Presidenta Dilma Rousseff e a faxina nos ministérios: Pedro Novais, do Turismo, olha para a deprimente galeria da qual fará parte.
A faxina, termo que a própria presidenta Dilma Rousseff, parece não ter mesmo fim nos ministérios de seu governo. Depois de Antonio Palocci (Casa Civil), Alfredo Nascimento (Transportes), Nelson Jobim (Defesa Nacional) e Wagner Rossi (Agricultura), agora foi a vez de Pedro Novais (Turismo), demitido ontem, 14, depois de tornar-se insustentável sua permanência no Ministério do Turismo, depois de novas denúncias de improbidade.
Em oito meses e quinze dias, chegam a cinco os ministros demitidos (embora se divulgue que os mesmos tenham pedido para sair), do ministério do governo atual. O agravante é que dos cinco, apenas um, o ex-ministro Nelson Jobim, da Defesa Nacional, não foi por denúncias de improbidade administrativa. Todos os demais encontram-se às voltas com a Justiça Federal e Polícia Federal, todos sob fortes indícios e algumas provas de práticas ilegais nas suas respectivas pastas.
É um péssimo exemplo que assusta, por sugerir que as práticas estão em todos os ministérios. Essa tese tem grandes possibilidades de representarem a realidade, embora possam existir cada vez mais raras exceções.
Os Ministérios Públicos em todos os níveis não tem conseguido dar conta da demanda de tantos escândalos, sejam nas esferas federal, estadual e municipal.
Longe de um pre-julgamento, a sensação que se tem é de que não terá fim o quadro de degradação e mau uso do erário público. Isso talvez explique porque se paga tanto imposto no Brasil e sejam tão precários os serviços públicos prestados ao contribuinte.
A corrupção cada dia apresenta-se de forma generalizada e sem sinais de que terá fim, apesar do esforço da Justiça que lida com leis inadequadas e ineficazes, elaboradas por leigos em Direito (senadores e deputados federais), que muitas vezes premeditadamente, não as alteram, por interesses próprios de serem delas beneficiários.
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