Notícias do Dia

sexta-feira, 29 de abril de 2011

Urgente: ainda dá tempo prestar as contas com o Leão


















Faltam apenas pouco mais 12 horas para o fim do prazo da entrega da Declaração de Imposto de Renda.

Aproximadamente 2 milhões e 300 mil pessoas ainda não fizeram a declaração. A corrida de última hora, bem própria dos brasileiros, é inevitável. O risco é o contribuinte encontrar dificuldades para a entrega via internet, uma vez que é comum a sobrecarga do sistema com impossibilidade de envio, nas últimas horas do prazo.

Portanto, é hora, literalmente, de correr contra o tempo. A entrega pode ser feita até às 11hs 59min e 59seg. O Leão não perdoa.

quarta-feira, 27 de abril de 2011

Fim de Noite: "Ranchinho de paia"




O Fim de Noite desta quarta, vem com "Ranchinho de paia", um clássico regional nordestino, na voz do também nordestino e mais precisamente norte-riograndense Trio Yrakitan. Para a melhor idade e para os jovens atentos à boa música brasileira. Boa Noite!

TST decide: vaga de suplentes é da Coligação e não do Partido




O Supremo Tribunal Federal decidiu hoje, 27, que as eventuais vagas de suplentes pertencem à coligação e não aos partidos. Mais uma vez a corte máxima da Justiça é convocada para decidir sobre a interpretação de leis produzidas pelo Senado Federal e a Câmara Federal, cujos textos não possuem a clareza indispensável a uma norma legal.

O STF de vez em quando é obrigado a decidir sobre essas leis dúbias mal redigidas e aprovadas pelo Congresso Nacional. A destacar, o fato de que quando as decisões do Supremo Tribunal Federal são favoráveis ao Poder Legislativo, fica tudo bem. Quando, eventualmente alguma decisão é contrária aos interesses legislativos, a corte é acusada de interferência. Isso já ocorreu algumas vezes.

A decisão de hoje tem por exemplo, reflexos imediatos na Câmara Municipal de Natal, com o retorno dos vereadores Fernando Lucena, do PT, e Assis Oliveira.

A "metralhadora humana" petista voltará ao plenário. As reuniões voltarão a esquentar.

"Novo" Conselho de Ética do Senado desafia a própria ética




O Conselho de Ética e Decoro Parlamentar do Senado elegeu hoje, 27,os senadores João Alberto Souza (PMDB-MA) como presidente e Jayme Campos (DEM-MT) como vice-presidente, além dos demais membros, para um mandato de dois anos.

Até aí, tudo regimental. O problema começa quando, dos quinze membros titulares indicados pelos partidos para compor o Conselho, pelo menos oito respondem a processos ou inquéritos no Supremo Tribunal Federal (STF) e outros membros envolvidos em polêmicas.

Entre eles, figuras conhecidas como Renan Calheiros (AL) e Romero Jucá (RR), além de Gim Argello (PTB-DF) e do vice-presidente, recém-eleito, Jayme Campos (DEM-MT).

Não vemos problemas nisso, dirão os legalistas. Nenhum deles ainda tiveram sentença final transitada em julgado, termo técnico jurídico quase sinônimo de impunidade.

Mas convenhamos. Um processo quando chega ao Supremo Tribunal Federal, em Brasília, ele já foi julgado em treis instâncias anteriores - o Juiz na Comarca, Tribunal Regional e Tribunal Superior - dependendo da natureza do crime ou infração penal.

O Supremo Tribunal Federal é uma instância jurídica - a Corte Máxima da Justiça - onde somente quem paga bons advogados consegue chegar. A própria lentidão do STF em função da quantidade absurda de processos, garante praticamente a impunidade através muitas vezes da prescrição do processo, ou seja, sua simples extinção.

Mesmo que seja legal a participação de senadores condenados como membros de um Conselho de Ética, não é moral. Eles não terão a base moral suficiente para julgar com isenção seus pares, em um ambiente altamente corporativista.

Alguns deles já afirmaram em alto e bom som que eles não deveriam condenar seus colegas senadores.

Pavio curto: "Já pensou em apanhar, rapaz?"



















Senador Roberto Requião (à esquerda) e o repórter Victor Boyadjian, da Rádio Bandeirantes

O senador Roberto Requião, do PMDB do Paraná, é reconhecido nacionalmente pelo estilo combativo e contundente na defesa de seus pontos de vista bem no estilo nacionalista. Mas é comprovadamente um político de pavio curso, aliás, pode se dizer, sem pavio. O episódio recente ocorrido entre ele e um repórter da rádio Bandeirantes, confirma isso.

O homem público, eleito pelo povo, terá que compreender que nem sempre é possível conviver apenas com o aplauso. A crítica e até a desaprovação de suas atitudes, desde que de forma civilizada, faz parte do exercício da função pública.

O senador Requião, usando de uma tribuna privileviada - o Senado Federal - para o "direito de resposta", não comprovou ter havido nenhuma grave ofensa à sua pessoa, que justificasse aí sim, uma clara ofensa de sua parte à Democracia e ao direito do livre exercício da profissão de jornalista.

O "crime" cometido pelo jornalista teria sido o de ter perguntado se o senador achava justo acumular com o salário de senador, uma aposentadoria de mais de R$ 20 mil reais, como ex-governador do Paraná.

Aos simples mortais brasileiros, restam o direito de somente se aposentarem após 30 anos de muito trabalho e de outros tantos anos de contribuição para o INSS. Para após, ter essa mesma aposentadoria reduzida a uma miséria, pela inflação.

É o Brasil.

terça-feira, 26 de abril de 2011

Imprensa livre?: "85% dos jornalistas tem cargos comissionados na Assembléia Legislativa"




Uma grave denúncia foi feita hoje, 26, no plenário da Câmara Municipal de Natal, pelo vereador Adão Eridan, do PR, pré-candidato à Prefeitura de Natal. Segundo o Eridan, 85% (oitenta e cinco por cento) dos jornalistas têm cargo na Assembléia Legislativa do Rio Grande do Norte. Ao fazer a grave denúncia, o vereador identificou diferença na cobertura jornalista realizada na Assembléia Legislativa e o trabalho jornalístico feito na Câmara Municipal, sugerindo parcialidade na casa legislativa estadual.

A ser procedente a denúncia do vereador, joga-se no lixo a mais importante das conquistas em uma Democracia: a liberdade de expressao.

Fica difícil imaginar isenção em um profissional que recebe privilégios de uma determinada instituição, quando tiver que criticá-la.

Tais práticas, sabe-se, condenáveis, não é privilégio de instituições públicas do Rio Grande do Norte, embora não sirva como justificativa.

De Brasília ao menor município brasileiro, consideradas eventuais excessões, o jornalismo independente praticamente não existe, e em boa parte por iniciativas de órgãos públicos que decidem calar ou no mínimo tornar dependentes alguns meios de comunicações.

Vale sempre lembrar que não existiriam corruptores se não existisse corruptos. O jornalismo que reclama de censura oficial, acabam se auto-censurando, via cargos comissionados.

Dessa forma, vale repetir o clichê: "sem liberdade, a verdade não aparece".

Leilão de créditos do Governo: Quem aceita receber menos?




É no mínino inusitada a iniciativa do Governo do Rio Grande do Norte quanto à maneira de quitar débitos dos governos anteriores de Iberê Ferreira e Vilma de Faria: um leilão invertido. Nos leilões convencionais, como se sabe, leva o objeto leiloado quem apresentar proposta mais elevada.

O governo Rosalba Ciarlini, através de seus secretários estaduais: do Gabinete Civil, Paulo de Tarso, Obery Rodrigues (Planejamento) e Manoel Pereira (Administração), inovaram e publicarão um Edital para regulamentar o pagamento de dívidas anteriores ao atual governo, no valor de R$ 812 milhões.

Na prática, receberá primeiro seus créditos quem oferecer maior desconto do valor a ser recebido.

Justo seria se os contribuintes pudessem igualmente promover leilões com os mesmos critérios para obter descontos de impostos a serem pagos. Possivelmente alegariam inconstitucionalidade. Algo como dois pesos e duas medidas.

segunda-feira, 25 de abril de 2011

Fim de Noite: "Quando te ví"



Retornando ao batente, o Fim de Noite traz o mineiro Beto Guedes com um de seus maiores sucessos: "Quando te ví". Boa Noite!

quinta-feira, 21 de abril de 2011

O RN na Globo hoje: No "Mais Você", Acari. No "Globo Mar", Areia Branca



















Na foto a esquerda, o impressionante Açude Gargalheiras, em Acari. À direita, o Terminal Salineiro de Areia Branca, em alto mar. Único no Brasil.


O Rio Grande do Norte nunca esteve tão global. Nesta quinta-feira da Paixão, duas importantes cidades do estado merecem destaque na grade da programação da Globo. No Mais Você, o programa de Ana Maria Braga exibido hoje, pela manhã, a cidade de Acari mereceu todas as atenções numa reportagem muito bem produzida, mostrando as curiosidades da cidade mais limpa do Brasil, o acariense e o principal cartão postal, o Açude Gargalheiras.

À noite, é a vez de Areia Branca exibir suas potencialidades como grande produtora de sal, o transporte, o terminal salineiro com características únicas no Brasil. Deve merecer destaque ainda o potencial turístico do município traduzido pela beleza das praias e por fim os tipos areia-branquenses.

quarta-feira, 20 de abril de 2011

Fim de Noite: "Ave-Maria"




Incorporando-se ao espírito da Semana Santa - uma tradição religiosa que celebra a Paixão, a Morte e a Ressurreição de Jesus Cristo, o Fim de Noite caprichou e trouxe dois ícones da música internacional: o brasileiro Roberto Carlos e o italiano Luciano Pavarotti numa interpretação espetacular de "Ave Maria". Boa Páscoa para todos!

Cidadania: pressão popular faz preço de gasolina cair em Natal



Mais uma vitória da cidadania, no que se refere aos preços abusivos de gasolina em Natal. Depois de muito debate e o apoio total da mídia natalense, os preços caíram dos R$ 2,99 para algo em torno de R$ 2,75 a 2,85, o que pode se considerar um preço razoável. As partes apresentaram seus argumentos na forma conveniente a cada segmento. Um dos fatores determinantes, aliás dois fatores, são os impostos federais e estaduais imbutidos no preço do litro de combustíveis. No plano federal, além dos impostos como Imposto de Renda, PIS, Cofins e CSLL, temos a CIDE - Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico - que juntos causam alta incidência no preço. Na esfera estadual, o ICMS - Imposto de Circulação de Mercadorias e Serviços. Os dois segmentos reduzindo os percentuais dariam decisiva contribuição para a redução do preço do combustível.

Atribuir a responsabilidade do aumento apenas aos postos de vendas, não é justo. Pode até haver exagero de algum posto, mas eles não são os vilões isolados do problema.

De qualquer maneira, ficou a lição de que o consumidor, organizado e coletivamente, tem plenas condições de fazer valer, a seu favor, a lei de mercado poderosíssima, que é a da oferta e da procura.

Dilma Rousseff e a dinâmica das palavras





" O Exército é fonte permanente de orgulho ao nosso País " Dilma Rousseff, presidenta do Brasil.

A frase, compreensivelmente impensável de ser dita nas décadas de 60 e 70, é agora formalmente pronunciada pela presidenta e comandante das Forças Armadas do Brasil, Dilma Rousseff, com todo o formalismo que a liturgia presidencial requer.

Numa Democracia, a frase revela a dinâmica e o poder das palavras como forma de expressão.

É igualmente reveladora do quanto o povo brasileiro assimilou, compreendeu e avançou em relação aos movimentos revolucionários dos anos 60. Graças a essa capacidade de transformação, deu-se a redemocratização numa dimensão tamanha que garantiu a plenitude das liberdades individuais e coletivas. Dilma Rousseff é o maior exemplo vivo dessa imensurável conquista.

terça-feira, 19 de abril de 2011

Pergunta incômoda: Alguém acredita na viabilização da Arena das Dunas?




A pergunta é incômda mas necessária. Quando no início de 2010, houve o sorteio de Natal como uma das sub-sedes da Copa de 2014 e a consequente divulgação do projeto virtual, pensei: Natal, será transformada em uma Dubai, guardadas as devidas proporções. Muito bom para Natal e para os natalenses.

As fotos da maquete virtual realmente impressionavam pelo porte da obra

Aos poucos e com o passar do tempo, tudo mudou e hoje a dúvida é terrível. O Tribunal de Contas da União acaba de divulgar um relatório onde aponta Natal, entre outras capitais como Brasília, Cuiabá e de Manaus, cujos estádios não serão rentáveis, após a realização da Copa. Aí surge inevitavelmente, outra pergunta: qual empresário investirá em um projeto previamente considerado inviável?

Em recente entrevista ao jornalista Jurandy Nóbrega, no programa Bom Dia Cidade, o engenheiro Moacir Gomes, após analisar com fundamentos e pleno conhecimento do assunto, manifestou a seguinte preocupação: tudo caminha para a destruição de um grande patrimônio público, uma obra inacabada em 2014 e um enorme prejuízo para os natalenses.

Vista com isenção, a preocupação do experiente engenheiro tem uma gigantesca possibilidade de se concretizar. Infelizmente.

Óbvia urgência: Segurança Pública




Antes, mas muito antes, as escolas eram locais seguros que proporcionavam aos país a tranquilidade necessária para lá deixarem seus filhos.

Esta realidade mudou e o episódio ocorrido na escola municipal Tasso da Silveira, em Realengo, Zona Oeste do Rio, trouxe à tona o nível de insegurança não apenas nas grandes mas também nas pequenas cidades do país.

As autoridades da Segurança Pública parecem movidas por tragédias familiares. Semre que algo de grave acontece, surgem as vozes às vezes oportunistas, às vezes sensatas,como a do governador do Amazonas, Osmar Aziz, que provocará o Ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, com a sugestão da criação de um fundo para custear a segurança pública no país.

Para o gestor amazonense, o agravamento da insegurança é muito maior que a capacidade de resposta dos governos federal e estaduais.

Tem óbvias razões, o governador.

Arsenal perigoso: 753 mil armas de fogo aguardam decisões da Justiça




O número é bastante preocupante e os dados foram levantados pelo Conselho Nacional de Justiça. Mais de 750 mil armas encontram-se apreendidas aguardando decisões judiciais. Sabe-se da lentidão da Justiça no país e o risco de tantas armas armazenadas muitas vezes em locais sem a segurança necessária. A crônica policial registra vários casos de invasão a orgãos judiciais e o consequente roubo de armas.

O presidente da Ordem dos Advogados do Brasil, Ophir Cavalcante, defendeu a imediata inutilização ou danificação das armas, sem prejuízo dos processos penais a elas relacionadas. Esse número corresponde ao total do número de armas das polícias militares estaduais em todo o Brasil.

O Congresso Nacional, sabe-se, sofre permanentes influências dos lobbies que atuam conforme seus interesses. Muitas vezes conseguem aprovação de leis em curtíssimos prazos.

Não se tem notícias de pressões do Judiciário para a aprovação de leis sumárias que permitissem maior agilidade no encaminhamento de tais armas apreendidas, que poderiam serem destinadas à simples destruição ou até mesmo aproveitamento no melhor aparelhamento bélico das polícias estaduais que muitas vezes atuam com armas obsoletas enfrentando bandidos com armas modernas e bem mais eficazes.

Passou da hora de um debate nacional sobre o tema e não apenas recorrer a um oportunismo como fez recentemente o senador José Sarney ao defender a repetição de um plebiscito sobre o desarmamento.

segunda-feira, 18 de abril de 2011

Fim de Noite: "Canção da América"




...amigo é coisa pra se guardar do lado esquerdo do peito, mesmo que o tempo e a distância, não, não... o que importa é ouvir a voz que vem do coração..." O Fim de Noite une-se ao espírito da data para festejar os amigos. Afinal, hoje é o dia do Amigo, no Brasil. E nada mais significativo do que refletir sobre o hino "Canção da América", do grande Milton Nascimento. Boa noite!

Leitura Dinâmica: "A doença chamada homem"







A Leitura Dinâmica é habitualmente postada nos Sábados e/ou Domingos. Por absoluta impossibilidade de fazê-lo, postamos nesta segunda, abordando um tema que julgamos interessante: "A doença chamada homem", escrito pelo teólogo e filósofo Leonardo Boff. Boa leitura:

"No homem, ora predomina a vontade de viver, e então tudo irradia e cresce. Noutro momento, ganha a partida a vontade de matar"

Leonardo Boff*

Essa frase é de F. Nietzsche e quer dizer: o ser humano é um ser paradoxal, são e doente, nele vivem o santo e o assassino. Bioantropólogos, cosmólogos e outros afirmam: o ser humano é, ao mesmo tempo, sapiente e demente, anjo e demônio, dia-bólico e sim-bólico. Freud dirá que nele vigoram dois instintos básicos: um de vida que ama e enriquece a vida e outro de morte que busca a destruição e deseja matar. Importa enfatizar: nele coexistem simultaneamente as duas forças. Por isso, nossa existência não é simples mas complexa e dramática. Ora predomina a vontade de viver, e então tudo irradia e cresce. Noutro momento, ganha a partida a vontade de matar, e então irrompem violências e crimes como aquele que ocorreu recentemente.

Podemos superar esta dilaceração no humano? Foi a pergunta que A. Einstein colocou numa carta de 30 de julho de 1932 a S. Freud:”Existe a possibilidade de dirigir a evolução psíquica a ponto de tornar os seres humanos mais capazes de resistir à psicose do ódio e da destruição”? Freud respondeu realisticamente:”Não existe a esperança de suprimir de modo direto a agressividade humana. O que podemos é percorrer vias indiretas, reforçando o princípio de vida (Eros) contra o princípio de morte (Thanatos)". E termina com uma frase resignada:"Esfaimados pensamos no moinho que tão lentamente mói que poderemos morrer de fome antes de receber a farinha”. Será esse o nosso destino?

Por que escrevo isso tudo? É em razão do tresloucado que no dia 5 abril, numa escola de um bairro do Rio de Janeiro, matou a bala 12 inocentes estudantes entre 13-15 anos e deixou 12 feridos. Já se fizeram um sem número de análises, foram sugeridas inúmeras medidas, como a da restrição da venda de armas, de montar esquemas de segurança policial em cada escola e outras. Tudo isso tem seu sentido. Mas não se vai ao fundo da questão. A dimensão assassina, sejamos concretos e humildes, habita em cada um de nós. Temos instintos de agredir e de matar. É da condição humana, pouco importam as interpretações que lhe dermos. A sublimação e a negação desta anti-realidade não nos ajuda. Importa assumi-la e buscar formas de mantê-la sob controle e impedir que inunde a consciência, recalque o instinto de vida e assuma as rédeas da situação. Freud bem sugeria: tudo o que faz criar laços emotivos entre os seres humanos, tudo o que civiliza, toda a educação, toda arte e toda competição pelo melhor, trabalha contra a agressão e a morte.

O crime perpretado na escola é horripilante. Nós cristãos conhecemos a matança dos inocentes ordenada por Herodes. De medo que Jesus, recém-nascido, mais tarde fosse lhe arrebatar o poder, mandou matar todas as crianças nas redondezas de Belém. E os textos sagrados trazem expressões das mais comovedoras:”Em Ramá se ouviu uma voz, muito choro e gemido: é Raquel que chora os filhos e não quer ser consolada porque os perdeu”(Mt 2,18). Algo parecido ocorreu com os familiares das vítimas.

Esse fato criminoso não está isolado de nossa sociedade. Esta não tem violência. Pior. Está montada sobre estruturas permanentes de violênca. Aqui mais valem os privilégios que os direitos. Marcio Pochmann, em seu Atlas Social do Brasil, nos traz dados estarrecedores: 1% da população (cerca de 5 mil famílias) controla 48% do PIB e 1% dos grandes proprietários detêm 46% de todas as terras. Pode-se construir uma sociedade de paz sobre semelhante violência social? Esses são aqueles que abominam falar de reforma agrária e de modificações no Código Florestal. Mais valem seus privilégios que os direitos da vida.

O fato é que em pessoas pertubadas psicologicamente, a dimensão de morte, por mil razões subjacentes, pode aflorar e dominar a personalidade. Não perde a razão. Usa-a a serviço de uma emoção distorcida. O fato mais trágico, estudado minuciosamente por Erich Fromm (Anatomia da destrutividade humana, 1975) foi o de Adolf Hitler. Desde jovem foi tomado pelo instinto de morte. No final da guerra, ao constatar a derrota, pede ao povo que destrua tudo, envene as águas, queime os solos, liquide os animais, derrube os monumentos, se mate como raça e destrua o mundo. Efetivamente, ele se matou e a todo os seus seguidores próximos. Era o império do princípio de morte.

Cabe a Deus julgar a subjetividade do assassino da escola de estudantes. A nós cabe condenar o que é objetivo, o crime de gravíssima perversidade e saber localizá-lo no âmbito da condição humana. E usar todas as estratégias positivas para enfrentar o Trabalho do Negativo e compreender os mecanismos que nos podem subjugar. Não conheço outra estratégia melhor que buscar uma sociedade justa, na qual o direito, o respeito, a cooperação e a educação e saúde para todos sejam garantidos. E o método nos foi apontado por Francisco de Assis em sua famosa oração: levar amor onde reinar o ódio, o perdão onde houver ofensa, a esperança onde grassar o desespero e a luz onde dominar as trevas. A vida cura a vida e o amor supera em nós o ódio que mata.


* Doutor em Teologia e Filosofia pela Universidade de Munique, nasceu em 1938. Foi um dos formuladores da “teologia da libertação”. Autor do livro Igreja: carisma e poder, de 1984, que sofreu um processo judicial no ex-Santo Oficio, em Roma, sob o cardeal Ratzinger. Participou da redação da Carta da Terra e é autor de mais de 80 livros nas várias áreas das ciências humanísticas."

Mau exemplo: Aécio Neves com Habilitação vencida, nega-se a fazer teste do bafômetro




Aconteceu no Leblon, zona Sul do Rio de Janeiro. Parado numa bliz na madrugada deste Domingo, 17, o ex-governador de Minas Gerais e atual senador Aécio Neves (foto), teve sua Carteira Nacional de Habilitação apreendida após constatar-se que estava vencida e principalmente por negar-se a fazer o teste do bafômetro.

Reconhecido pelos policiais que realizavam a blitz, o parlamentar terá que pagar R$ 957 por ter se recusado a fazer o teste do bafômetro e R$ 191,54 por dirigir com habilitação vencida. Ambas são consideradas infrações gravíssimas.

Comentário do Blog:
Como senador, o parlamentar participa da elaboração e aprovação das leis no país. Na prática, talvez inagine que a lei só vale para os outros, na medida em que se nega a cumprí-la, não fazendo o teste do bafômetro. Daria bom exemplo se, como todos os mortais, fizesse o teste e sem ter ingerido bebida alcoólica, seguisse em frente.
A negativa pode ter um caráter de confissão de culpa. Afinal, como diz o velho dito popular: "quem não deve, não teme".

Até 31 de dezembro de 2010, Aécio era governador de Minas Gerais e portanto, o chefe da polícia mineira que exigia com rigor o teste de bafômetro nas ruas, por parte dos motoristas, mesmo sabendo que "ninguém é obrigado a produzir provas contra sí", o mesmo fundamento jurídico alegado pelo senador agora. Dois pesos e duas medidas? Atualmente, como senador, pressupõe-se que ele acredite que as leis são para todos. Será?

Péssimo exemplo, o do senador Aécio Neves.

Com informações do site "Confresso em Foco".

quinta-feira, 14 de abril de 2011

Fim de Noite: "Meu vicio é você"




"Boneca eu te quero com todo pecado
Com todos os vícios, com tudo afinal
Eu quero esse corpo que a plebe deseja
Embora ele seja prenúncio do mal"

O Fim de Noite de hoje viajou no tempo e do fundo do baú, mais precisamente do ano de 1953, trouxe a inspiração do compositor Adelino Moreira dm "Meu Vício é você (Boneca de trapo)", na voz inconfundível de Nelson Gonçalves. Vale a pena ouvir de novo quem já ouviu e ouvir quem nunca ouviu. Boa noite!

Natal: ninguém se entende no debate sobre o preço dos combustíveis




Assunto do dia inclusive na imprensa nacional, a discussão sobre o aumento abusivo do preço da gasolina em Natal continua indefinida, tendo cada segmento apresentado seus argumentos imprecisos e nada esclarecedores. Pelo menos é a impressão que fica para os consumidores que são a parte mais fraca do debate, aliás nem participam dele, mas é o que tem poder decisivo sobre a poderosa lei de mercado: a da oferta e da procura. Falta consciência desse fato.

Esclarecendo: se o usuário ou proprietário do automóvel não abastecer, não haverá venda e nenhum estabelecimento resiste muito tempo sem vender. É aí que cresce de importância a decisão de comprar ou não comprar combustível pelo preço atualmente praticado.

Os postos através do seu sindicado, não consegue ser convincente para justificar porque os preços de Natal são tão mais altos do que os do vizinho estado da Paraíba, que não produz 1 litro de petróleo.

A polêmica continuará já que nem uma das partes do sistema de vendas, quer perder. Ao final, só falta culparem o consumidor.

Charge: "Pede pra sair!!!"




O assunto - Desarmamento - é sério. Mas... mas uma vez transforma-se em piada por atitudes de alguns políticos, como por exemplo, o ex-presidente da República e atual presidente do Senado Federal, José Sarney.

Pois bem. Com toda segurança que em geral eles tem, Sarney, articulador do plebiscito do desarmaneto, conta em sua biografia que usou armas nos anos 1960, após o desafeto Vitorino Freire ameaçar arrancar seu bigode.

No plebiscito realizado em 2005 os eleitores puderam optar pela resposta "sim" ou "não", pelo voto em branco ou pelo voto nulo. O resultado final foi de 59.109.265 votos rejeitando a proposta (63,94%), enquanto 33.333.045 votaram pelo "sim" (36,06%).

O senador Sarney defende fortemente novo plebiscito que tem um custo elevadíssimo aos cofres públicos, enquanto a Saúde e a Segurança Pública no país pedem socorro.

Ele disse em entrevista que os custos é uma questão menor.

A questão de poder ou não o cidadão andar armado é distorcida na medida da conveniência de grupos. Evidentemente não há necessidade de se andar armado, desde que o básico direito constitucional de "ir e vir" fosse garantido ao cidadão. Na prática, não é. Não há segurança mínima nas cidades maiores e agora também nos interiores.

Seria razoável desarmar o cidadão se, antes, desarmassem os bandidos. O mais é discurso distorcendo a realidade.

quarta-feira, 13 de abril de 2011

Fórmula ideal: Governo reduz CIDE, RN baixa ICMS. Postos diminuem o lucro





O assunto do dia, o aumento abusivo no preço da gasolina em Natal envolve vários segmentos entre eles, Distribuidoras, Governo do Estado, Postos de Gasolina e o mais fraco, o consumidor. Em meios a tantos argumentos confusos e precários, o blog faz uma singela sugestão para a solução do problema:

O Governo Federal reduz a CIDE (Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico), o Governo do RN (Rosalba) diminui o ICMS e os Postos baixam suas margens de lucro. Resultado: preços mais baixos. Sem cartel, com liberdade para os postos competirem entre sí, de acordo com seus custos específicos de cada posto.

Feita a sugestão.

terça-feira, 12 de abril de 2011

Herói vivo: Sargento PM Alves é promovido por bravura



SG=PM-Alves é promovido por bravura, pelo presidente da República em exercício, Michel Temer

"Preferia não estar recebendo essa homenagem e ter aquelas crianças todas aqui conosco", disse hoje, 12, o Sargento PM Alves, do Rio de Janeiro, ao ser promovido a Segundo-Sargento, pelo presidente da República, Michel Temer.

O sargento Alves, foi o primeiro policial a chegar à escola municipal Tasso da Silveira, em Realengo, zona oeste do Rio de Janeiro, onde foram mortos 12 adolescentes, a maioria deles, meninas, além de ouras feridas em tratamento nos hospitais. Coube a ele a decisão de enfrentar o atirador Wellington Menezes, o que o fez com um tiro de fuzil, evitando que a chacina fosse ainda maior.

Além de Alves, os cabos Denilson Francisco de Paula e Edinei Feliciano da Silva ascenderam ao posto de terceiro sargento da Polícia Militar do Rio de Janeiro. Eles participaram ativamente da ação policial, dando cobertura para que o sargento enfrentasse até então um inimigo ou inimigos desconhecidos no interior do colégio, já que na ocasião, não se sabia quantos atiradores estavam no colégio, tantos foram os tiros disparados.

Esperamos que não apareçam os defensores dos Direitos Humanos do assassino frio de 12 adolescentes, condenando os policiais pela heróica e indispensável ação policial.

Eles realmente são heróis e o que é mais importantes, vivos.

Um registro oportuno: O sargento PM Alves, do Rio de Janeiro, ganha algo em torno de R$ 2.300 reais, enquanto um Soldado PM de Brasília, ganha mais de R$ 4.000,00. Uma inaceitável inversão de valor, promovida pelo Governo do Distrito Federal. Nada contra ao soldado PM ganhar os R$ 4.000,00. Mas a hierarquia e o princípio da proporcionalidade teria que existir, o que na prática, não existe.

Humor: a piada do ministro Garibaldi Filho



Ministro da Previdência Social, Garibaldi Filho

Saiu na Folha de São Paulo:

"Em reunião com o presidente do Sindicato dos Aposentados, João Inocentini, Garibaldi Alves (Previdência) alertou que teria de interromper a conversa a qualquer momento, pois aguardava telefonema de Dilma Rousseff. Pouco depois, um assessor entrou no gabinete avisando que a presidente chamava o ministro ao Planalto. Garibaldi desabafou:

-Mais uma mulher pra mandar em mim...

Um outro sindicalista presente indagou:

-Em casa também é assim, ministro?

-É, mas a presidente manda mais..."

Comentário do Blog:
O permanente bom humor do senador e agora Ministro da Previdência, Garibaldi Filho, é do conhecimento de todos. Independente da solenidade ele sempre encontra uma forma de descontrair com alguma atitude cômica e às vezes não perde a oportunidade de até contar uma piada, muitas vezes, de sí próprio.
Foi assim também ontem no auditório da UFRN, quando brincou com o garçom que servia água, mas que sem perceber a sede do ministro, foi em outra direção para servir à Governadora Rosalba Ciarlini. O auditório, lotado, sorriu com as brincadeiras do ministro.

Projeto: OS MOTORES DO DESENVOLVIMENTO DO RN



















Fernando Haddad, prof. Nicolelis, Aloizio Mercadante (foto à esquerda) e Henrique Alves


O Seminário "OS MOTORES DO DESENVOLVIMENTO DO RIO GRANDE DO NORTE" ocorrido ontem, 11, no Auditório da Universidade Federal do Rio Grande do Norte, reuniu o Governo do RN, Assembléia Legislativa do RN, três ministros de Estado - Fernando Haddad, da Educação, Aloizio Mercadante, da Ciência e Tecnologia e Garibaldi Filho, da Previdência, além de parlamentares federais e estaduais, reitor Inovildo Rêgo, da UFRN (anfitrião do evento) e representantes de entidades da indústria e do comércio do RN.

Os discursos de abertura tiverem focos específicos:
A Governadora Rosalba Ciarlini, em discurso político, utilizou-se do repetido clichê " fazer acontecer " e o mais recente: "Mãos à obra".
O depoutado federal e presidente da Tribuna do Norte, Henrique Alves fez um discurso de bom conteúdo, fazendo uma auto-crítica e propondo que o projeto não se limite a Natal mas que atinja todas as regiões do estado.
O ministro da Educação, Fernando Haddad também em duscurso político mas bastante esclareceddor fornecendo dados dos avanços da Educação no país.
O ministro da Previdência Social, Garibaldi Filho, como sempre previsível, não aprofundou-se no tema, parabenizando o evento e fazendo algumas piadas inclusive com o garçom que servia água e dizendo que não sabia quase nada sobre o tema do seminário.
O Reitor Ivonildo Rêgo falou da importãncia da UFRN no projeto e das parcerias da Universidade com os setores de desenvolvimento do RN.

Um evento interessante que precisará colocar em práticas as propostas para que sejam atingidos seus objetivos.

sábado, 9 de abril de 2011

Fim de Noite: "Era Um Garoto Que Como Eu"




Porque hoje é Sábado, O Fim de Noite vai ao fundo do baú e traz "The Originals", banda de rock brasileiro, com "Era um garoto que como eu", em um resgate de sucessos que animaram as noites da década de 70, com a doce rebeldia das gerações da época. Solte o som e boa noite.

Leitura Dinâmica: "Titulação e Dólares"




A Leitura Dinâmica de hoje disponibiliza o texto abaixo, de Paul Krugman, professor de economia em Princeton e Prêmio de Economia 2008, portanto, um estudioso sobre o tema. A colaboração foi enviada pela professora da URFN, Carmozi de Souza Gomes, a quem o blog agradece. Certeza de boa leitura para quem se interessa pelo conhecimento e mundo profissional:


"Titulação e dólares,

É uma verdade universalmente reconhecida que a educação é a chave para o sucesso econômico. Todo mundo sabe que os empregos do futuro exigirão um grau ainda maior de conhecimento. Essa é a razão pela qual, em uma aparição recente com o ex-governador da Flórida Jeb Bush, o presidente Obama disse: ". Se queremos mais uma boa notícia em relação ao emprego, temos de investir mais na educação"

No entanto, isso que todos sabem é impreciso. O dia após o ato de Obama e Bush,o Times publicou um artigo sobre o uso cada vez mais comum de software para a pesquisa jurídica. Acontece que os computadores podem analisar rapidamente milhões de documentos e realizar uma tarefa mais barato que antes exigiam uma legião de advogados e procuradores. Então, neste caso, o progresso tecnológico está reduzindo a demanda por trabalhadores qualificados.

E não é um exemplo isolado. Conforme mencionado no artigo, o software também começaram a substituir o trabalho de engenheiros na concepção de processadores. Mais genericamente, a idéia de que a moderna tecnologia elimina apenas trabalhos braçais, enquanto os trabalhadores bem-educados claramente a ganhar, pode prevalecer no debate popular, mas realmente está ultrapassado há décadas.

Desde 1990, mais ou menos, o mercado de trabalho dos EUA não tem sido caracterizada por um aumento geral na procura de pessoas com titulação, mas por recessos, tanto trabalho bem remunerado como baixos salários e têm crescido rapidamente nos trabalhos do salário médio "Os empregos disponíveis para a manutenção de uma forte classe média têm ficado para trás. E a diferença entre eles se tornou maior: muitas das ocupações de melhor salário, que cresceram rapidamente nos anos noventa têm experimentado um crescimento muito mais lento de tarde, enquanto o crescimento do emprego pouco remunerado acelerou.

Por que isso está acontecendo? A crença de que a educação está se tornando cada vez mais importante se baseia na idéia aparentemente plausível que os avanços tecnológicos estão a aumentar as oportunidades de emprego para aqueles que trabalham com informação (em termos gerais, que os computadores ajudam as pessoas trabalham com os seus mentes, ao mesmo tempo prejudicar aqueles que trabalham com as mãos.)

No entanto, nos últimos anos, os economistas Autor David, Frank Levy e Richard Murnane argumentou que essa era a maneira errada de abordar o assunto. Os computadores sobressaem em tarefas de rotina ", que são tarefas cognitivas e manuais que podem ser feitas de acordo com regras explícitas." Portanto, qualquer tarefa de rotina, uma categoria que inclui muitos empregos não-manuais qualificados, está na linha de fogo. Em contrapartida, o trabalho que não pode ser feito de acordo com regras explícitas, que inclui motoristas de caminhão e zeladores, tenderá a aumentar, mesmo com o progresso tecnológico.

E esta é a questão: parece que o trabalho manual que ainda é feito em nossa economia é do tipo que é difícil de automatizar. Especificamente, um momento em que os trabalhadores da produção na indústria representam 6% do emprego em os EUA, não há muitos postos de trabalho a perder na linha de montagem. Entretanto,muito do trabalho feito atualmente por profissionais bem treinados e relativamente bem pago em breve ser informatizada. Aspiradores de pó robóticos são bonitos, mas zeladores e porteiros robóticos ainda estão distantes de existir, enquanto a pesquisa jurídica informatizada e diagnóstico médico, com o auxílio de computadores, já são uma realidade.

Depois, há a globalização. Anteriormente, apenas os trabalhadores tinham que se preocupar com a concorrência estrangeira, mas a combinação de computadores e telecomunicações tornou possível oferecer diversos serviços de longa distância. E a pesquisa dos meus colegas de Princeton, Alan Blinder e Alan Krueger sugere que o trabalho bem remunerado realizado por profissionais altamente qualificados em todo o caso mais podem "ir para o estrangeiro" mais facilmente que o trabalho realizado por trabalhadores remunerados e menos escolarizados. Se eles estiverem corretos, o aumento do intercâmbio internacional em termos de serviços podem enfraquecer ainda mais o mercado de trabalho nos EUA.

Então o que isso diz sobre a política? Sim, temos de corrigir educação americana. Em particular, as desigualdades enfrentadas pelos americanos no início [as crianças inteligentes de famílias pobres têm menos probabilidade de graduar-se do que crianças menos capazes de famílias abastadas] não são apenas um escândalo, representam um enorme desperdício de potencial humano do país. Mas há coisas que a educação não pode fazer. Em particular, a idéia de que enviar mais jovens para a faculdade pode restaurar a sociedade de classe média, que uma vez tivemos, é uma ilusão. Já não é verdade que ter um diploma universitário garante um bom trabalho e está se tornando menos verdadeira a cada década que passa.

Portanto, se queremos uma sociedade em que a prosperidade é bem distribuída, a educação não é a resposta, precisamos nos propomos a construir a sociedade diretamente. Temos de recuperar o poder de negociação que os trabalhadores têm perdido nos últimos 30 anos para que tanto os empregados normais quanto as superestrelas possam negociar bons salários. Temos de garantir o básico, especialmente os cuidados de saúde a todos os cidadãos. O que não podemos fazer é ir até onde temos que ir limitando-nos a atribuir titulações universitárias aos trabalhadores, o que não pode ser mais do que portas de entrada para empregos que não existem ou que não proporcionam salários adequados à classe média.

Paul Krugman é professor de economia em Princeton e Prêmio de Economia 2008. © 2011. New York Times."

quinta-feira, 7 de abril de 2011

Fim de Noite: Tears In Heaven Live



O Fim de Noite de hoje, 7, traz o cantor pop Eric Clapton em uma balada comovente em que homenageia seu filho, falecido prematuramente. Que a homenagem possa se expandir para as crianças e adolescentes mortas hoje no Rio. Boa Noite!

Imprevisível: Tragédia em colégio no Rio choca o país



Familiares e curiosos em frente ao Colégio Tasso da Silveira, no Rio.


Imponderável, imprevisível, ou qualquer outro adjetivo que se queira utilizar, a tragédia no colégio Tasseo da Silveira, em Realengo, no Rio, é real e vitimou além de 13 crianças indefesas, famílias brasileiras que ao longo de anos ficavam tranquilas para trabalhar quando sabiam que seus filhos estavam no colégio.

Os assassinatos coletivos em instituições educacionais de vários países - inlcusive nos de chamados de primeiro Mundo - mudaram o quadro e hoje ter filhos estudando em colégios é sinônimo de preocupação, tantos são os riscos a que estão sujeitas inocentes crianças e adolescentes.

O atirador Wellington Menezes de Oliveira, ex-aluno do colégio, não tinha antecedentes criminais. Sua carta, no entanto, revela que o o criminoso tinha concepções fundamentalistas e que premeditou o massacre com o cuidado de didaticamente sugerir providências relativas a seu sepultamento, pedindo para ser sepultado no mesmo cemitério onde se encontra sua mães, Dicéa Menezes de Oliveira.

O fato certamente permanecerá por dias ou até meses na mídia e será alvo de discussões e debates voltados para a violência, até que outra tragédia de igual ou maior proporção lhe tome o espaço.

A violência urbana, sabe-se, é um assunto complexo e que deveria mobilizar permanentemente a população e o governo na busca de soluções. Na prática, sempre que ocorre um fato de violência grave em uma determinada cidade, as autoridades se apressam a querer justificar dizendo que é um problema nacional. E ponto.

Nesse contexto complexo de causas e efeitos da violência, a família está presente e de forma incontestável tem seu peso como responsável por uma das causas.

Wellington, o assassino suicida não tinha precedentes criminais, mas não tinha família. Era órfão de mãe.

Pensando bem...














"O saber a gente aprende com os mestres e os livros. A sabedoria, se aprende é com a vida e com os humildes" Cora Coralina

Homenagem: Hoje é o dia do jornalista




Além de uma profissão importante em uma Democracia, o jornalista tem uma missão das mais relevantes: informar. Sabe-se, no mundo moderno de hoje, a informação é algo valiosíssimo para o exercício de qualquer atividade profissional. Nenhuma prescinde do conhecimento e este é informação.

A evolução tecnológica no país e em qualquer parte do mundo propiciou um dinamismo impressionante que se materializa na velocidade da informação. As ferramentas disponíveis são incontáveis e contribuem para uma simultaneidade sem limites. O mundo não é o mesmo depois dos satélites e do computador. Melhor para a sociedade.

Recentemente, o país acompanhou uma decisão do Supremo Tribunal Federal - tudo nesse país acaba no STF - sobre a obrigatoriedade do diploma para o exercício do jornalismo como profissão. Discutível, a exigência tem algum sentido no aspecto formal, como por exemplo, ninguém pode ser médico, sem o diploma de Medicina. O engenheiro, do mesmo jeito, não lhe é permitido erguer um edifício, sem o diploma de Engenharia.

Agora, o que não é razoáavel é tentar proibir as pessoas de se manifestarem livremente através da linguagem escrita, sob o argumento delas não terem diploma. Isso é censura.

No dia do Jornalista, a humilde homenagem do blog a todos os jornalistas, com ou sem diplomas.

Saúde: acabou de chegar da caminhada? veja os benefícios





"Caminhar diariamente é um ótimo exercício para deixar o corpo em forma, melhorar a saúde e retardar o envelhecimento."


"Você conhece algum exercício mais fácil de praticar do que a caminhada? Ela não exige habilidade, é barata, pode ser feito praticamente a qualquer hora do dia, não tem restrição de idade e ainda pode ser feita dentro de casa se a pessoa tiver uma esteira. "Para uma pessoa que não pratica nenhum tipo de esporte, uma caminhada de 10 minutos por dia já provoca efeitos perceptíveis ao corpo, depois de apenas uma semana, explica o fisiologista do esporte Paulo Correia, da Unifesp. Além da melhora do condicionamento físico, as vantagens de caminhar para a saúde do corpo e da mente são muitas, e comprovadas pela ciência. O Minha Vida reuniu 11 benefícios que esse hábito pode fazer para você. Confira aqui e movimente-se:

1.Melhora a circulação
2.Deixa o pulmão mais eficiente
3. Combate a osteoporose
4. Afasta a depressão
5. Aumenta a sensação de bem-estar
6. Deixa o cérebro mais saudável
7. Diminui a sonolência
8. Mantém o peso em equilíbrio e emagrece
9. Controla a vontade de comer
10. Protege contra derrames e infartos
11. Diabetes."

Transcrito do site Yahoo.

M O V I M E N T E - S E!

Fim de Noite: "Lembranças"




O Fim de Noite não tem compromisso com a cronologia das músicas postadas, mas procura preservar a qualidade, mesmo lembrando o ditado popular de que "gosto não se discute". Hoje, vai ao fundo do baú e traz "Lembranças", com Kátia, grande sucesso dos anos 60. Boa Noite!

quarta-feira, 6 de abril de 2011

Brasil Político: Aécio Neves eleva nível do Senado com discurso republicano




O senador mineiro Aécio Neves em seu discurso de estréia hoje, 6, na tribuna do Senado, sugeriu em que nível deve estar as discussões e os debates na principal casa do Poder Legislativo. Passou da hora do Congresso Nacional ter a necessária credibilidade do povo brasileiro e realmente cumprir sua missão constitucional prevista na Carta Magna de 1988.

O neto do mineiro Tancredo Neves honrou a audiência da TV Senado com seu discurso, fazendo a diferença entre outros parlamentares que por interesse próprio ou de grupos, minimizam o valor democrático da tribuna que somente deveria ser ocupada no trato de questões de interesse nacional, Infelizmente não tem sido assim.

O discurso de Aécio Neves, hoje, nos faz acreditar que sempre é possível tratar com seriedade a atividade parlamentar.

terça-feira, 5 de abril de 2011

Imagem: Discurso e realidade



Giliard Pereira - o homem "urubú".

A prefeita de Natal Micarla de Sousa parece jogar as últimas cartas em um jogo em que tudo parece não dar certo. E não trata-se de conspiração política, mas de inabilidade política administrativa que tem transformado sua gestão em um laboratório administrativo experimental o tempo todo. Qualquer mortal sabe que a troca excessiva de secretários contribui para um caos administrativo, tendo em vista que o critério é sempre a prevalência da acomodação político em detrimento da meritocracia.

A competência e critérios técnicos perdem para a conveniência política com vista aos interesses da próxima eleição.

Em meio a aos mais baixos índices de aprovação de sua gestão em 27 meses à frente do Executivo Municipal, Micarla tenta uma cartada utilizando-se da ferramenta na qual ela se considera imbatível: a mídia televisiva.

Está sendo veiculada desde Domingo,3, uma peça publicitária em que ela tenta, pela enésima vez, passar a impressão de que está tudo às mil maravilhas em sua administração. Argumento que não resiste à mais elementar observação do quadro dos principais serviçõs públicos como a Saúde e a coleta de lixo, por exemplo.

Ao final de uma ainda que generosa observação, o que esperar de uma administradora que não consegue administrar setores básicos da cidade como a coleta de lixo.

O discurso, irretocável na qualidade da peça publicitária, se contrapõe ao cotidiano do catador de lixo Giliard Pereira, que catava no lixão da cidade, mais do que fragmentos aproveitáveis: buscava alimentos.

Governadora Rosalba reage e considera termo oligarquia pejorativo





A governadora Rosalba Ciarlini (foto) discordou radicalmente do marido e MMM - o ex-deoutado estadual Carlos Augusto Rosado -, que disse: “Somos uma oligarquia desde 1890. Todos os nossos mandatos foram conquistados com o voto".

Sob o argumento óbvio, precário embora vedadeiro de que foi eleita todas as vezes pelo voto, textualmente, ela disse: “Eu não aceito e considero inapropriado esse termo, que é pejorativo. Acho que ele se expressou mal. Não somos uma oligarquia, porque fomos eleitos livremente. O povo é que escolhe”, diverge a governadora.

Recorrendo ao Aurélio Digital, temos: "Oligarquia = Predominância de um pequeno grupo na cúpula de um governo ou no trato dos negócios públicos, geralmente para defender interesses próprios.

No contexto, uma constatação irrefutável: as oligarquias existe entre outros fatores, pelo uso incontrolável do poder político e econômico sobre demais candidatos, materializado nas candidaturas tendo como respaldo a poderosa máquina pública. Ser candidato no cargo transforma o competição desigual ou melhor, deixa de existir competição.

Outro fator decisivo que alimenta as oligarquias é a flagrante ignorância política de grande parte do eleitorado, que não consegue visualizar a importância da alternância do poder, para uma sociedade democrática.

Sem uma reforma política séria - que não virá - "tudo continuará como dantes no quartel de Abrantes."

Preço de Gasolina dispara e chega aos R$ 3,00 em Natal



Charge de Ivan Cabral. (Cedida)

O novo preço de gasolina de R$ 2,99 informado nos postos não passam de uma tentativa de passar a impressão de que o preço não é de R$ 3,00, até porque nos equipamentos de venda de combustíveis, curiosamente, os centavos são de 4 dígitos. Portanto, o preço é de R$ 2,9999.
Incompreensível. O valor do dólar ao longo do tempo serviu de justificativa para elevação do preço da gasolina. Quando o dólar subia, o preço da gasolina, também. Quando o dólar baixava de preço, deixa como está. Sempre foi assim. Desta vez, por exemplo, com o valor do dólar em baixa, não dá para apresentá-lo como justificativa para o injustificável aumento do preço de combustíveis. Natal tem o mais elevado preço de combustíveis do Nordeste, em que pese ser o estado no Brasil com maior produção de petróleo, em terra. Não se consegue entender.

O consumidor brasileiro não consegue fazer valer a seu favor a mais poderosa e eficaz lei do mercado: a da oferta e da procura. Paga um preço altíssimo por isso.

Este último aumento ocorreu simultaneamente em todos os postos e na mesma hora. E o Ministério Público não conseguiu até agora, caracterizar tal fato como cartel.

segunda-feira, 4 de abril de 2011

Fim de Noite: "Sabiá"




A música, "Sabiá". O compositor, o veteraníssimo Luiz Gonzaga, o rei do baião. Cantores: Elba Ramalho, Zé Geraldo e Zé Ramalho. Mais brasileiros, impossível. Esta é a pedida do Fim de Noite de hoje. Como complemento, imagens incríveis da flora e fauna brasileira. Ligue o som e boa noite.

RN Político: de pai para filho, de avô para neto, de tio para sobrinho...



Maia, Rosado e Alves, expoentes das 3 principais oligarquias do Rio Grande do Norte

Quem imaginou que as oligarquias era assunto do passado, enganou-se. Elas parmanecem cada vez mais vivas e não é privilégio de nenhuma unidade federativa. Todos os estados, de um modo geral possui as suas diferenciando-se apenas nas doses aplicadas aos eleitores que ao longo dos anos nunca se preocuparam com o tema, achando que é assim mesmo.

Tal descompromisso com a alternância real do poder tem contribuído para que as principais lideranças oligárquicas do RN ignorem a importância de democratizar o poder e fazem a festa da política partidária potiguar, em um revezamento inibidor do surgimento de novas lideranças que não sejam das treis principais famílias que nos últimos 50 anos governaram o estado e alguns dos principais municípios do estado.

O ex-governador e ex-senador Geraldo Melo quando surgiu pensava-se estar nascendo uma terceira força política de peso que tiraria o Rio Grande do Norte das mãos das oligarquias. Não sobreviveu politicamente e encontra-se hoje no quase ostracismo político, sem mandato e relegado a um plano insignificante no seu partido, o PSDB, em que pese ser talvez o melhor discurso político.

A site Congresso em Foco (www.congressoemfoco.com.br) dá início hoje a uma série de reportagens sobre Oligarquias.

Estreia com "A incrível bancada dos parentes na Paraíba". Com um texto que traça o perfil da política paraibana onde pai senador tem filho deputado, mãe deputada tem filho senador, e no final das contas, dos 15 representantes do estado no Legislativo federal (Câmara e Senado), 14 têm parentes na política.

A série não deverá demorar muito para passar pelo Rio Grande do Norte, que continua com suas oligarquias (Alves X Maia) disputando espaços...
Fazendo uma conta rápida, vejamos quantos parentes sobem em palanques para pedir votos por aqui:

Dos 3 senadores da bancada potiguar:

1- Garibaldi Filho (PMDB) -
licenciado para ocupar o Ministério da Previdência, (assumiu o suplente Paulo Davim (PV), sem histórico familiar) entrou na política como chefe de gabinete do tio Agnelo Alves que era prefeito de Natal. Cresceu na política pelas mãos do tio Aluízio Alves, liderança maior, que foi governador, deputado, ministro duas vezes...e líder. Garibaldi foi prefeito de Natal, deputado estadual, governador duas vezes, e está no terceiro mandato de senador. Divide votos com o filho Walter Alves, deputado estadual no segundo mandato, cotado para disputar a Prefeitura de Natal, mas trabalhando mesmo para ser o próximo presidente da Assembleia Legislativa. O pai de Garibaldi, Garibaldi Alves, suplente da ex-senadora Rosalba Ciarlini, assumiu o mandato em definitivo com a eleição de Rosalba para o governo. Tio de Garibaldi, Agnelo Alves, rersponsável pela sua entrada na política, hoje é deputado estadual.

2- José Agripino Maia (DEM) -
senador no terceiro mandato, entrou para a política como prefeito biônico de Natal. Filho de Tarcísio Maia, ex-governador do Rio Grande do Norte. Agripino também foi governador. Tentou eleger, sem sucesso,a mulher Anita Maia, vice-prefeita de Natal. Hoje no Senado, faz dobradinhas eleitorais com o filho, deputado federal Felipe Maia, que está no segundo mandato, e é cotado para disputar a Prefeitura da capital potiguar.

3- Garibaldi Alves (PMDB)
- suplente da ex-senadora Rosalba Ciarlini, assumiu o mandato após eleição para o governo do Estado, quando Rosalba renunciou. Tem 87 anos. Irmão do ex-líder Aluízio Alves e do deputado Agnelo Alves, é pai do senador-ministro Garibaldi Filho, e avô do deputado estadual Walter Alves.

Da bancada federal na Câmara:

1- Henrique Alves (PMDB)
- deputado federal no décimo-primeiro mandato. Filho do ex-líder Aluízio Alves, sobrinho do senador Garibaldi Alves e do deputado Agnelo Alves, primo do deputado Walter Alves e do ex-prefeito de Natal Carlos Eduardo Alves. Tem um casal de filhos adultos que não enveredaram para a política. Só deixará herdeiros se o caçula Pedro henrique, hoje com 9 anos, tomar gosto pela política. Antes de morrer, Aluízio Alves dizia que Pedro Henrique seria o seu único neto político. O tempo dirá.

2- Fábio Faria (PMN)
- deputado federal no segundo mandato, filho do ex-presidente da Assembleia Legislativa e atual vice-governador do RN, Robinson Faria. Fábio é cotado para disputar a Prefeitura de Natal. Solteiro, sem filhos.

3- Felipe Maia (DEM)
- no segundo mandato, também cotado para disputar a Prefeitura de Natal, é filho do senador José Agripino Maia, neto do ex-governador Tarcísio Maia. É solteiro, sem filhos.

4- Sandra Rosado (PSB)
- Filha do ex-deputado Vingt-Rosado, sobrinha do ex-governador Dix"Sept Rosado. Mulher do ex-deputado federal Laíre Rosado, mãe da deputada estadual Larissa Rosado e do vereador mossoroense Layrinho Rosado. Prima do ex-deputado Carlos Augusto Rosado, marido da governadora Rosalba Ciarlini.

5- Betinho Rosado (DEM)
- deputado licenciado para ocupar a Secretaria estadual de Agricultura do governo da cunhada Rosalba Ciarlini. É irmão do primeiro-damo do RN, Carlos Augusto Rosado, filho do ex-governador Dix-Sept Rosado. Primo da deputada Sandra Rosado. Na Câmara, Betinho foi substituído pelo deputado Rogério Marinho (PSDB), hoje sem parentes na política, porém, neto do ex-deputado federal Djalma Marinho.

Os outros 3 deputados, João Maia, Fátima Bezerra e Paulo Wagner...são desgarrados politicamente. Mas João é primo distante de José Agripino Maia, e irmão o deputado distrital Agaciel Maia e do vice-prefeito de Jardim de Piranhas, Galbê Maia.

Pronto...
Agora, se for entrar para o cenário estadual....o negócio vai looonge...
Dos 24 parlamentares, pela ordem alfabética:

1- Agnelo Alves (PDT)
- Tio do ministro Garibaldi Filho, irmão do senador Garibaldi Alves, tio dos deputados Henrique Alves e Walter Alves, cunhado do deputado José Dias, pai do ex-deputado e ex-prefeito de Natal, candidato a prefeito mais uma vez, Carlos Eduardo Alves. Agnelo foi prefeito de Natal e de Parnamirim, e como suplente chegou a assumir o Senado Federal.

2- Dibson Nasser (PSDB)
- filho do vereador, ex-presidente da Câmara, Dicson Nasser.

3- Ezequiel Ferreira de Souza (PTB), filho do ex-deputado Ezequiel Ferreira, irmão da vice-prefeita de Currais Novos, Milena Galvão Ferreira, primo do ex-governador Iberê Ferreira.

4- Fábio Dantas (PHS)
- filho do ex-deputado Arlindo Dantas.

5- George Soares (PR)
- filho do ex-deputado e ex-prefeito de Assu, Ronaldo Soares, neto do ex-deputado Edgar Montenegro.

6- Gesane Marinho (PMN)
- filha do ex-prefeito de Canguaretama, Jurandy Marinho.
7- Getúlio Rego (DEM)
- elegeu por duas vezes o filho Leonardo Rego para prefeito de Pau dos Ferros.

8- Gustavo Fernandes (PMDB)
- filho do ex-deputado e atual diretor geral do Dnocs, Elias Fernandes, neto do ex-prefeito de Pau dos Ferros e Água Nova e ex-deputado estadual, José Fernandes, e da ex-deputada e ex-conselheira do Tribunal de Contas, Lindalva Torquato.

9- José Dias (PMDB)
- cunhado de Aluízio Alves, Garibaldi Alves e Agnelo Alves.Tio afim do ministro Garibaldi Filho, do deputado federal Henrique Alves e do deputado estadual Walter Alves.

10- Larissa Rosado (PSB)- Filha da deputada federal Sandra Rosado e do ex-federal Laíre Rosado, irmã do vereador Layrinho Rosado, neta do ex-deputado Vingt-Rosado. vai disputar pela terceira vez a Prefeitura de Mossoró.

11- Leonardo Nogueira (DEM)
- marido da prefeita de Mossoró Fafá Rosado, herdeira da dinastia Rosado em Mossoró, onde estão listados a governadora Rosalba Ciarlini e o marido Carlos Augusto Rosado, e ainda a deputada sandra Rosado...

12- Márcia Maia (PSB)
- filha dos ex-governadores Lavoisier maia e Wilma de Faria (ex-Maia). Prima do senador José Agripino Maia e do deputado Felipe Maia.

13- Nelter Queiroz (PMDB)
- filho do ex-deputado Nelson Queiroz, irmão do prefeito de Jucurutu, Júnior Queiroz.

14- Poti Júnior (PMDB)
- tio do ex-prefeito de São Gonçalo Jarbas Cavalcante, irmão do ex-deputado Alexandre Cavalcante.

15- Raimundo Fernandes (PMN)
- já elegeu a mulher Nirinha Fernandes para um mandato na Assembleia, para a vice-prefeitura de São Miguel (cargo atual) e agora trabalha para elegê-la prefeita do município, administrado hoje por Galeno Torquato, sobrinho do deputado. Raimundo é primo do ex-deputado e conselheiro do Tribunal de Contas, Alcimar Torquato.

16- Ricardo Motta (PMN)
- filho do ex-deputado Clóvis Motta.

17- Vivaldo Costa (PR)
- irmão do prefeito de Caicó, Bibi Costa, e do ex-deputado Vidalvo Costa.

18- Walter Alves (PMDB)
- filho do ministro Garibaldi Filho, neto do senador Garibaldi Alves, sobrinho-neto do líder Aluízio Alves e do deputado Agnelo Alves, primo legítimo do ex-prefeito Carlos Eduardo Alves e do deputado Henrique Alves.

Em outras instâncias do cenário local...

1- Rosalba Ciarlini (DEM)- governadora do Estado, ex-senadora, ex-prefeita de Mossoró. casada com o ex-deputado Carlos Augusto Rosado, nora do ex-governador Dix-Sept Rosado, cunhada do deputado Betinho Rosado.

2- Robinson Faria (PMN)
- vice-governador e secretário de Recursos Hídricos do Estado, deputado estadual por 6 mandatos, ex-presidente da Assembleia Legislativa. Filho do ex-deputado Osmundo Faria, pai do deputado federal Fábio Faria.

3- Micarla de Sousa (PV) -
prefeita de Natal. Sem tradição familiar, mas teve como exemplo o pai Carlos Alberto de Sousa, que mesmo desgarrado das oligarquias, se elegeu vereador, deputado estadual, federal e senador. Morreu há mais de 10 anos, não acompanhou a carreira política da filha. Micarla tentou, sem sucesso, eleger o maridoMiguel Weber e a irmã Rosy de Sousa, deputados estadual e federal,

4- Wilma de Faria (PSB)
- ex-governadora e ex-prefeita de Natal. Tem o nome cotado para disputar a Prefeitura no próximo ano. Entrou para a política pelas mãos do ex-marido Lavoisier Maia (ex-governador, ex-senador, ex-deputado federal, ex-vice-governador) e do primo José Agripino Maia. Tem a deputada Márcia Maia como herdeira. Tentou eleger deputado, sem sucesso, o filho Lauro Maia.

5- Carlos Eduardo Alves (PDT)
- ex-prefeito de Natal e candidato a voltar ao cargo, filho do deputado Agnelo Alves, sobrinho do líder Aluízio Alves e do senador Garibaldi Alves, primo do senador-ministro Garibaldi Filho e do deputado-líder Henrique Alves. Foi deputado estadual, prefeito de natal, candidato sem sucesso a governador, agora quer voltar à Prefeitura.

Os sem laços familiares...

1- Geraldo Melo (PPS)
- ex-senador, ex-governador. Quando estava no poder ainda conseguiu eleger o irmão Pedro Melo deputado estadual. Sem sangue azul nas veias, não conseguiu seguir a carreira política. Foi derrotado na disputa pelo Senado, após ter sido abandonado pelos Alves e Maia, que trocaram o apoio prometido a ele pela eleita da époica, Rosalba Ciarlini. Rosado.

2- Aldo Tinoco - ex-prefeito de Natal, eleito pelas mãos da ex-prefeita Wilma de Faria. Ainda conseguiu eleger um irmão deputado, mas sem sobrenome, sumiu da política.

3- Wober Júnior (PPS)- ex-vereador, ex-deputado estadual, não conseguiu se eleger deputado federal.

Com informações do site de Thaisa Galvão e Congresso em Foco.

Cena Urbana, de Vicente Serejo, repercute carta deste Blogueiro























Alcindo de Souza e o jornalista Vicente Serejo


Tudo começou com a crônica "A lei e o vício", abaixo transcrita, publicada pelo jornalista Vicente Serejo em sua Cena Urbana, no Jornal de Hoje, edição de 28 de março último.

Este blogueiro, após a leitura do texto que considera leitura obrigatória para todos os brasileiros que se interessam por assuntos que lhe dizem respeito diretamente, escreveu a carta que também transcreve abaixo, tendo a mesma merecido a publicação generosa do referido jornalista em sua mesma Cena Urbana, JH de Sábado/Domingo, 2 e 3 de abril. Confiram os textos:

" A lei e o vício"

Jóvem, desejei ser advogado incentivado pelo exemplo de um tio desembargador, vítima de uma bala acidental que lhe tirou a vida aos 43 anos. Veio a consciência, antes de terminar o primeiro ano, e avisou ao futuro bacharel que seria desastroso tentar insistir. Livrei o fórum de suportar um advogado medíocre e aceitei a inclinação para este ofício menor de escrever notícias e crônicas. Dsde aquele tempo tenho medo do legalismo, monstro enlouquecido que nasce e vive nas entranhas da lei.

Até hoje, quando voi esquecendo, vem outro exemplo e espeta a consciência. Como agora, no julgamento dos políticos tichas suja. O Supremo Tribunal Federal não ousou para decidir ouvindo a voz rouca das ruas, como se diz na clicheria política. Ficou no limite estrito da lei como esta fosse maior do que o Direito e longe do clamor popular. E os fichas sujas vão assumir seus mandatos do quatro ou oito anos, de deputado ou senador, debaixo dos bigodes acabrunhados da opinião pública brasileira.

E a lei, Senhor Redator, alegam os que fazem o império da norma. A nós outros e aos próprios ministros que sabem da sujeira daquelas fichas, nada mais há a fazer. O Supremo é o Supremo. Depois dele, nestas terras da Ilha de Santa Cruz, só Deus. E Deus, até onde se sabe, é um ser acima das questiúnculas políticas e dos queixumes da politicagem. Que se cumpra, pois, a vontade da Corte. Aliás, é bem própriodo gosto monarquista que nunca nos abandonou, mesmo depois da República.

Não chego a repetir o jargão daqueles que afirmam ser o politico alguém que não teme e não pára na fronteira do pudor. Seria muito. Mas, entre perder o mandato ou a compostura, e isto é um fato, joga fora os dedos e fica ocom os anéis. É com eles - e o político pensa assim - que terá acesso à riqueza do poder que nem sempre precisa ser feita de ouro ou níquel, mas do brilho na lapela, lugar que a convenção social escolheu para exibir os dísticos da glória política a quem, desavisado, não souber.

A sujeira, portanto, é legal. Pelo menos até 2012, nas eleições municipais. Ninguém sabe se essa legalidade não sobrevive até 2014. Até lá, certamente teremos outras mãos sujas, mas também teremos governadores sonhando com a renovação de seus mandatos e uma vaga de senador para cada estado. O caldo grosso do poder, então, será mexido na fervura das ambições e dos desejos e só então se saberá se teremos nova interpretação capaz de vencer o determinismo brasileiro para a impunidade.

Ainda não foi dezta vez que o sol forte da opinião pública, como dizem os franceses, iluminou nossos juízes supremos. Não se duvida de suas auras feitas de um saber jurídico sólido e incontestável. Nem da boa fé de suas almas.

Mas é difícil compreender que a norma constitucional venha resguardar a impunidade. No meu caso, Senhor Redator, devo confessar, é mais difícil: além de faltar o saber ainda vicejam as ervas daninhas da ignorância na sua invencível incapacidade de compreender. Hélas! "


Na edição do JH, de 02 e 03 de abril, na mesma Cena Urbana, Serejo escreveu:

"Carta
Transcrevo a carta do advogado Alcindo de Souza. Seus elogios, mesmo nascidos da generosidade dos homens, fazem bem ao coração deste escrevinhador de crônicas e frustrado por não ser um pianista.

Prezado Serejo,
Não trago com a afirmação, nenhuma novidade, eu sei. Mas a sua Cena Urbana continua insuperável. “A lei e o vício" no JH de ontem, 28, teria que ser leitura obrigatória tanto para os observadores quanto e principalmente para os operadores do Direito do país.

Merece destaque, sem nenhum favor, nas lousas das universidades e faculdades de Direito Brasil afora.

Apesar de otimista, não alimento esperanças de que o seu texto seria lido ou recebido alguma importância por parte de algum constitucionalista de Brasília, infelizmente.

Como você bem diz, “ainda não foi desta vez que o sol forte da opinião pública, como dizem os franceses, iluminou nossos juízes supremos. Não se duvida de suas auras feitas de um saber jurídico sólido e incontestável. Nem da boa fé de suas almas. Mas é difícil compreender que a norma constitucional venha a resguardar a impunidade”.
Mas infelizmente é a sensação que invade a percepção deste humilde e ignorante do Direito formal que ousa lhe escrever para associar-se, com a devida vênia, ao seu sentimento de inconformismo motivador do texto, sem nenhum resquício de bajulação ao competente jornalista.

Outra impressão digna de registro é a impressionante capacidade de nossos legisladores de produzir leis dúbias ao que parece propositais, para que nos tribunais de Brasília sejam descaracterizadas e produzam ai sím, o efeito desejado ou nenhuma eficácia. Como consequência, a constatação de que o Poder Público continua sendo um dos principais “clientes” do Judiciário.

De resto, o que fica não é apenas a sensação mas a certeza de que a Lei – no Brasil - não é para todos, assertiva ratificada recentemente em entrevista às páginas amarelas de Veja, pela mais alta autoridade judiciária do país, o ministro César Peluso, presidente do Supremo Tribunal Federal, que considerou tal realidade uma iniquidade, ou em bom português, grave injustiça.
Com a sua licença e também a do seu compreensível Redator, não compreendo por tenha que ser assim.

Mas, prezado Serejo, se o destino nos livrou de um possível operador medíocre do Direito, ele também nos presenteou com um escritor jornalista que escreve o que a gente pensa e assim, empresta à opinião coletiva, o talento e a inteligência indispensáveis para dar crédito as inquietudes cidadãs de meros mortais que somos.

Cordialmente,

Alcindo de Souza.


Nota do Blog:
Como registro final, o agradecimento ao cronista e escritor Vicente Serejo, autor de uma das págimas mais lidas do Jornal de Hoje, pela deferência generosa da publicação da Carta em seu prestigiado espaço da mídia escrita potiguar e uma correção: não sou advogado como imaginou ou deduziu o nobre jornalista.