano. A decisão causa um imediato impacto no âmbito dos partidos políticos, uma vez que muitos candidatos a candidatos em outubro próximo ficam impedidos de participarem do pleito.

Enquanto o ministro Ricardo Lewandosky defendeu a "moralidade" na vida pública e afirmou que a matéria conta com "apoio explícito de representantes da soberania nacional". "A questão não foi tratada de afogadilho no Congresso Nacional, mas objeto de discussões profundas", o ministro Gilmar Mendes argumentou que a Ficha Limpa é resultado da "imprecisa vontade do povo". "Se levar em conta a vontade do povo, a qual devemos dar prevalência? À iniciativa popular que é representada por grupos de interesse, muitas vezes podendo ser manipulada pelas campanhas dos meios de comunicação, ou àquela legitimamente manifestada e apurada nas urnas?"

É válido reafirmar que a Lei da Ficha Limpa nasceu de uma mobilização popular nacional pela moralização na política brasileira. Sua aprovação pelo Supremo destaca a importância da participação popular em algumas decisões de interesse nacional.

Outras iniciativas populares desse porte serão bem vindas. Numa Democracia o povo tem o legítimo direito a participar da vida nacional.

Pensando bem...




"Você é livre para fazer suas escolhas, mas é prisioneiro das consequências" - Pablo Neruda

quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012

Fim de Noite: Vou-me Embora






Depois de alguns dias sem postagem, o Fim de Noite retorna com o cantor pernambucano Paulo Diniz, em dose dupla, com dois de seus maiores sucessos da década de 70 e 80: "Vou-me embora" e em seguida o poema de Carlos Drumnd e Andrade, "E agora, José?", do fundo do baú. Vale a pena revisitá-las pela mensagem precisa de gêneros diferentes mas igualmente expressivos. Boa Noite!

Decisão Judicial: Justiça determina apreensão de carro do Secretário de Segurança do RN


Aldair da Rocha, secretário de Segurança e Defesa Social do RN


Algumas decisões judiciais causam a impressão de que a Justiça é para todos. Segundo a Constituição Federal, é. Na prática, não é bem assim. O fato é que o atual secretário de Segurança e Defesa Social do RN, Aldair da Rocha, teve um carro seu apreendido, por determinação da juíza da Comarca de São João do Sabugi, Tânia de Lima Villaça, por suposto descumprimento por parte do secretário, de determinações judiciais sobre a delegacia da cidade de Ipueira, interior do estado.

Embora se diga que decisão judicial nao se discute, cumpre-se, o secretário foi responsabilizado por não cumprimento por parte do Estado, que teria deixado de atender determinações da Juiza Tânia de Lima Vilaçça.

A Procuradoria Geral do Estado já foi acionada para fazer a defesa do secretário.

Fim da linha: Ricardo Teixeira deve deixar a CBF após denúncias de corrupção



Agora vai: sob novas denúncias, Ricardo Teixeira deverá sair da CBF, onde reinou por décadas

Em passado recente, o todo poderoso presidente da Confederação Brasileira de Futebol Ricardo Teixeira sobreviveu com tranquilidade a uma CPI no Congresso Nacional. Na época, parecia ter a certeza da impunidade, tal o prestígio que tinha junto aos congressistas em Brasília.

Agora, novamente sob novas denúncias, ao que tudo indica, não resistirá e deve renunciar a qualquer momento, noticiam os blogs e jornais estaduais.

Para muitos que acompanham o futebol, já vai tarde.

O sucessor, José Maria Marín, ex-governador de São Paulo e atual vice-presidente mais velho da entidade, e que ganhou as páginas recentemente após embolsar uma das medalhas de ouro distribuídas aos jogadores do Corinthians que conquistaram a Taça São Paulo de Futebol Júnior, em janeiro.

Neste velho e resistente Brasil mudam-se as pessoas, mas permanecem as práticas.

segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012

A poesia de Deífilo Gurgel: Areia Branca



Areia Branca

Autor: Deífilo Gurgel

" No princípio era a escola de D. Adelina
- a cantilena monótona do b-a-bá
as estridentes vozes infantis
enchendo a sala, as ruas, a manhã.

No princípio eram as festas de São João
- as casas enfeitadas de lanternas,
as ruas como naus embandeiradas,
atravessando a noite lentamente.

No princípio era o pastoril “Futurista”
no fim da rua do Progresso.
As pastorinhas começavam assim:
“Boa noite, meus senhores todos”…
e a velha noite se transfigurava.

Naquele tempo o “boi” vinha dançar
em frente à casa de Júlio de Noca.
O “mateu”, (trr-uuu abre-abre lalaia!)
passava o cipio na barriga da gente
mas ninguém ligava,
ninguém se retirava
-continuávamos impassíveis, dentro da noite,
esperando pela morte do “boi”.
(Ai, boi, que morrestes tantas vezes,
para alegria ou tristeza de outros meninos!)

Naquele tempo vinham os “beijús”
e espalhavam na areia vermelha do cais:
carneiros, galinhas, capados,
palhas de coqueiro, mangas, laranjas,
cajus, tapiocas, côcos verdes,
E a sua fala se arrastava cadenciada
nas calçadas da Rua da Frente.

Depois veio a saudade.
Depois, esses soluços no meu peito…
e essas lembranças acordando sombras.

Como eu te amei, cidade do meu berço!
Cadê Baracanha? Maria Mole, Cangainha,
Vela Branca, Pum da Guerra, Zé Mijão?
Cadê Manga Azeda, Passo da Ema, Fumo Bom,
Cabelo de Vaca, Raimunda Grande, Pestana de Burro?

Quero vagabundar de novo pelas tuas ruas:
passar na Rua da Frente, ir à Fuzarca,
visitar a Favela, a rua da Tarrafa,
voltar ao Beco da Galinha Morta,
ver o Canal do Mangue, a Volta da Tripa,
subir ao Alto do Urubu.

Quero falar com tuas famílias de Camarões,
Corós, Baleias, Sanhoás,
Gatos, Camelos, Bribas e Besouros.

Quero subir na torre da tua única igreja
e espiar lá do alto
os navios que atracam no lamarão.

Deixa-me pensar que ainda és a mesma
e que ainda poderei encontrar no jardim, atrás da igreja
todos os que me viram menino,
no tempo em que amávamos
desesperadamente a vida.

Deixa-me passar de olhos fechados
pelo Beco da Galinha Morta,
que não era absolutamente para mudar,
que era para ficar a vida inteira,
como no tempo em que eu estudava
no Educandário “Padre Anchieta”
do Professor Albertino Maciel
e não sabia que por trás da Barra
o mundo era tão grande."


Extraída do livro Cais da Ausência - Coleção “Jorge Fernandes”, da SEEC, Natal, 1961.

Mobilidade Urbana: Natal merece uma engenharia de trânsito assim



Uma obra de mobilidae urbana de verdade

A atual gestão municipal logo em seu início teve a "espetacular" idéia de transformar a antiga STTU - Secretaria de Trânsito e Transporte Urbano em SEMOB - Secretaria de Mobilidade Urbana. Um nome moderno que na realidade não fez justiça à sua terminologia, quanto à sua aplicação na busca de soluções para o já caótico trânsito de Natal.

O vídeo acima demonstra uma forma eficaz de solucionar certos "gargalos" no trânsito. Engenharia aplicada com inteligência e criatividade. Em apenas 5 dias, a obra ficou pronta e a solução foi encontrada.

A título de sugestão, a tecnologia do vídeo bem que serviria para ser aplicada nos seguintes pontos em Natal e Grande Natal:

Retorno na BR para acesso à Avenida Maria Lacerda;
Cruzamento das Avenidas Prudente de Motais com a Avenida da Integração;
Gancho de Igapó (Acesso a São Gonçalo do Amarante);
Cruzamento da Via Costeira com a Avenida Roberto Freite, em Ponta Negra;
Final da Ponte Newton Navarro, lado da Zona Norte;
Avenida Jaguarari com a Avenida Capitão Mor Gouveia; e
outros cruzamentos críticos em Natal.

Charge: Base Petista



Charge de Izânio.

Assim como na engenharia civil, as bases estão sujeitas a eventuais quebras também na engenharia política petista.

Cultura Potiguar de luto: Morreu Deífilo Gurgel



Deífilo Gurgel morreu hoje, aos 85 anos, em Natal.

A cultura potiguar está de luto, com a morte no final da manhã de hoje, do escritor e poeta areia-branquense Deífilo Gurgel.

Internado há 17 dias no Hospital PAPI, em Natal, o escritor que encontrava-se em estado gravíssimo, faleceu de falência múltipla dos órgãos.

O velório está acontecendo no Cemitério Morada da Paz, em Emaús, e o sepultamento está previsto para as 21 horas de hoje.

Além de sua notória vocação literária e sua obstinação pelas pesquisas do folclore potiguar, uma outra virtude ressaltava-se naturalmente - sua simplicidade. Deixa um legado cultural importantíssimo para a cultura potiguar. Autor de vários livros sobre a cultura potiguar e um livro encontra-se em fase final para publicação.

Abaixo, a íntegra da nota divulgada pela família de Deífilo Gurgel no perfil de Alexandre Gurgel no Facebook:

“A família do poeta e folclorista Deífilo Gurgel – Zoraide de Oliveira Gurgel, esposa, e os filhos Káthia, Carlos, Mário Sérgio, Gardênia, Fernando, Cláudia, Alexandre, Marcelo e Ana Márcia – comunica oficialmente, o falecimento do grande mestre da cultura popular do Rio Grande do Norte, ocorrido hoje em Natal. Diante das inúmeras manifestações de solidariedade, a família agradece encarecidamente aos familiares e amigos, e comunica que tão logo sejam definidos os locais para o velório e sepultamento, todos serão informados. Deífilo faleceu aos 85 anos, após 17 dias de internação na UTI do hospital PAPI, em consequência de falência de múltiplos órgãos.

Natal, 06 de fevereiro de 2012.

Zoraide de Oliveira Gurgel – esposa
Káthia, Carlos, Mário Sérgio, Gardênia, Fernando,
Cláudia, Alexandre, Marcelo e Ana Márcia – filhos”.

quinta-feira, 2 de fevereiro de 2012

Deífilo Gurgel permanece em estado grave na UTI do PAPI



Deífilo Gurgel: em estado gravíssimo na UTI do PAPI

O escritor e folclorista Deífilo Gurgel continua em estado gravíssimo na UTI do Hospital PAPI, em Natal, onde respira com ajuda de aparelhos. Informações transmitidas agora há poucos minutos por Alexandre, um de seus filhos, confirmam que aguardam novo boletim médico sobre o estado de Deífilo, agora pela manhã.

Mesmo reconhecendo a gravidade do estado de saúde do areia-branquense ilustre, a expectativa e as orações de todos são no sentido de que possa haver uma evolução do quadro para melhor.

Deífilo Gurgel é uma das principais referências da Cultura no RN, com grande contribuição para o estado na área cultural.

quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012

terça-feira, 31 de janeiro de 2012

Nos blogs: Operação Judas, do MPE, prende "peixes pequenos". Por enquanto.



Ministério Público Estadual: muito trabalho pela frente na luta contra a corrupção

A Operação Judas, deflagrada pelo Ministério Público Estadual, comandada pelo procurador geral de Justiça, Manoel Onofre Neto e apoio da Polícia Civi, prende os primeiros envolvidos. Mas por enquanto, somente os que se pode considerar, "peixes pequenos".

O tal segredo de justiça impede a divulgação de outros envolvidos. A imprensa cobra os nomes de todos os envolvidos, independente de cargos ocupados pelos mesmos, sob pena de ausência de isonomia na aplicação da lei.

segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

Dilma Rousseff considera atitude de Henrique desequilibrada
















Dilma Rousseff: uma pedra no caminho de Henrique Alves para a presidência da Câmara Federal

Henrique Alves, o deputado federal com maior número de mandatos na alta Câmara, é conhecido nacionalmente por sua liderança no PMDB e por sua destemida relação com o governo petista.

Quase sempre deram certas as investidas de Henrique Alves por cargos no governo federal. A diferença é que agora existe como chefe do Poder, Dilma Rousseff, que diferentemente de Lula, tem dado demonstrações de que sente-se incomodada pelo estilo ameaçador de Henrique no trato de questões políticas.

Recentemente, no episódio da demissão de seu indicado no DNOCS, Elias Fernandes, Henrique parece ter exagerado mais uma vez e feito a presidente Dilma Rousseff lembrar que sem a presidência da Câmara, o deputado potiguar age de forma desafiadora, imagine-se na presidência. Segundo comentários, Dilma teria concluído sobre Henrique, que: “Com o PMDB e a pauta de votações na mão dele, o governo está morto...”.

Afasta-se de vez e mais uma vez o sonho de Henrique Alves presidir a Câmara dos Deputados. O DNOCS, já perdeu parao senador de seu partido, Eunício Oliveira, do Ceará, que indicou o substituto do demitido Elias Fernandes. O novo diretor do órgão é Ramon Rodrigues.

Jogo duro e quase sempre, sujo.

quinta-feira, 26 de janeiro de 2012

Fim de Noite: Problemas




Depois de uma ausência involuntária, o Fim de Noite retorna hoje com uma letra forte e interpretação perfeita de Ana Carolina. "Problemas". Quem não os tem? Boa noite!

Estranha renúncia: Júlio Protásio deixa a relatoria da CEI dos Contratos



Vereador Júlio Protásio: motivação alegada não convence para a renúncia à relatoria da CEI dos Contratos, na Câmara de Vereadores de Natal

Quem se deu ao trabalho de assistir pela TV Camara algumas das reuniões da CEI dos Contratos, teve a oportunidade de constatar a atuação firme e muitas vezes até contundente do vereador Júlio Protásio, como relator da CEI. Seus questionamentos aos depoentes foram sempre embasados e bem fundamentados nas denúncias de irregularidades.

A expectativa éra de que ao final dos trabalhos, o vereador Protásio produzisse um relatório fiel às investigações realizadas pela CEI.

De uma hora para outra, o vereador renuncia à condição de membro e principalmente como relator da CEI, criando enorme dificuldade para a presidente, a vereadora Júlia Arruda.

Mas o estranho está nas razões para a renúncia: tentativa de desqualificação por parte de setores da imprensa, mas precisamente pela TV Ponta Negra e o blogueiro Ricardo Rosado.

Convenhamos, o até então combativo vereador que sempre colocou-se como independente, recuou e por um motivo alegado pífio. Eventuais críticas não devem justificar recuo de postura numa função pública.

Estranha e inesperada renúncia a do vereador Júlio Protásio. Abaixo, a Nota divulgada, na íntegra:

"À Excelentíssima Senhora


Júlia Arruda


Presidente da CEI


Por reconhecer o trabalho abnegado,técnico e sério feito pelos membros da CEI na busca da verdade sobre os contratos na Prefeitura de Natal, por ter passado durante toda esta semana sendo criticado e desqualificado na condição de relator pela TV Ponta Negra e pelo blogueiro Ricardo Rosado, que está na Folha de Pagamento da Secretaria de Comunicação Social da Prefeitura, e que tem como objetivo maior desqualificar o trabalho sério e que já está concluído e prestes a ser divulgado, eu renuncio á condição de relator e membro da CEI e entrego todo o meu trabalho de conclusão de relatório á Vereadora Julia Arruda para que esta possa designar outro relator para finalizar os trabalhos.


Eu sempre defendi a liberdade de imprensa.Estou convencido de que nenhum sistema político aberto e democrático pode viver sem ela, porém a sociedade não pode admitir que um blogueiro pago pela prefeitura tente desqualificar um trabalho sério, competente, valoroso e que muita contribuição dará ao povo natalense


Devo isso, em especial, aos membros da CEI, a qual faz um trabalho sério, cheio de lisura e muito competente. Não posso deixar que comprometam o valoroso trabalho dos vereadores engajados nesta Comissão. Aos companheiros que me outorgaram a honrosa responsabilidade, peço que jamais esmoreçam.


Sem mais para o momento e certo de contar com vosso atendimento, agradeço antecipadamente.

Atenciosamente,


Júlio Protásio


Vereador - PSB"

Faxina do Governo Federal chega ao RN: Elias Fernandes é demitido do DNOCS















Elias Fernandes, indicado por Henrique Alves, é demitido do DNOCS

A faxina promovida pela presidenta Dilma Rousseff chegou ao Rio Grande do Norte. A vítima da vez é o ex-deputado estadual Elias Fernandes, demitido do DNOCS - Departamento Nacional de Obras Contra as Secas, órgão filiado ao Ministério da Integração Nacional.

A decisão presidencial atinge duramente o deputado federal Henrique Alves, que indicou Elias Fernandes, em um momento em que o deputado Henrique Alves costura sua indicação pelo governo para presidente da Câmara Federal, sonho há muito acalentado pelo parlamentar potiguar mas sempre bombardeado por denúncias que atingem em cheio sua imagem como político.

No passado, não muito distante quando o deputado Henrique Alves pleiteava a vaga de vice-presidente da República, foi denunciado por uma sua ex-esposa de possuir dólares, muitos dólares no Exterior, cuja origem era desconhecida e incompatível com sua renda como parlamentar e até mesmo como empresário de comunicações, no RN.

Henrique conseguiu neutralizar as denúncias mas viu seu sonho de candidato a vice ir pelos ares.

No momento em que se aproxima os acertos finais para oficializar sua candidatura à presidência da Câmara Federal, um de seus principais indicados é denunciado, mas o alvo parece ser mesmo o deputado peemedebista. O fogo amigo(?) do PT não digere, na verdade, a candidatura de Henrique Alves para presidir a Câmara dos Deputados.

Mas nada disso deve interferir no mérito da demissão, cujas denúncias de favorecimento devem ser apuradas.

Esse é o universo da política partidária nacional. O jogo é sujo, e de todos os lados.

O mais difícil nisso tudo é acreditar que Elias Fernandes tenha "pedido para sair".
Vale aqui o popular mas verdadeiro dito popular: "quem não deve não teme". Para um inocente, acusações não passam de acusações que devem ser enfrentadas com a verdade que é uma só.

segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

Operação Impacto: as condenações, tardias, não produzem impacto nenhum



Envolvidos na Operação Impacto: impacto nenhum. Punição quase zero.

Com atraso de cinco anos, saiu finalmente a sentença sobre a Operação Impacto, envolvendo quase a totalidade dos vereadores com mandato na época, na Câmara Municipal de Natal. O juiz RAIMUNDO CARLYLE DE OLIVEIRA COSTA, que assinou a sentença, obedeceu criteriosamente os ritos processuais de ampla defesa a todos os acusados.

A sentença é uma peça jurídica consistente, mas limitada pela legislação penal ultrapassada - nosso Código Penal é de 1940, não produziu os efeitos esperados pelo senso comum, mesmo tendo conseguido provar a culpabilidade da maioria dos acusados.

O grande e parece insuperável problema para se punir hoje no Brasil são as possibilidades jurídicas previstas no Código de Processo Penal que permite múltiplos e injustificáveis recursos que ao final das contas garantem a real impunidade dos condenados.

Tem sido assim, tanto na área civil quanto penal. Só é preciso ter dinheiro para pagar um razoável advogado e terá como resultado a impunidade garantida.

Em passado recente, foi a maior autoridade judicial do país - o presidente do Supremo Tribunal Federal, César Peluso, - quem afirmou textualmente que no Brasil a Justiça não é para todos. Está nas páginas amarelas de Veja.


Para ler a sentença,

clique aui

Pensando bem...






" Sem desejos nao há felicidade. Convém satisfaze-los sempre, mas de forma que nunca fiquemos saciados. " - Paolo Mantegazza

quinta-feira, 19 de janeiro de 2012

Previdência Social: Garibaldi fecha 2011 com bons resultados



Garibaldi Filho: gestão leva Ministério da Previdência Social a fechar 2011 com bons resultados

Ao assumir o Ministério da Previdência Social, por indicação de seu partido o PMDB, o senador Garibaldi Alves Filho mantendo a sua habitual sinceridade e até um certo bom humor admitiu que "não entendia muito de Previdência Social não" mas que iria trabalhar muito.

Conciliando a gestão com a política, o senador potiguar levou o seu ministério a fechar o ano com bons resultados e com algumas conquists importantes. Tal fato o eleva a condição de um dos mais prestigiados ministros do Governo Dilma Rousseff. O sempre bem humorado político comprova que em medidas certas as práticas políticas e de gestão podem produzir bons resultados.