Fim de Noite: Eu sei que vou te amar"

O Fim de Noite está brasileiríssimo com três expoentes da MPB. Nada menos que Gal Costa com Tom Jobim ao piano, executando o clássico "Eu sei que vou te amar", do inesquecível Vinicius de Morais. Do fundo do baú. Boa música, boa noite.

Outra vez: STF processa Maluf e família

Deputado federal Paulo Maluf: a Justiça não consegue alcançá-lo.

Está no site Yahoo:

"O Supremo Tribunal Federal (STF) abriu hoje um processo criminal contra o deputado federal e ex-prefeito Paulo Maluf (PP-SP), a mulher dele, Sylvia, quatro filhos do casal e mais dois parentes por suspeita de lavagem de dinheiro. O Ministério Público Federal sustentou que a família se envolveu num esquema de lavagem de recursos desviados de obras públicas da época em que Maluf administrou a capital.

Como consequência da decisão, Maluf e os parentes passarão da condição de investigados para a de réus. O ex-prefeito e a mulher ficaram livres da acusação de formação de quadrilha porque, segundo os ministros, em razão da idade deles já ocorreu a prescrição. Mas os outros também responderão por formação de quadrilha.

Relator do processo, o ministro Ricardo Lewandowski destacou os valores "astronômicos" dos supostos desvios. Ele citou que o prejuízo ao erário foi de cerca de US$ 1 bilhão. Também disse que há informações de que a família Maluf teria movimentado no exterior cerca de US$ 900 milhões, valor superior ao Produto Interno Bruto (PIB) de muitos países, como Timor Leste, Guiné Bissau e Granada.

O ministro destacou que o total de recursos consumidos com a obra da avenida Águas Espraiadas foi de R$ 800 milhões. Mas que as suspeitas são de que cerca de US$ 1 bilhão teriam sido lavados. Além dos valores altíssimos, o ministro mostrou ter ficado surpreso com o fato de o caso envolver mais de uma dezena de empresas off shore."

Comentário do Blog:

Impressionante. O relator do processo, ministro Ricardo Lewandoski, aponta que o "prejuízo ao erário foi de cerca de 1 bilhão de dólares." Em reais, a cifra aproxima-se de 2 trilhões de reais. A Polícia Federal e o próprio Supremo Tribunal Federal não formalizariam acusações tão graves sem provas. No entanto, o ex-prefeito de São Paulo e atual deputado federal Paulo Maluf tem conseguido ao longo dos anos não ser alcançado pela lei, que normalmente é implacável com simples delinquentes e ladrões de galinha.

Está cada vez mais provado que a Justiça brasileira não alcança quem, ainda que com recursos provenientes do crime, contrata bons e caros advogados. O próprio ministro César Peluso, presidente do Supremo Tribunal Federal afirmou em entrevista à Veja, que a Justiça não é para todos, o que ele considera uma iniquidade, ou, em bom português, grave injustiça. Que a Justiça não é mesmo para todos, Maluf que o diga.

Cácere privado: José Antonio não está só

Foto: Wilson Moreno - Gazeta do Oeste

A mídia local, estadual e até nacional deu destaque jornalístico para a deprimente situação do agrilcultor José Antonio do Nascimento, 45 anos, 25 dos quais mantido encarcerado em um pequeno quarto de sua humilde casa no povoado de Ponta do Mel, município de Areia Branca-RN.

Sem condições financeiras para o indispensável tratamento de saúde, não restaram ao seu pai, Cícero Raimundo do Nascimento, 79 anos, pescador aposentado, alternativas para cuidar do seu filho, senão colocá-lo literalmente atrás da grade, até por instinto de preservação.

O agravante é a certeza de que não se trata de um caso isolado. Muitos José Antonio encontram-se em igual situação principalmente no interior do Rio grande do Norte, todos por uma única causa: falta de atendimento de saúde pública.

Enquanto isso, nos corredores do Pronto-Socorro do Hospital Walfredo Gurgel em Natal, pacientes tentam "reservar" com cartazes, fétidas macas enquanto ausentam-se para exames fora do Hospital.

É o quadro lamentável da Saúde Pública do Rio Grande do Norte. Enquanto isso, os governos federal, estadual e municipal torram verdadeiras fortunas em propagandas oficiais para reafirmarem que tudo está perfeito. Um escárnio para com o povo.

Justiça: O alto preço da coragem de dizer a verdade

Ministra Eliana Calmon, corregedora do Conselho Nacional de Justiça: coragem de dizer a verdade

"primeiro caminho para a impunidade da magistratura, que hoje está com gravíssimos problemas de infiltração de bandidos que estão escondidos atrás da toga".

A frase acima, sem retoques, rendeu à corajosa ministra do Conselho Nacional de Justiça, Eliana Calmon, uma série de críticas pela contundência da afirmação.

O presidente do CNJ e do STF, ministro Cezar Peluso, leu nota de repúdio às "acusações levianas" da corregedora. Outras instituições representativas de magistrados também a acusaram de arrogante e outros adjetivos do gênero.

Por que tanta indignação em relação à corajosa afirmação da magistrada corregedora?

"Pelo menos 35 desembargadores são investigados pelo CNJ (Conselho Nacional de Justiça) hoje. Eles formam a cúpula do Judiciário nos Estados, julgando recursos contra as decisões dos juízes de primeira instância. Desde 2005, 20 deles foram punidos pelo conselho."

Todos sabemos que em todos os segmentos da sociedade existem profissionais sérios, honestos, íntegros. Mas que também existem criminosos, bandidos mesmos, nas diversas categorias profissionais. É da natureza humana. Desvios de conduta são praticados por pessoas que muitas vezes, pelo ofício, nunca deveriam tê-las.

Mas alguns magistrados permitem-se imaginar-se santos, ou quase isso. Preserva-se desde já, por absoluto senso de justiça, a maioria. Mas que existe desvios de conduta de ministros, desembargadores, juizes, existem sim. Eles não estão como querem alguns, acima do bem e do mal.

A ministra Eliana Calmon apenas tocou na ferida que outros não tiveram a coragem de fazê-lo. E paga um preço altíssimo pela sinceridade profissional, como Corregedora do Conselho Nacional de Justiça.

Charge: "Ética e Educação"

Charge: Ivan Cabral (cedida).

O mau exemplo dos adultos acabam contaminando as crianças.

Garibaldi: o cansaço do guerreiro

Ministro da Previdência Garibaldi Filho (PMDB-RN) revela cansaço em solenidade

Não é tão fácil assim a vida de alguns políticos. Principalmente de um político como o atual ministro da Previdência Social, Garibaldi Filho, que embora sendo ministro continua não perdendo uma oportunidade de participar de solenidades. De batizado no interior do Rio Grande do Norte à mais importante solenidade do país, seja em Brasília, São Paulo ou onde for, lá está ele.

A soneca aí de cima foi na posse do presidente da FIESP, Paulo Skaf, no Teatro Municipal em São Paulo.

Antes, em Ribeirão Preto (SP), durante uma inauguração de uma agência do INSS, fez piada de sí prório, enquanto discursava:

" - Eu estou falando tanto em mudanças... Falando coisas que nem deveria falar... Do jeito que os ministros estão caindo, devo ser o próximo - disse o peemedebista, arrancando gargalhadas da platéia".

Este é o estilo Garibaldi de ser. Que lhe garante votos, muitos votos.

Corrupção: vassouras no Congresso Nacional

Foto: Naiara Leão

Vassouras em frente em Congresso Nacional, em Brasília

O protesto não poderia ser mais emblemático. As 594 vassouras fincadas em frente ao Congresso Nacional equivale ao número total de parlamentares congressistas, ou seja, 81 senadores e 513 deputados federais.

O curioso da manifestação inusitada é que os responsáveis, entre eles a ONG Rio de Paz, explicaram que as vassouras tem o objetivo de mobilizar os parlamentares para o apoio ao combate à corrupção, sem nenhum enfoque para o Poder Executivo, mais precisamente alguns ministérios onde ocorrerram recentes denúncias de corrupção, inclusive com demissões de ministros.

Detalhe: a ONG Rio de Paz recebe recursos dos governos Dilma Rousseff e do Rio de Janeiro.
Com informações do site de Claudio Humberto.

Outra mobilidade: agentes políticos fazem mobilidade econômico-social

Mobilidade ecoômico-social: da classe "D" para a "A" é só um pulo



Está no Território Livre, da jornalista Laurita Arruda, edição de hoje:

"Do Procurador da República Fernando Rocha agora há pouco em seu twitter:

I- Existe outro tipo de mobilidade em Natal…é a mobilidade econômico-social de alguns agentes políticos.Pulam rápido da classe D para A..

II- A única mobilidade urbana eficiente em Natal é a retirada do canteiro central do final da Romualdo Galvão, para passagem dos trios do Carnatal. "

Transtorno anunciado: Greve dos bancários

Bancos fechados: o problema fica para os correntistas

É sempre assim. A greve dos bancos iniciada hoje mas amplamente anunciada há alguns dias novamente trará transtornos para quem nada pode fazer para evitá-la: os milhões de correntistas em todo o país, que encontrarão dificuldades para honrar compromissos quando estes dependerem de pagamento em agências bancárias.

As alternativas de pagamento divulgadas nem sempre atendem a todas as necessidades.

Os banqueiros que lucram anualmente milhões de reais não admitem diminuir as verdadeiras montanhas de dinheiro geradas por seus lucros absurdos e transferem para seus correntistas os prejuízos decorrentes de uma grevee por vários dias anunciada, mas não evitada pelos bancos, estatais e privados.

Um exemplo simplista, pode ser, mas verdadeiro: quanto rende a sua aplicação em Caderneta de Poupança, ao mês? menos de 1%, certamente. Experimente entrar no cheque especial. Quanto pagará? Não menos de 10%. Se for o cartão de crédito, não pagará menos de 15% de juros ao mês. É a lógica perversa do sistema financeiro, autorizado pelo Governo Federal que também lucra com seus juros pagos.

A sabedoria popular - sempre ela - lembra que a corda sempre quebra do lado do mais fraco. É o caso.

Fim de Noite: "Love Me Tender"

Em tempos de Rock'in Rio, o Fim de Noite traz o também roqueiro e compositor dos bons, Ed Wilson (falecido em 2010), que participou ativamente da Jovem Guarda, do grupo Renato e seus Blue Caps e por último, do The Originals. Love Me Tender, é o sucesso imortalizado por Elvis Presley, aqui cantado pelo talentoso Ed Wilson. Boa Noite!.

Leitura Dinâmica: "Quem são os loucos?"

"Quem são os loucos?

O sujeito do Direito é o sujeito cartesiano da filosofia racional moderna, ciente de si, dotado de razão e de livre arbítrio capaz de distinguir entre o bem e o mal e de agir corretamente em favor do coletivo. Essa tradição supõe que esse sujeito seja submetido às leis, às normas sociais com vistas a garantir a convivência social. Defende o Direito que a ninguém é dado desconhecer a Lei.

Ora, quando acompanhamos no Brasil diariamente o que as nossas "autoridades" públicas fazem com o dinheiro do contribuinte ficamos em dúvida se eles realmente conhecem a lei? Aliás, quem é que faz a lei? Eles. Mas, no entanto "eles" continuam saqueando, roubando os cofres públicos, o dinheiro do contribuinte como se fosse algo completamente "natural". E então cabe a pergunta: seriam as nossas autoridades públicas dotados de razão para entender e respeitar as normas sociais e suas leis em beneficio de todos, ou não? Será que as nossas "autoridades públicas" não são dotadas de razão? Será que eles cometem o delito sem saber o que fazem?

Por sua vez, a loucura, já foi tida e caracterizada como "perda da racionalidade", "aberrações da conduta", "incapacidade para controlar os desejos", ou, ainda, como "comportamento desviante em relação aos valores de sua época". Será que os nossos políticos podem ser enquadrados como loucos quando roubam os cofres públicos, ou será que os loucos na verdade somos nós, o restante da sociedade que teima em viver dentro dos contornos morais e civilizatórios exigidos pela Lei? Tai um enigma interessante para se refletir e entender.

O incrível é percebermos que os políticos, as chamadas autoridades públicas, parecem agir como se ignorassem a lei, como se não tivessem nenhuma relação com a lei (ainda que sejam eles quem as façam), ou seja, com as normas da coletividade. Por que será que nossa sociedade é tão condescendente com eles? Tai outra questão interessante.

Ora, o sujeito que tem plena consciência da lei, quando age errado, quando comete o crime, o faz, ou para ser punido, ainda que seja um desejo inconsciente, como se não tivessem conhecimento da lei, ou ainda, e o mais grave, como se se sentissem imunes à lei, ou seja, como se fossem enquadrados ou amparados dentro daquilo que os códigos penais chamam "inimputabilidade", levando em conta que essa palavra tem como conceito a idéia de "uma incapacidade, por doença mental, de responder pelo crime cometido". Volto a pergunta: seriam os nossos políticos, loucos?

Ora, não pense você leitor, e quero deixar isso bem claro, que quando escrevo esse artigo não estou fazendo para provocar risos. Jamais. O faço tentando entender realmente porque em nosso país o crime de corrupção na esfera pública é algo simplesmente corriqueiro, alarmante e aceito, onde reina a impunidade. Por quê? Que desvio de caráter e personalidade é esse que atinge em cheio e constantemente a nossa chamada classe politica? Pelo excesso de crimes nesta área, não seria errado supor que parece mesmo (e deixo também como motivo de reflexão) que os nossos políticos se enquadram naquilo que o Direito chama de "elementos de alta periculosidade". E, no entanto, eles estão ai, livres e soltos, serelepes, dentro da sociedade vivendo impunimente.

Neste sentido seria de bom tom, conhecermos o conceito de Lei para um dos grandes pensadores da Igreja Católica em todos os tempos, São Tomaz de Aquino que caracterizou a lei como "uma ordenação da razão para o bem comum, promulgada por aquele que tem o cuidado da comunidade". Fica como reflexão: as nossas autoridades estão pensando no "bem comum", e no "cuidado da comunidade?". É isso que se chama de civilização. "

Laurence Bittencourt - Colunistado site www.nominuto.com

Copa 2014: Brasil ameaçado de ficar fora?

O todo poderoso presidente da FIFA, Joseph Blatter

A definição do Brasil como séde da Copa de 2014 foi muito festejada por todos os brasileiros pelo que representa para um país, especialmente para o Brasil, penta-campeão mundial de futebol.

A partir desencadeou-se o processo de viabilização logística e m todo o Brasil, incluindo principalmente a construção e reforma de alguns estádios, assim como das indispensáveis obras estruturantes em cada capital séde dos jogos.

No Brasil as providências arrastam-se com sucessivos atrasos e implicações técnicas e financeiras que já preocupam a FIFA, através de seu todo poderoso presidente Joseph Blatter (foto) que reservadamente enviou uma carta à presidenta Dilma Rousseff, praticamente dando um ultimato em relação aos problemas e atrazos das obras no país.

O deputado federal carioca Romário, que pode até não entender nada de Câmara Federal mas sabe muito de futebol, tem se manifestado, com pertinência, sobre vários aspectos negativos da Copa 2014, dizendo inclusive que muitos brasileiros serão condenados a ver a Copa pela televisão, tendo em vista os altos valores cobrados dos ingressos, entre outros problemas que na sua opinião, comprometerão o sucedsso da mais importante competição esportiva do Mundo.

O baixinho, eterno vascaíno, tem informações e razões de sobra para as afirmações que tem feito. Ele é membro da Comissão de Esportes da Camara Federal.

Com informações do site Claudio Humberto

Pioneirismo Internacional: presidenta Dilma Rousseff abre a 66ª Assembleia Geral da ONU

A presidenta Dilma Rousseff inicia sua trajetória presidencial com dois pioneirismo marcantes. Foi a primeira presidenta do Brasil. Hoje, tornou-se a primeira mulher a fazer um discurso histórico na abertura da Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU), em Nova York.

Longe de possuir o carisma pessoal de Lula, Dilma impressiona pela imagem feminina e pela própria representatividade do cargo presidencial.

Ao contrário do que muitos pensam, o mundo institucional presta atenção e muito às potencialidades do Brasil e o que ele representa hoje no cenário econômico internacional. Não fosse assim, não teria o prestígio internacional conferido pela mais importante instituição representativa das Nações Unidas.

Hábil e prudente, destacou em seu discurso, Dilma tratou dos direitos humanos - relembrando o período em que foi vítima da ditadura no Brasil -, da crise econômica mundial, da valorização das mulheres e das repressões nos países muçulmanos.

Pensando bem...

"PROJETAR BRASÍLIA PARA OS POLÍTICOS QUE VOCÊS COLOCARAM LÁ, FOI COMO CRIAR UM LINDO VASO DE FLORES PRÁ VOCÊS USAREM COMO PINICO.
HOJE EU VEJO, TRISTEMENTE, QUE BRASÍLIA NUNCA DEVERIATER SIDO PROJETADA EM FORMA DE AVIÃO MAS SIM DE CAMBURÃO"
(Oscar Niemayer)

Fim de Noite: "Porto Solidão"

De volta, o Fim de Noite de hoje homenageia o talento do compositor e cantor Jessé, em um de seus grandes sucessos: "Porto Solidão", em uma simbiose com belas imagens tornando ainda mais agradável ver e ouvir o vídeo. Boa música e boa noite.

RN Político: a "engenharia" política do Partido Verde está dinâmica demais

Deputados estadual Gilson Moura e federal Paulo Wagner

A política potiguar, especialmente a do Partido Verde liderado pela prefeita Micarla de Souza anda dinâmica demais, mesmo com o claro objetivo de blindar o deputado estadual Gilson Moura, de envolvimento com a recente operação "Pecado Capital" no IPEM-RN.

A "engenharia" do Partido Verde inova e surpreende a todos, a 11 meses da eleição para prefeito, com essa notícia de substituição do deputado Gilson Moura que tem raízes e um trabalho em Parnamirim, por Paulo Wagner, deputado federal.

Além de não convencer a ninguém, resta nítido que o objetivo da prefeita Micarla de Souza é garantir - seja como for - a ida de sua irmã Josy de Souza, primeira suplente de deputado federal para a vaga do areia-branquense Paulo Wagner, na hipótese improvável de vir a ganhar a eleição em Parnamirim.

Recorro ao veterano jornalista Jurandy Nóbrega, afastado ontem da 94.3 FM Rádio Cidade, para lembrar que segundo o mesmo, "papel aguenta tudo".

A usina de criatividade do sistema liderado pela prefeita Micarla de Souza não tem limites.

Copa 2014: Sua Excelência Romário tem razão e sabe o que diz

A sabedoria popular diz que "de onde menos se espera, é de onde pode vir". É o caso. Pelo menos sobre o assunto Copa do Mundo, ele, o ex-goleador da Seleção Brasileira e agora deputado federal Romário sabe o que diz e o diz de forma consistente. Como parlamentar e de posse de informações privilegiadas, Romário é convincente ao comentar que diferente do que alguns afirmam, a Copa de 2014 estará longe de ser uma grande competição para o Brasil e aponta detalhes de sua opinião, destacando que principalmente para o povão de renda mais baixa que enche os estádios de futebol, não terá sequer condições de ir aos jogos por motivo dos ingressos que na sua opinião, serão caros demais para o bolso do torcedor brasileiro.

Só lembrando: aos críticos de novatos no parlamento brasileiro como Tirica e outros, uma informação: o humorista foi um dos deputados até agora mais assíduos às sessões da Câmara Federal. É verdade que entra mudo e sai calado, atropelado pelo sistema nada democrático em que só os privilegiados tem vez e voz. Mas pelo menos cumpre o dever de frequentar o Congresso.

Jornalismo independente: No RN existe?

Veterano jornalista Jurandy Nóbrega: impedido de dizer a verdade, saiu da FM 94.3

Sabe-se, não é a toa que a imprensa é considerada o quarto Poder no Brasil. Esse prestígio deve-se à reconhecida contribuição que a mesma presta com o jornalismo investigativo que realiza, disponibilizando ao Poder Judiciário, caminhos importantes para a investigação de crimes e escândalos financeiro país a fora.

No entanto, questiona-se se existe jornalismo independente. A resposta, se isenta, é não. Os interesses de grupos estão sempre acima da liberdade de qualquer jornalista, agravado pelo fato dos meios de comunicações - Rádio, TV e Jornal - estão na maioria nas mãos de políticos tradicionais em praticamente todos os estados da federação.

No caso específico deste "post", o jornalista de Patos-PB, mas há muitos anos radicado em entre Parnamirim (onde reside) e Natal, é reconhecido entre outras qualidades pela consistência e as vezes até contundência com que fez (fazia) seus comentários políticos no programa diário "Bom Dia Natal", na Rádio Cidade FM 94.3.

Sem maiores explicações, comunicou laconicamente que jornalista não pode ser censurado e saiu.

Fica no ar a dúvida sobre as reais circunstâncias que o levou a pedir para sair. Entre a sua independência e a conveniência da emissora, pertencente ao empresário Haroldo Azevedo, preferiu ficar com a sua liberdade de expressão.

A maioria dos jornalistas, até por questão de sobrevivência não fariam o mesmo.

Pesquisa: alcool, também uma droga, mata quase tanto quanto o crack

Drogas lícitas e ilíticas: todas matam

Saiu no Estadão:

"Uma pesquisa da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) revela que o índice de mortalidade entre dependentes de álcool está perto do registrado entre os usuários de crack. Segundo o documento, em cinco anos, 17% dos pacientes atendidos em uma unidade de tratamento da zona sul de São Paulo foram a óbito. 'É um número altíssimo. Na Inglaterra, o índice não ultrapassa 0,5% ao ano', diz o psiquiatra Ronaldo Laranjeira, coordenador do estudo. O estudo produzido entre usuários de crack demonstrou que 30% morreram num período de 12 anos. 'Naquela mostra, a maior parte dos pacientes morreu nos primeiros cinco anos. Podemos dizer que os índices estão bastante próximos.’, completou. O trabalho será publicado na próxima edição da Revista Brasileira de Psiquiatria."

Comentário do Blog:

Lícitas ou ilícitas, todas matam. A diferença está no tempo de sobrevivência de cada usuário. Outro aspecto a considerar é o fato de algumas serem permitidas, as chamadas drogas lícitas - alcool e cigaro, por exemplo - e as não permitidas - maconha, cocaína, crack.

Por que umas são permitidas e outras não é um debate bem próprio para uma sociedade consumista como a nossa. O governo ao cobrar altos impostos sobre as drogas permitidas, gasta muito mais na frente tendo que tratar de doentes hospitalizados em consequência do uso de todas as drogas: permitidas e não permitidas.

Hora de se debater o assunto, quando os parlamentos brasileiros estão mais voltados para concessão indiscriminada de títulos de cidadão para quem merece e para quem não merece. Os parlamentos existem ou deveriam existir para legislarem e não para adularem, como frequentemente são utilizados.

Volta ao Mundo: um breve passeio sobre a terra

A tecnologia dos tempos de hoje proporciona a todos verdadeiras maravilhas como este breve passeio sobre parte do globo terrestre. Para os que ainda não acreditam que o homem foi à lua (tem sim quem ainda não acredita, o vídeo mostra uma fantástica visão da terra a partir do espaço já conquistado pelo homem através de suas máquinas espetaculares capazes de tornar o céu o único limite.

Política Brasil: quem disse que não há político sincero?

Gastão Vieira é o novo ministro do Turismo, indicado pelo senador José Sarney. Ambos são do PMDB.

"O PMDB tem uma característica: todo mundo manda, ninguém obedece e qualquer um faz o que quer." Deputado Federal do PMDB do Maranhão, Gastão Vieira.

Convenhamos, depois de ver e ouvir o vídeo acima, é injusto, mas muito injusto mesmo afirmarmos que não existem políticos sinceros. Existe sim. Pelo menos um: o novo ministro do Turismo, Gastão Vieira. Os demais devem ter ficado com inveja de tanta sinceridade.

Para concluir, ele afirmou ainda que o PMDB, ao qual pertence, é o partido mais traíra.

Depois, eles ainda sentem-se ofendidos quando algum humorista faz piada com os políticos brasileiros. Tantaram até censurar através da proibição de fazer piadas com eles.

O Supremo Tribunal Federal riu da tentativa e liberou geral. A liberdade de expressão é irrestrita.

Pensando bem...

"Nunca somos nós mesmos quando há platéia" Milan Kudera

Faxina no Governo Federal: cai o ministro do Turismo

Presidenta Dilma Rousseff e a faxina nos ministérios: Pedro Novais, do Turismo, olha para a deprimente galeria da qual fará parte.

A faxina, termo que a própria presidenta Dilma Rousseff, parece não ter mesmo fim nos ministérios de seu governo. Depois de Antonio Palocci (Casa Civil), Alfredo Nascimento (Transportes), Nelson Jobim (Defesa Nacional) e Wagner Rossi (Agricultura), agora foi a vez de Pedro Novais (Turismo), demitido ontem, 14, depois de tornar-se insustentável sua permanência no Ministério do Turismo, depois de novas denúncias de improbidade.

Em oito meses e quinze dias, chegam a cinco os ministros demitidos (embora se divulgue que os mesmos tenham pedido para sair), do ministério do governo atual. O agravante é que dos cinco, apenas um, o ex-ministro Nelson Jobim, da Defesa Nacional, não foi por denúncias de improbidade administrativa. Todos os demais encontram-se às voltas com a Justiça Federal e Polícia Federal, todos sob fortes indícios e algumas provas de práticas ilegais nas suas respectivas pastas.

É um péssimo exemplo que assusta, por sugerir que as práticas estão em todos os ministérios. Essa tese tem grandes possibilidades de representarem a realidade, embora possam existir cada vez mais raras exceções.

Os Ministérios Públicos em todos os níveis não tem conseguido dar conta da demanda de tantos escândalos, sejam nas esferas federal, estadual e municipal.

Longe de um pre-julgamento, a sensação que se tem é de que não terá fim o quadro de degradação e mau uso do erário público. Isso talvez explique porque se paga tanto imposto no Brasil e sejam tão precários os serviços públicos prestados ao contribuinte.

A corrupção cada dia apresenta-se de forma generalizada e sem sinais de que terá fim, apesar do esforço da Justiça que lida com leis inadequadas e ineficazes, elaboradas por leigos em Direito (senadores e deputados federais), que muitas vezes premeditadamente, não as alteram, por interesses próprios de serem delas beneficiários.

Charge: "No meio da canela"

Charge de Ivan Cabral (Cedida)

Memória de um fato real: Em 2008, quando este humilde blogueiro gerenciava uma concessionária de automóveis em Natal, recebi uma equipe do IPEM-RN, que numa inspeção excessivamente rigorosa e muito mais punitiva, ameaçava lavrar auto de infração por entender que um determinado equipamento estava em desacordo com as especificações e portanto estaria lesando o consumidor. Não éra procedente a acusação da fiscalização. Configurava-se mais um ato de abuso do poder. Alguns órgãos tem como medida de eficiência o número de autuações o que estimula os seus agentes ao procedimento punitivo, muitas vezes injusto e arbitrário.

A diretoria do IPEM, na época, éra a mesma agora acusada pela Justiça, por atos de corrupção.

Vejo que, segundo o Ministério Público e a Polícia, quem realmente lesava desde então, os muitas vezes indefesos consumidores.

Como bem diz o competente chargista Ivan cabral, é "no meio da canela", o lamaçal no IPEM do RN.

Não será diferente enquanto os órgãos do Executivo sejam federais, estaduais ou municipais, sejam ocupados por critérios meramente políticos em detrimento à capacidade técnica.

Fim de Noite: "Romaria"

O Fim de Noite deste Domingo vem com um clássico da MPB. Uma composição primorosa de Renato Teixeira na voz de Elis Regina, uma das mais completas cantoras brasileiras. Vale a pena ouvir de novo: Romaria. Boa noite.

Leitura Dinâmica: "O blefe surrado do 'controle da mídia' "

"O blefe surrado do "controle da mídia"

Por Glauco Fonseca

Eacute; batata: Sempre que José Dirceu é flagrado em algo ilícito, lá vem o PT com o papo surrado de regulação da mídia. O partido encontrou uma forma de dar satisfação e sossegar o gerentão das falcatruas, lançando periodicamente o factoide de controle social da mídia ou qualquer coisa que o valha.

O PT, no entanto, sofistica-se em suas ameaças. Mais recentemente, questiona com veemência o que ela chama de oligopólio da mídia eletrônica de massa. Quem tem rádio não pode ter TV e quem tem rádio e Jornal que sossegue o pito. E muito mais, sem um mínimo de consistência e sempre discutido a partir de algo muito sujo, escancarado e protagonizado por próceres do partido, ou, quem sabe, antes que algo muito pior seja divulgado...

O blefe agora é o seguinte: Como a Revista Veja não é uma concessão, nada pode ser feito contra ela no estado democrático de direito, a não ser o que hoje é considerado crime contra a propriedade privada. Contra do Estadão, quase a mesma coisa, com a diferença que ela possui uma rádio Eldorado que, se for desligada, nada ou quase nada acontecerá. A Folha de São Paulo, assim como a revista Istoé, também são veículos individuais e independem de concessões públicas. Aí está o caroço de abacate que não passa pela goela do Partido dos Trabalhadores.

Contra veículos não concessionários de licenças de radiodifusão, pouco ou quase nada se pode fazer sem que se queime TODA a Constituição na fogueira escura de uma ditadura. Agora, contra os concedidos, muita coisa se pode fazer, começando por ameaças, o que vem ocorrendo desde janeiro de 2003. O blefe, portanto, agora tende a se sofisticar ainda mais. Continua sendo uma ameaça infame, asquerosa, um desatino de um grupo de pessoas que está caindo pelas beiradas por sua total incompetência e desonestidade. E para piorar, nem oposição o PT possui. Diante desta aberração política nacional, nem ela pode ser culpada pelas cédulas em cuecas.

A estratégia, desta vez, é aumentar o tom da ameaça aos grupos multimídia baseados em redes de rádio e TV, concedidos, portanto. Ao sugerir a uma Rede Globo que seu império poderá ser desmembrado “para bem do povo brasileiro”, que um Grupo Record, que comprou a maioria de suas operações ao invés de recebe-las de graça, irá operar apenas esta ou aquela mídia, dois tipos de reação podem ocorrer: alguns grupos poderão se insurgir contra a ideia, engrossando as fileiras das mídias que hoje divulgam os deslizes políticos e outros poderão “negociar” o tema, entendendo aqui tudo que pressupõe o verbo negociar devidamente centrado entre aspas.

Em suma, o PT sabe que pode levar o tema adiante na Câmara e sabe que no Senado também, ainda que com mais dificuldade. Nós já sabemos que tudo isto tem como objetivo pressionar a mídia para aceitar a absolvição de Dirceu, a anistia de Dirceu e a volta triunfal de Dirceu, para executar o projeto de poder do PT que, sem Dirceu, não decolará. Tudo isto é pano de fundo para o PT redimir seu grande líder, chamado pelo Procurador-Geral da República como chefe de uma organização criminosa conhecidíssima por todos como Mensalão. "

11 de Setembro: 10 anos do maior atentado terrorista do mundo

Projeto do Memorial do World Trade Center, Nova York, Estados Unidos.

Para muitos uma data para ser esquecida para sempre. Para outros, uma data que nunca será esquecida pelo que significou par a maior potência do planeta, os Estados Unidos. O pais nunca foi o mesmo depois do dia em que viu um de seus maiores símbolos do capitalismo ruírem literalmente com o atentado terrorista de 11 de setembro de 2001.

O acontecimento que mobilizou a opinião pública mundial continua sendo um bom motivo para se discutir as relações internacionais. O fundamentalismo continua e continuará sendo uma permanente ameaça à paz mundial.

O grande desafio que se impõe é o debate sério que tenha como objetivo a utópica justiça social entre os povos.

De outra forma, estaremos condenados a sobreviver sob a ameaça injustificável do radicalismo político, religioso e social.

Fim de Noite: Hino Nacional do Brasil

O Fim de Noite de hoje antecipa-se ao Dia da Independência do Brasil, 7 de setembro, e traz um dos principais símbolos da pátria, o Hino Nacional Brasileiro, executado pela Banda Marcial dos Fuzileiros Navais do Brasil. Uma revisita ao Hino Nacional é sempre bem vinda como forma de fortalecer em todos o espírito cívico de amor à Pátria. Boa Noite.

Cidadania: Apelo patriótico e democrático à presidenta Dilma

O povo nas ruas e a presidenta Dilma Rousseff

"Nós fazemos um apelo à V.Exa. para que nomeie um Ministro do Supremo Tribunal Federal comprometido com a defesa da nossa democracia e com a erradicação do câncer da corrupção política. Sua decisão pode salvar a Ficha Limpa e evitar que os políticos corruptos abusem da confiança de todos os brasileiros. V.Exa. carrega as esperanças de milhões de pessoas por todo o país que se levantaram contra os representantes corruptos e lutaram para fortalecer nossa democracia."

Comentário do Blog:

Por incrível que pareça, a Lei da Ficha Limpa corre perigo. Depois de exaustivos debates no Supremo Tribunal Federal, ela corre sério risco de ser considerada inconstitucional.

Se isso se confirmar, centenas de políticos e gestores condenados por juízes e tribunais regionais, por motivo de corrupção, continuarão impunes podendo cometer novos crimes contra o patrimônio público.

A presidenta Dilma pode prestar enorme contribuição ao país, indicando para a vaga de ministro do Supremo Tribunal Federal, um ministro que seja favorável ao cumprimento da Ficha Limpa.

É que curiosamente, após tantos debates o Supremo Tribunal Federal continua divido quanto à eficácia imediata da Lei da Ficha Limpa. Um novo ministro ou ministra poderia desempatar a favor da lei aprovada pelo Congresso Nacional em 2010 e sancionada pelo ex-presidente Lula.

Charge: "Futebolzinho"

Charge de Ivan Cabral (Cedida).

Também quando o tema é futebol, o chargista areia-branquense Ivan Cabral é um craque. Vejam a sacada ou melhor dizendo, o gol marcado pelo traço preciso de Ivan. Convenhamos, o fotebol da seleção brasileira (de Mano Menezes) está um futebolzinho mesmo. O 1x0 contra a seleção de Gana, foi mais uma constatação. Ronaldinho Gaúcho bem que deu uma força, mas só ele e Neymar, não tem como.

Leitura Dinâmica: "Sem medo do passado"

Ex-presidente da República, Fernando Henrique Cardoso

Ao contrário do ex-presidente Lula, que segundo o próprio ele saiu do Poder mas o Poder não saiu dele, o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, do qual até possamos discordar, tem a marca da discrição e do cuidado com as palavras.

O artigo abaixo, por ele escrito, revela o ex-presidente mais ponderado, portanto equilibrado e bem menos arrogante do que Lula. Intelectualmente mais preparado, FHC tem uma compreensão mais apurada do que representa ter sido o chefe maior do Poder Executivo de uma Democracia que convive em seu seio com um Congresso Nacional composto por congressistas fisiologistas e com vícios de conduta desaconselhaveis para um legítimo representante do povo.

Aparentemente um pouco extenso, vale a pena dedicar-se uns 5 minutos para leitura do que escreveu FCH. Boa leitura.

"SEM MEDO DO PASSADO

Fernando Henrique Cardoso

O presidente Lula passa por momentos de euforia que o levam a inventar inimigos e enunciar inverdades. Para ganhar sua guerra imaginária, distorce o ocorrido no governo do antecessor, autoglorifica-se na comparação e sugere que se a oposição ganhar será o caos. Por trás dessas bravatas está o personalismo e o fantasma da intolerância: só eu e os meus somos capazes de tanta glória. Houve quem dissesse “o Estado sou eu”. Lula dirá, o Brasil sou eu! Ecos de um autoritarismo mais chegado à direita.

Lamento que Lula se deixe contaminar por impulsos tão toscos e perigosos. Ele possui méritos de sobra para defender a candidatura que queira. Deu passos adiante no que fora plantado por seus antecessores. Para que, então, baixar o nível da política à dissimulação e à mentira?

A estratégia do petismo-lulista é simples: desconstruir o inimigo principal, o PSDB e FHC (muita honra para um pobre marquês…). Por que seríamos o inimigo principal? Porque podemos ganhar as eleições. Como desconstruir o inimigo? Negando o que de bom foi feito e apossando-se de tudo que dele herdaram como se deles sempre tivesse sido. Onde está a política mais consciente e benéfica para todos? No ralo.

Na campanha haverá um mote – o governo do PSDB foi “neoliberal” – e dois alvos principais: a privatização das estatais e a suposta inação na área social. Os dados dizem outra coisa. Mas os dados, ora os dados… O que conta é repetir a versão conveniente. Há três semanas Lula disse que recebeu um governo estagnado, sem plano de desenvolvimento. Esqueceu-se da estabilidade da moeda, da lei de responsabilidade fiscal, da recuperação do BNDES, da modernização da Petrobras, que triplicou a produção depois do fim do monopólio e, premida pela competição e beneficiada pela flexibilidade, chegou à descoberta do pré-sal. Esqueceu-se do fortalecimento do Banco do Brasil, capitalizado com mais de R$ 6 bilhões e, junto com a Caixa Econômica, libertados da politicagem e recuperados para a execução de políticas de Estado.

Esqueceu-se dos investimentos do programa Avança Brasil, que, com menos alarde e mais eficiência que o PAC, permitiu concluir um número maior de obras essenciais ao país. Esqueceu-se dos ganhos que a privatização do sistema Telebrás trouxe para o povo brasileiro, com a democratização do acesso à internet e aos celulares, do fato de que a Vale privatizada paga mais impostos ao governo do que este jamais recebeu em dividendos quando a empresa era estatal, de que a Embraer, hoje orgulho nacional, só pôde dar o salto que deu depois de privatizada, de que essas empresas continuam em mãos brasileiras, gerando empregos e desenvolvimento no país.

Esqueceu-se de que o país pagou um custo alto por anos de “bravata” do PT e dele próprio. Esqueceu-se de sua responsabilidade e de seu partido pelo temor que tomou conta dos mercados em 2002, quando fomos obrigados a pedir socorro ao FMI – com aval de Lula, diga-se – para que houvesse um colchão de reservas no início do governo seguinte. Esqueceu-se de que foi esse temor que atiçou a inflação e levou seu governo a elevar o superávit primário e os juros às nuvens em 2003, para comprar a confiança dos mercados, mesmo que à custa de tudo que haviam pregado, ele e seu partido, nos anos anteriores.

Os exemplos são inúmeros para desmontar o espantalho petista sobre o suposto “neoliberalismo” peessedebista. Alguns vêm do próprio campo petista. Vejam o que disse o atual presidente do partido, José Eduardo Dutra, ex-presidente da Petrobras, citado por Adriano Pires, no Brasil Econômico de 13/1/2010. “Se eu voltar ao parlamento e tiver uma emenda propondo a situação anterior (monopólio), voto contra. Quando foi quebrado o monopólio, a Petrobras produzia 600 mil barris por dia e tinha 6 milhões de barris de reservas. Dez anos depois, produz 1,8 milhão por dia, tem reservas de 13 bilhões. Venceu a realidade, que muitas vezes é bem diferente da idealização que a gente faz dela”.

O outro alvo da distorção petista refere-se à insensibilidade social de quem só se preocuparia com a economia. Os fatos são diferentes: com o Real, a população pobre diminuiu de 35% para 28% do total. A pobreza continuou caindo, com alguma oscilação, até atingir 18% em 2007, fruto do efeito acumulado de políticas sociais e econômicas, entre elas o aumento do salário mínimo. De 1995 a 2002, houve um aumento real de 47,4%; de 2003 a 2009, de 49,5%. O rendimento médio mensal dos trabalhadores, descontada a inflação, não cresceu espetacularmente no período, salvo entre 1993 e 1997, quando saltou de R$ 800 para aproximadamente R$ 1.200. Hoje se encontra abaixo do nível alcançado nos anos iniciais do Plano Real.

Por fim, os programas de transferência direta de renda (hoje Bolsa-Família), vendidos como uma exclusividade deste governo. Na verdade, eles começaram em um município (Campinas) e no Distrito Federal, estenderam-se para Estados (Goiás) e ganharam abrangência nacional em meu governo. O Bolsa-Escola atingiu cerca de 5 milhões de famílias, às quais o governo atual juntou outras 6 milhões, já com o nome de Bolsa-Família, englobando em uma só bolsa os programas anteriores.

É mentira, portanto, dizer que o PSDB “não olhou para o social”. Não apenas olhou como fez e fez muito nessa área: o SUS saiu do papel à realidade; o programa da aids tornou-se referência mundial; viabilizamos os medicamentos genéricos, sem temor às multinacionais; as equipes de Saúde da Família, pouco mais de 300 em 1994, tornaram-se mais de 16 mil em 2002; o programa “Toda Criança na Escola” trouxe para o Ensino Fundamental quase 100% das crianças de sete a 14 anos. Foi também no governo do PSDB que se pôs em prática a política que assiste hoje a mais de 3 milhões de idosos e deficientes (em 1996, eram apenas 300 mil).

Eleições não se ganham com o retrovisor. O eleitor vota em quem confia e lhe abre um horizonte de esperanças. Mas se o lulismo quiser comparar, sem mentir e sem descontextualizar, a briga é boa. Nada a temer.