Notícias do Dia

sexta-feira, 24 de setembro de 2010

Fim de Noite: "She's Like The Wind"



O Fim de Noite de hoje retoma os temas de grandes filmes. Em "She's Like The Wind", o double de cantor e ator Patrick Swaze, falecido há algum tempo, protagonista do filme "Gosth" revela talento também na arte de cantar e dançar. Boa pedida para uma sexta-feira dançante. Boa noite!

Alexandre Garcia: a Lei da Ficha Limpa nas mãos do eleitor



O tema é assunto obrigatório por sua repercussão para a proxima eleição, em 03 de outubro. Veja o comentário de Alexandre Garcia.

Jeitinho brasileiro: Roriz desiste e lança candidatura de sua mulher Weslian



Ex-governador Roriz e sua mulher Weslian.
A fome de poder de certos figurões da República não tem limites. Não mais tão confiante de sua vitória no julgamento do recurso extraordinário no Supremo Tribunal Federal, o ex-governador Joaquim Roriz surpreende o universo político de Brasília com a desistência de candidatar-se ao governo do Distrito Federal lançando ao mesmo tempo a candidatura de sua mulher Weslian, como forma de tentar conquistar o governo da capital da República. O detalhe é que a esposa de Roriz não aceitava a indicação chegando a chorar diante da pressão do marido desistente. Acabou por aceitar a candidatura em meio ao conturbado ambiente eleitoral no Distrito Federal.
Ora, a função pública imagina-se que deva ser exercida por quem se disponha a trabalhar efetivamente pelo bem comum com principalmente elevado espírito público. Mas por mera conveniência política, um partido indica uma pessoa que a princípio se opunha de forma decisiva a tal desafio.
Sem aptidão para o exercício da função pública, quem irá realmente governar, caso seja vitoriosa a candidatura? Pergunta dificílima de responder. Roriz em sua complicada trajetória política, tenta o que se poderia chamar de estelionato político.
O povo decidirá.

STF: Lei Ficha Limpa agoniza mas não morre



Ministro e presidente do TSE, Ricardo Lewandosky, inconformado com empate no STF
Se vivo fosse, o mais importante jurista brasileiro Ruy Barbosa teria se estarrecido com a sessão de ontem, 23, do Supremo Tribunal Federal, pelo surrealismo do que ocorreu no estanho e complexo julgamento do recurso extraordinário impetrado pelo ex-governador Joaquim Roriz, condenado pelos Tribunal Superior Eleitoral, Tribunal Regional e Juizado Eleitoral de Brasília, com base na Lei Ficha Limpa.
Depois de 11 horas de debate exageradamente técnico e controvertido, o resultado do julgamento foi um empate de 5 x 5 sobre a aplicabilidade imediata da Lei Ficha Limpa na eleição de 03 de outubro.
Aos olhos do cidadão comum esclarecido, ficou a sensação de que o preciosismo jurídico aliado a leis mal elaboradas garantem a costumeira impunidade a certos políticos e gestores públicos que tem a possibilidade de chegar ao Supremo Tribunal Federal.
No caso específico, o recorrente foi condenado por dois colegiados (TSE e TRE) e pelo Juizado de primeira instância. Não bastaram todo o saber jurídico de tantos ministros, desembargadores e um juiz.
A suprema Corte do país ignora tais decisões assim como a expectativa da opinião pública e possibilita que os condenados concorram e vencendo as eleições continuem administrando recursos públicos, apesar de condenados pela mesma Justiça.
Alguns ministros como Gilmar Mendes chegou a minimizar a importância da iniciativa popular que resultou na lei. O ministro Cesar Peluso, presidente do TST fez questão de mencionar que o clamor público não tem influência em seu julgamento.
É uma pena que sua Excelência pense assim, pois o que o clamor público pretende e espera é um julgamento isento que contribua para a moralização da atividade política no país.
Nada resta ao cidadão dar razão ao sábio Ruy Barbosa que afirmou: “Há tantos burros mandando em homens de inteligência, que, às vezes, fico pensando que a burrice é uma ciência”. É o Brasil.

quinta-feira, 23 de setembro de 2010

Fim de Noite: "Admirável Gado Novo"



O Fim de Noite desta 5ª feira continua musical, como é seu objetivo. No entanto, em dia de tão importante julgamento no Supremo Tribunal Federal da constitucionalidade da Lei Ficha Limpa, recorremos à inspiração cívica libertária do cantor nordestino Zé Ramalho em "Admirável Gado Novo". O que não podemos, em nenhuma hipótese, é perdermos a capacidade de nos indignarmos. Desculpem a contundência das imagens. Boa noite!

Ministro Gilmar Mendes, do STF, desqualifica iniciativa popular da Lei Ficha Limpa



Teses e mais teses jurídicas, pareceres, jurisprudências, Enunciados, e outros termos jurídicos estão presentes no julgamento pelo Supremo Tribunal Federal do recurso extraordinário impetrado pelo ex-governador do Distrito Federal, Joaquim Roriz.
A opinião pública assiste com expectativa o desfecho do importante julgamento pela Corte máxima de Justiça do país.
Julgar a favor ou contra a Lei Ficha Limpa é o papel dos senhores ministros e deve ser respeitado o voto de cada um deles, independente se favorável ou contra.
O julgamento há poucos minutos revelou uma situação deplorável sobre todos os aspectos. O ministro Gilmar Mendes, ao proferir seu prolixo voto contra a validade imediata da Lei da Ficha Limpa, extrapolou e chegou a ser desrespeitoso com a opinião pública ao desqualificar ou pelo menos reduzir a importância da referida lei ter nascido de um democrático e importante movimento nacional pela moralização e ética da atividade política no país. A dedução que se faz é de que a opinião pública, os Juizados Municipais, Tribunais Regionais Eleitorais e Tribunal Superior Eleitoral estão todos errados. E assim, sua excelência prefere privilegiar brechas da lei e contribuir para a inequívoca constatação de que a impunidade acabará prevalecendo e garantindo que condenados por várias instâncias da Justiça Eleitoral continuem ocupando cargos públicos e dilapidando através de práticas criminosas, o patrimônio público.
Lamentável.

Lula leva falta na 65ª Assembléia Geral da Organização das Nações Unidas



O presidente Lula faltou à abertura da 65ª Assembléia Geral da ONU realizada nesta quinta-feira, 23, em Nova York, sendo representado pelo ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim.
O ministro minimizou a ausência do presidente do Brasil em um dos mais importantes eventos anuais da comunidade internacional: "Não acho que isso (a ausência de Lula) requeira explicação. A presença do presidente num momento desses, no Brasil, é muito importante."
Ou seja, a prioridade do projeto de poder do PT é a manutenção do poder, a qualquer custo. Não houve a menor preocupação em admitir que o papel de cabo eleitoral de Lula na reta final da tentativa de eleger Dilma Rousseff é mais importante do que qualquer assunto a ser debatido entre os mais importantes países do Mundo.
Nenhum outro presidente faria igual. O antecessor de Lula, Fernando Henrique Cardoso até tinha candidato ao final de seu mandato, mas mantinha uma posição de magistrado e com muita discrição, como recomenda a liturgia do cargo presidencial. O presidente dos Estados Unidos, a maior potência mundial, estava lá. Provavelmente irá rever o conceito em relação a Lula que ele achou ser ele (Lula) "o cara".

Escárnio: Roriz, certo da vitória no STF, contratou Trio Elétrico



Um verdadeiro escárnio para com a Justiça do país e para a opinião pública. Ontem, 22, quando seria julgado o seu recurso estraordinário no Supremo Tribunal Federal, o ex-governador do Distrito Federal, Joaquim Roriz, de tão certo de sua vitória, contratou um trio elétrico para comemorar na periferia de Brasília, onde concentra seus currais eleitorais e tem muita popularidade.
Com um plenário dividido quanto ao julgamento e por uma manobra do ministro do STF, Dias Toffoli, a possível festa de comemoração ficou para hoje, a despeito do anseio popular em todo o país. A absolvição de Roriz e consequentemente de todos os fichas sujas é um tapa na cara dos brasileiros que tentam melhorar o nível da política partidária e ver ética na atuação de seus representantes.
Ignora-se um clamor público responsável, legítimo e legal, em benefício de condenados peja Justiça em várias de suas instâncias. "Que Brasil é este?", diria se vivo fosse o compositor e poeta Renato Russo. Com total razão. Mas... cabe uma outra pergunta talvéz até mais objetiva: que Justiça é esta?

Charge: "Eu prometo!"



Charge de Ivan Cabral (cedida).
Haja cartola para caber tantas promessas que não serão cumpridas. A prática é utilizada por todos os candidatos e em todos os palanques. Há quem consiga acreditar em algumas delas e isso se transforma em votos. Ao prometer o que sabem não poder cumprir, fazem da falsa promessa uma ferramenta para iludir os menos avisados e uma grande massa de ignorantes políticos, que têm considerável peso na decisão de uma eleição. Na reta final de chegada, está valendo tudo, literalmente.

quarta-feira, 22 de setembro de 2010

Ministro Dias Toffoli, do STF, pede vistas e adia julgamento de Roriz















Ministro Dias Toffoli e o ex-senador Joaquim Roriz


Teses e mais teses jurídicas no plenário do Supremo Tribunal Federal hoje, 22, no julgamento da constitucionalidade da Lei Ficha Limpa, em recurso extraordinário do ex-senador e ex-governador do Distrito Federal, Joaquim Roriz.
O recurso estava sendo debatido pelos ministros no plenário, quando o ministro Dias Toffoli jogou um balde de água fria na discussão, ao pedir "vistas" ao processo, fato que ocasionou a imediata suspensão da sessão do Supremo Tribunal Federal. O fato provocou forte frustração uma vez que era grande a expectativa em torno desse julgamento, pois seu resultado tem fortes reflexos nas eleições de 03 de outubro próximo.
O que impressiona é o tecnicismo e preciosismo jurídico que norteia a discussão do assunto, por envolver figuras importantes da política nacional. A opinião pública do país que manifestou-se através da iniciativa popular que resultou na aprovação da Lei Ficha é simplesmente ignorada, sob um pretexto de que o clamor público não deve influenciar o julgamento.
Em meio a teses e recursos protelatórios à revelia da expectativa popular por justiça, o que resta é uma enorme frustração e uma sensação cada vez maior de que a impunidade acaba invariavelmente a proteger criminosos e usurpadores do patrimônio público.
Não é demais lembrar que na urna eleitoral, no dia 03, não haverá brechas da lei para recursos. O que prevalecerá é o julgamento popular de cada eleitor ao escolher, no voto, quem ele deseja ter como seu legítimo representante. Ôlho vivo!

sexta-feira, 17 de setembro de 2010

Eleições 2010: Ficha Limpa corre risco no STF



A Lei Ficha Limpa corre sério risco no Supremo Tribunal Federal. Candidatos condenados nas três instâncias eleitorais (Juizado, Tribunais Regional Eleitoral e Superior Eleitoral) utilizaram-se da permissiva legislação para tentar uma última "cartada" no STF. E nesse contexto, são inevitáveis as seguintes perguntas: Mas não já houve a condenação em um Juizado e em dois colegiados como prevê a lei, os tribunais Regional e Superior?
Dividido, o Supremo Tribunal Federal julgará na próxima semana os recursos intepostos por vários candidatos condenados. Alguns ministros como o vice-presidente do STF e relator do processo, Carlos Ayres Britto, tem se manifestado a favor da validade da Lei já para esta eleição. Mas há alguns ministros que divergem. E nessa divergência, a Corte máxima da Justiça do país julgará os recursos.
Caso decida pela inconstitucionalidade da lei, o STF frustrará significativa parcela da população brasileira que mantêm a expectativa de ver impedido de se candidatar muitos fichas sujas Brasil afora. E terá caído por terra um enorme esforço da cidadania materializado em uma importante iniciativa popular que resultou em um abaixo assinado com mais de 1 milhão e 700 mil assinaturas a favor da aprovação da Lei da Ficha Limpa.
Uma pergunta final que não quer calar: não seria o caso do Congresso Nacional ter submetido ao STF a análise do projeto quanto à sua constitucionalidade, antes de aprová-lo?
O preciosismo jurídico da Justiça brasileira tem sido mais prejudicial que benéfico ao povo brasileiro. Infelizmente.

Desabafo: "Sei que não dá pra mudar o começo, mas, se a gente quizer, vai dar pra mudar o final!"





O texto é da competente atriz, poetisa e jornalista Elisa Lucinda, feito há alguns anos, mas o universo político partidário do país em seu dia-a-dia o transforma em um desabafo atualizadíssimo.
Não há limites para nada. Brasília distribui no atacado péssimos exemplos de desmandos com o dinheiro público e não acontece rigorosamente nada. Com até o Judiciário do país desacreditado, impotente e de certa forma contribuindo para a absoluta impunidade, em quem acreditar? A ignorância política de muitos brasileiros continua salvando os usurpadores do patrimônio público de uma forma banalizada e generalizada. O presidente da República transformado em um cabo eleitoral de quinta categoria, em nome de um projeto de poder e não de Governo.
O fio de esperança reside no patriotismo consciente de cada um ao abraçar que:
"Minha esperança é imortal, ouviram? Imortal!'
Sei que não dá pra mudar o começo, mas, se a gente quizer, vai dar pra mudar o final!"
A voz é da cantora Ana Carolina. Abaixo, o texto, na íntegra:

"Meu coração está aos pulos! Quantas vezes minha esperança será posta a prova? Por quantas provas terá ela que passar?
Tudo isso que está aí no ar: malas, cuecas que voam entupidas de dinheiro. Do meu dinheiro, do nosso dinheiro que reservamos duramente pra educar os meninos mais pobres que nós, pra cuidar gratuitamente da saúde deles e dos seus pais. Esse dinheiro viaja na bagagem da impunidade e eu não posso mais. Quantas vezes, meu amigo, meu rapaz, minha confiança vai ser posta a prova? Quantas vezes minha esperança vai esperar no cais? É certo que tempos difíceis existem pra aperfeiçoar o aprendiz, mas não é certo que a mentira dos maus brasileiros venha quebrar no nosso nariz. Meu coração tá no escuro. A luz é simples, regada ao conselho simples de meu pai, minha mãe, minha avó e todos os justos que os precederam. 'Não roubarás!', 'Devolva o lápis do coleguinha', 'Esse apontador não é seu, minha filha'. Ao invés disso, tanta coisa nojenta e torpe tenho tido que escutar! Até habeas corpus preventiva, coisa da qual nunca tinha visto falar, sobre o qual minha pobre lógica ainda insiste: esse é o tipo de benefício que só ao culpado interessará! Pois bem, se mexeram comigo, com a velha e fiel fé do meu povo sofrido, então agora eu vou sacanear! Mais honesta ainda eu vou ficar! Só de sacanagem!
Dirão: 'Deixe de ser boba! Desde Cabral que aqui todo mundo rouba!
E eu vou dizer: 'Não importa! Será esse o meu carnaval! Vou confiar mais e outra vez. Eu, meu irmão, meu filho e meus amigos.'
Vamo pagar limpo a quem a gente deve e receber limpo do nosso freguês. Com o tempo, a gente consegue ser livre, ético e o escambal.
Dirão: 'É inútil! Todo mundo aqui é corrupto desde o primeiro homem que veio de Portugal!'
E eu direi: 'Não admito! Minha esperança é imortal, ouviram? Imortal!'
Sei que não dá pra mudar o começo, mas, se a gente quizer, vai dar pra mudar o final!

quinta-feira, 16 de setembro de 2010

Extra! Extra!: Lula demite Erenice Guerra, ministra-chefe da Casa Civil




Não deu para segurar. O presidente Lula demitiu a ministra-chefe da Casa Civil, Erenice Guerra. As denúncias envolvendo seu filho, o lobista Israel Guerra, feitas pela revista Veja e as do jornal A Folha de São Paulo tornaram insustentável a situação da ex-ministra.
São cotados para assumir a pasta, Mirian Melchior, subsecretária da Casa Civil que cuida do PAC, o ministro Alexandre Padilha (Relações Institucionais) e Gilberto Carvalho, chefe do gabinete pessoal do presidente Lula.
Habituado a tentar proteger seus auxiliares diretos e indiretos, o presidente Lula não resistiu à pressão e preferiu não correr riscos de desgaste quando sua popularidade anda nas nuvens. Ele sabe (ou não sabe) o que faz.
Com informações do site de Claudo Humberto.

Ousadia sem limites: Defesa de Roriz tenta interferir no STF














Ministro Carlos Ayres Britto, vice-presidente do STF, à esquerda e o ex-governador do Distrito Federal, Joaquim Roriz, à direita.



Saiu no site de Claudio Humberto:

"Manobra tentou tirar Ayres Britto do caso Roriz

Uma manobra ousada tentou impedir o ministro Carlos Ayres Britto, do Supremo Tribunal Federal, de julgar a impugnação de Joaquim Roriz (PSC), candidato ao governo do DF. Procurado pela defesa de Roriz, o escritório de advocacia do genro de Ayres Britto, Adriano Borges, e de sua filha, Adrielle Britto, se recusou a atuar no caso. Ainda assim, a defesa de Roriz incluiu o nome deles, sem autorização, em uma petição. Na prática, isso obrigaria o ministro a se declarar impedido."

Comentário do Blog:
Todas as demandas judiciais em um país democrático, como o Brasil, deve contemplar o devido processo legal com o respectivo direito a ampla defesa por parte dos reus.
Mas o caso acima, emblemático, por envolver notória personalidade pública, um ex-senador e ex-governador do Distrito Federal, revela uma ousadia sem limites por parte da defesa do réu, ao tentar interferir diretamente em um julgamento da Corte máxima de Justiça do país, o Supremo Tribunal Federal. O réu, Joaquim Roriz, já foi condenado nas três instâncias específicas do crime praticado, ou seja, pelo Juizado Distrital, Tribunal Regional Eleitoral e por fim o Superior Tribunal Eleitoral.
A frouxidão da legislação eleitoral possibilita que casos dessa natureza chege até o Supremo Tribunal Federal, através de injustificáveis e incompreensivos recursos protelatórios, numa tentativa extrema da defesa em querer inocentar o réu já condenado em todas as instâncias do crime eleitoral.
E não pára por aí. Permitem-se a buscar interferir diretamente no julgamento, ousando com manobras inaceitáveis, tentar afastar Ministros que tenham posições contrárias ao interesse do réu.
Atentam, em última análise, contra a própria soberania do Judiciário.
Ainda assim, a reforma do Judiciário não sai do papel. E se depender de algumas "altas" figuras da República, não sairá.

quarta-feira, 15 de setembro de 2010

Fim de Noite: "Manhãs de Setembro"



"... Eu quero sair , eu quero falar, eu quero ensinar os vizinhos a cantar nas manhãs de setembro..." Inspirada, Vanusa compôs "Manhãs de Setembro" em momento muito especial de sua vida, quando encontrava-se grávida de sua filha Amanda, há aproximadamente 40 anos. Mas a nossa seletiva memória sempre preserva um espaço para memorizar a boa música. Fim de Noite propõe com "Manhãs de Setembro" um breve retorno a um passado musical com letras e músicas de qualidade que nossas memórias fazem questão de preservá-las. Boa música, e boa noite.

Filme "Nosso Lar": um convite à reflexão sobre valores espirituais



Baseado na obra homônima de Chico Xavier, o filme "Nosso Lar" em exibição em todo o país tem atingido recorde de público, com mais de 1 milhão de espectadores desde sua estréia no início de setembro.
O filme retrata a morte do médico André Luiz e a chegada de seu espírito a uma "colônia", num cenário de arquitetura futurista e jardins idílicos.
No enredo, André Luiz (Renato Prieto) vive nos anos 30, em uma mansão cheia de móveis coloniais, cercado pela família e por empregados negros vestidos como escravos. Ele morre de um mal súbito durante um jantar.
Longe de esgotar o tema do espiritismo com enfoque especial sobre a reencarnação, é contundente o suficiente para sugerir profundas reflexões sobre a existência ou não de uma vida espiritual plena. Com a direção de Wagner de Assis, tem a trilha sonora marcante assinada pelo compositor e músico americano Phillip Glass.
É a dica cinematográfica do blog.

As instituições no Brasil e a confiança dos brasileiros

















Uma recente pesquisa da Escola de Direito da Fundação Getúlio Vargas (Direito GV), sobre a confiança do povo brasileiro nas instituições do país, revelou o seguinte resultado:

1. Forças Armadas - 63%
2. Grandes empresas - 54%
3. Governo Federal - 43%
4. Emissoras de TV - 42%
5. Imprensa escrita - 41%
6. Polícia - 38%
7. Igreja Católica - 34%
8. Judiciário - 33%
9. Congresso Nacional - 28%
10. Partidos políticos - 21%.

Em época de pesquisas eleitorais de todas as espécies e para todos os gostos, a pesquisa acima merece atenção pelo resultado aferido e pela credibilidade da instituição que a executou, longe de influências político eleitoreiras ou coisa do tipo.
Mesmo sendo injustamente criticadas e incompreendidas de forma equivocada por determinados segmentos da população, as Forças Armadas desponta como a instituição de maior credibilidade no país. Previsível por suas práticas distanciadas do anseio popular, os partidos políticos pagam o preço do descrédito na avaliação da população brasileira, por óbvias e gritantes razões. Basta analisar a postura das agremiações partidárias na atual campanha eleitoral, transformadas em balcões de negócios e acolhendo candidaturas fichas sujas, além de outros procedimentos pouco recomendáveis.
Causa uma certa preocupação a baixa credibilidade atribuída a instituições que deveriam representar a segurança jurídica da população, como o Poder Judiciário e o Congresso Nacional.

Fonte da pesquisa: Fundação Getúlio Vargas. Publicação: O Estadão.

Justiça lenta = Injustiça


Muito já se disse sobre a lentidão da Justiça brasileira. Os diagnósticos existem mas não sensibilizam a quem poderia efetivamente modificá-la em busca de maior celeridade. Recentemente, em uma entrevista na TV, um jurista ligado à Ordem dos Advogados do Brasil apontou como principais causas, a legislação e, pasme, o Poder Público em todos os níveis e instâncias, que diante de uma derrota judicial recorrem invariavelmente à instância superior, muitas vezes a um custo superior ao valor a ser pago. A culpa da legislação pode ser facilmente identificada. Por exemplo: o Superior Tribunal Eleitoral, portanto, instância superior aos Tribunais Regionais e Juizados confirmou sentenças de crimes eleitorais de alguns políticos. O problema é que os códigos processuais civis e criminais são exageradamente permissivos ao preverem sempre a possibilidade de recursos. E o condenado por três instâncias vê no Supremo Tribunal Federal uma tábua de salvação que muitas vezes tem sido. Por que isso acontece?
Como se não bastasse, há bem poucos dias o Superior Tribunal Federal ocupou-se de julgar uma Ação que tentava proibir os brasileiros de fazer humor com os políticos. Absurdo. Mas o STF não só deveria julgar assuntos inconstitucionais? Deveria. Na prática, não é bem assim.
Mas não se iludam os pobres mortais. O STF tem sido uma instância em que o acesso somente existe para quem pode pagar caros honorários a bons advogados.
O próprio presidente do Supremo Tribunal Federal, ministro Cezar Peluso fez essa afirmação testualment em entrevista à Veja. Ele considerou tal fato uma iniquidade. Em português claro: grave injustiça.

Em tempo: Apesar de sua lentidão, os gastos do Poder Judiciário continuam a todo vapor. Em 2009, o gasto foi de mais de R$ 37 bilhões de reais e quase tudo relativo a despesa de pessoal.

Por fim uma ingênua e inevitável pergunta: de onde sai o dinheiro? Do seu bolso, caro contribuinte.

Jussier Santos no Expressão Política: lucidez, competência e bom senso



O programa Expressão Política de ontem, 14, na TV União, teve uma das melhores entrevistas desde o seu início. O ex-secretário de estado de Turismo, da Industria e Comércio e ex-presidente do América Futebol Clube, Jussier Santos deu uma verdadeira aula de lucidez, competência e visão administrativa. Os temas oscilaram entre futebol e turismo, quando o entrevistado dissertou com segurança sobre ambos os assuntos, demonstrando segurança, conhecimento e experiência administrativa. Com posições claras e portanto esclarecedoras, Jussier revelou-se preocupado, como todo potiguar de bom senso, com o rumos do projeto Arena das Dunas, com vistas a Natal ser uma das sub-sedes da Copa do Mundo de 2014. Não que ele seja contra, evidente, mas apontou caminhos viáveis para o poder público estadual e municipal conduzirem o assunto.
O Fundo Garantidor aprovado recentemente pela Assembléia Legislativa do estado foi um dos absurdos apontados por Jussier. E justifica com um exemplo emblemático: o empresário Nevaldo Rocha, dono do Shopping Midway, investiu sozinho mais de 200 milhões de reais e criou em torno de 5 mil empregos diretos e outros tantos indiretos, sem nenhuma garantia dos governos estaduais e municipais. Ao contrário, enfrentou sérias dificuldades na aprovação do projeto por entidades municipais quanto estaduais.
Continuando, Jussier do alto de sua experiência como homem de larga experiência em planejamento, não acredita na viabilidade do projeto nos moldes defendidos atualmente.
Sobre o futebol, o ex-presidente americano que muito ajudou ao América a conquistar títulos, lamentou o estado em que se encontra seu time e se diz confiante de que ele volte a ser o América como no seu tempo, vitorioso.
O Expressão Política, comandado pelos jornalistas Túlio Lemos e Marco Aurélio de Sá salvou a noite de ontem, 14, na televisão. O debate entre os candidatos a Governo do RN apresentado na TV Nominuto, canal 27,pelo também jornalista Diógenes Dantas, não empolgou. Ao contrário, cansou o telespectador pelo formato e pelo conteúdo oferecido aos que o assistiram. Morno e nem um pouco esclarecedor.

terça-feira, 14 de setembro de 2010

Fim de Noite: "The Godfather"



O violonista e maestro holandês André Rieu tem estado com relativa frequência neste "Fim de Noite" do blog. Justifico pelo compromisso e o desejo de disponibilizar aos caríssimos webleitores a boa música. Hoje, André Rieu em "The Godfather", o belíssimo tema do filme "O Poderoso Chefão", de Francis Ford Coppola e um dos maiores sucessos de bilheteria do cinema. Ligue o som e aproveite. Boa noite.

Charge: Sargento Regina não está só



Charge de Ivan Cabral (cedida)
O universo político norte-riograndense foi supreendido desde a semana passada com a exibição no Youtube de um vídeo em que a vereadora pedetista e candidata a Deputado Estadual Sargento Regina foi gravada denunciando e denuciando-se sobre práticas políticas criminosas. Citou nomes de envolvidos, fez afirmações graves contra sí e contra políticos do estado. As teses de defesas são de uma fragilidade absurda. Não resistem a um sopro.
Até o momento, os acusados de envolvimento em atos criminosos citados nos vídeos estão "pensando" em o que fazer, na verdade, não para punir a vereadora, mas para abafar (como diria Luciana Gimenez) o caso e sair ileso das acusações.
Criminosa cumplicidade.
Mas a pergunta que se impõe é: seriam as práticas denunciadas pela sargento Regina, exclusiva da estreante vereadora do PDT?
O mais ingênuo dos observadores da cena política potiguar, sabe que não.
Até que apareçam outros vídeos.

Mau exemplo: candidata Dilma Rousseff foi multada dez vezes pelo TSE



Nesta terça-feira, 14, a ex-ministra e candidata a presidência da República Dilma Rousseff foi multada pela ministra do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) Nancy Andrighi. É a décima multa aplicada à candidata petista, pelo TSE - Tribunal Superior Eleitoral, por propaganda irregular.
As dez multas aplicadas totalizam R$ 48 mil reais. Desse total, duas somente foram pagas no valor total de R$ 11 mil. Ainda cabe recursos contra as outras. Sempre os recursos.
Convenhamos, a reincidência sistemática de infrações eleitorais cometidas por uma pretendente a assumir o mais alto cargo hierárquico da República, é um péssimo exemplo. Configura claramente um total desrespeito a legislação eleitoral. E passa uma idéia de que acham que podem tudo. Ou que acreditam na absoluta impunidade.
Com informações do site "Congresso em foco".

Constatação: não há o que discutir. Lula é mesmo "o cara"!




Sai escândalo, entra escândalo em Brasília, nas salas ao lado, em cima e em baixo do gabinete presidencial, mas nada penetra na intransponível imagem do presidente Lula. A auto blindagem é absoluta e aparentemente sem muito esforço e reconheçamos, por mérito próprio.

A pesquisa CNT/Sensus divulgada hoje, 14, indica queo governo do presidente Lula foi avaliado de forma positiva por 78,4% da população, contra 77,5% em agosto. É o maior índice desde o início do governo, em 2003. Um total de 15,9% avaliaram o governo como regular, e 3,9% o consideraram negativo. A avaliação pessoal do presidente Lula se manteve estável em relação ao final de agosto. Entre os 2 mil entrevistados, 81,4% aprovam o desempenho pessoal do presidente, contra 12,2% que desaprovam. Outros 6,5% não responderam. Em agosto, o índice de desempenho pessoal de Lula foi de 80,5% e 14,4% de desaprovação. Outros 5,2% não responderam. O recorde absoluto de aprovação se deu em janeiro de 2009, quando Lula atingiu a marca de 84% de aprovação de seu governo. E aí ele pode dizer com total razão. "Nenhum presidente neste país, conseguiu tanto". Nesta afirmação, fala a verdade o Lula.

segunda-feira, 13 de setembro de 2010

Fim de Noite: "Dust In The Wind""




O Fim de Noite de hoje vem de "Dust in the wind", com Paula Fernandes, uma das agradáveis revelações como cantora da música brasileira, nos últimos tempos. Vale a pena ouví-la. Boa noite!

Dust in the wind

All we are is dust in the wind
I close my eyes
Only for a moment,
And the moment's gone.
All my dreams,
Pass before my eyes, a curiousity.
Dust in the wind,
All they are is dust in the wind.
Same old song,
Just a drop of water in an endless sea.
All we do
Crumbles to the ground,
Though we refuse to see.
Dust in the wind,
All we are is dust in the wind.
Now, don't hang an
Nothing lasts forever
But the earth and sky.
It slips away
And all your money
Won't another minute buy.
Dust in the wind
All we are is dust in the wind.
Dust in the wind
Everything is dust in the wind.

Tradução

Poeira no vento
Todas as coisas são poeira no vento
Eu fecho meus olhos,
Apenas por um momento
E o momento desaparece
Todos os meus sonhos
Passam na frente dos meus olhos em curiosidade
Poeira no vento
Tudo o que eles são é poeira no vento
A mesma velha música
Apenas uma gota de água num mar sem fim
Tudo o que nós fazemos
Despedaça-se no chão
Embora nos recusemos a enxergar
Poeira no vento
Tudo o que nós somos é poeira no vento
Não se segure,
Nada dura para sempre
A não ser a terra e o céu
Deslizam para fora
E todo o seu dinheiro
Não vai comprar mais um minuto
Poeira no vento
Tudo o que somos é poeira no vento
Poeira no vento
Todas as coisas são poeira no vento

Eleições 2010: TSE libera e recomenda a "cola"




A eleição de 3 de outubro próximo exigirá atenção dos eleitores, tendo em vista que cada eleitor digitará 6 sequências de número para os respectivos cargos proporcionais e majoritários.
Inicia digitando 5 números para definir o Deputado Estadual;
A segunda digitação de 4 números para escolher o Deputado Federal;
Em seguida, digitará 3 números para decidir sobre o seu Senador, repetindo outra digitação com outros 3 números para votar no segundo Senador;
Na sequência, digitará 2 números para escolher o Governador; e finalmente,
Por último, digitará os 2 números finais para escolher o Presidente.

A sequência de números e de tantos cargos provavelmente tornará o processo de votação mais lento, tendo em vista que muitos eleitores encontrarão dificuldades para votarem com agilidade.
Preocupado com o problema, o próprio Presidente do Tribunal Superior Eleitoral, ministro Ricardo Lewandowski não só liberou como recomendou que os eleitores anotem os números de seus candidatos e levem a "cola" para a cabine de votação, com vistas a facilitar a digitação dos números sem maior problema. Lembra-se que para Senador o eleitor votará duas vezes, tendo em vista serem duas vagas a serem preenchidas para o Senado Federal.
É o momento verdade para cada eleitor que em que pese toda a propaganda eleitoral, o mesmo deverá refletir e votar segundo a sua consciência. A Democracia possibilita o importante momento de decidirmos livremente quem queremos como nossos representantes. A decisão é soberana e de cada um. Nunca é demais lembrar que temos os governantes que escolhemos.

quinta-feira, 9 de setembro de 2010

Fim de Noite: "Vida"



".. não é preciso uma verdade nova, uma aventura, pra encontrar nas luzes que se acendem um brilho eterno, e dar as mãos e dar de si além do próprio gesto e descobrir feliz que o amor esconde outro universo". Inegável que o compositor e cantor Fábio Júnior estava inspiradíssimo ao compor esta letra super humanizada. O compositor de "Pai", desde então, já demonstrava que suas composições iam além de músicas apenas românticas. No vídeo acima, "Vida" é cantada pelo padre cantor Fábio. A letra, repito, é um convite à reflexão sobre a vida.

Ficha Limpa só depende do STF















Ministros Cesar Peluso e Carlos Ayres Britto, presidente e vice-presidente do STF, respectivamente.

O ministro Cezar Peluso, presidente do Supremo Tribunal Federal (STF) disse hoje, 9, que o plenário da Corte "tem possibilidade" de julgar a constitucionalidade da Lei Ficha Limpa antes das eleições de 03 de outubro próximo.
Peluso disse ainda que a decisão tomada ontem, 8, pelo ministro Carlos Ayres Britto, vice-presidente do STF, que julgou improcedente a reclamação do candidato ao governo do Distrito Federal Joaquim Roriz, não significa uma sinalização do julgamento da constitucionalidade do Ficha Limpa pelo Supremo. "Não é sinalização de nada. É simplesmente a postura do ministro que deu a decisão", afirmou Peluso, referindo-se a Ayres Britto.
É compreensível a expectativa em torno do julgamento da constitucionalidade da referida lei, tendo em vista os políticos condenados que aguardam os recursos a serem julgados. Joaquim Roriz, Jáder Barbalho, Paulo Maluf entre muitos outros esperam um julgamento favorável a seus pleitos de poderem participar da próxima eleição. Muitos dos impetrantes de recurso já foram condenados pelas três instâncias anteriores entre elas o Tribunal Superior Eleitoral.
O detalhe é que a condenação de um deles significará a condenação de praticamente todos, pela jurisprudência criada sobre o tema.
A expectativa da opinião pública é a de que as instâncias do Judiciário tenham decidido de forma correta e que mereçam do STF a confirmação de suas sentenças.
O detalhe a ser destacado é que, ainda que a Corte máxima do país, o STF, frustrar essa expectativa, o eleitor democraticamente transformado em juiz no dia 03 de outubro, na urna, terá a possibilidade de fazer justiça com as próprias mãos, nesse caso, no melhor sentido da palavra, ou seja, fazendo prevalecer sua vontade e convicção democrática, decidindo se querem fichas sujas ou limpas como seus legítimos representantes. Ôlho vivo.

"RN" NO JORNAL NACIONAL




O Jornal Nacional de hoje teve início com belas imagens do Rio Grande do Norte mas com estatísticas negativas sobre o estado no tocante a qualidade de vida, baixíssimo índice de saneamento e dados negativos sobre a criminalidade. Em seguida o repórter Ernesto Paglia mostrou o município de São Gonçalo do Amarante, focalizando inclusive o aeroporto cuja construção teve início há mais de dez anos mas que, paralisada a construção, tem apenas a pista ainda inacabada.
O destaque histórico ficou por conta do Massacre dos Mártires de Uruaçu, em 1645, que marcou a luta pela expulsão dos holandeses. Um momento marcante da história de São Gonçalo do Amarante, do estado do Rio Grande Norte, do Brasil. Entrevistado, o professor Luiz Eduardo,mais conhecido como Coquinho, deu uma verdadeira aula de história local ao repórter do projeto "JN no AR".
De qualquer maneira a visibilidade do RN proporcionada pela exibição no mais importante jornal da televisão do país é significativa.

Tudo por um voto



Aparentemente, nada anormal. Afinal são dois homens em uma moto, se locomovendo de um lugar para outro. Até aí, tudo bem. Mas não é bem assim. A imagem e didática. Há outras semelhantes principalmente no objetivo do registro fotográfico. Serra usando chapéu de couro (nordestino), Dilma fazendo omelete de ovo em programa de TV popular e outras excentricidades sem limites por aí.
Mas a mensagem que fica em uma foto de Garibaldi, senador da República, ex-presidente do Congresso Nacional na "garupa" de uma moto no interior, é a de que eles, literalmente todos eles, são capazes de tudo por um voto. Mas somente nas eleições. A pergunta que não quer calar: se, por se considerarem seres humanos normais, não são assim durante todo o período do mandado, 4 ou 8 anos? Outra: por que a "popularidade" só acontece de maneira exacerbada e manifesta em épocas de eleições? A resposta é óbvia e por respeito à inteligência de alguns possíveis leitores do Blog, deixamos que cada um formule a sua própria resposta.
Mas que a foto é emblemática, é. E não há preconceito nenhum sobre andar de moto. Meu filho tem uma que vivo insistindo para ele abandoná-la, mas tão somente por um motivo. A insegurança no trânsito para o tipo de veículo: a moto. Garibaldi, em campanha, não está nem aí. Vale tudo mesmo.

terça-feira, 7 de setembro de 2010

Fim de Noite: "Sol de Primavera"




"... Já choramos muito, muitos se perderam no caminho, mesmo assim não custa tentar uma nova canção que venha nos trazer sol de primavera". O Fim de Noite de hoje traz "Sol de Primavera" com o violonista, cantor e compositor mineiro, Beto Guedes. A composição do vídeo ilustra uma época em que em função da censura por conta do regime militar, os campositores recorriam às metáforas para expressar visões políticas libertárias. Com talento, eles conseguiam unir a mensagem inteligente a belas melodias que se confundiam com recados românticos, conseguindo resultados como esta bela canção. Ligue o som e boa noite.

Lei Ficha Limpa: a mais importante iniciativa popular do ano




A Constituição Federal de 1988, considerada uma Constituição cidadã pelo saudoso deputado federal Ulisses Guimarães, teve o inestimável mérito de ampliar direitos e garantias individuais e coletivas no país. Entre grandes avanços democráticos destaca-se inegavelmente a prerrogativa dos brasileiros de ter acesso ao Poder Legislativo federal representado pelo Senado Federal e Câmara dos Deputados e assim propor novas leis.
A primeira e importante iniciativa foi o projeto de lei conhecido como Ficha Limpa. O que propõe uma justa e inadiável igualdade entre os brasileiros. O cidadão comum para participar de qualquer concurso público, passa pela exigência de apresentar "folha corrida" ou Atestado de Bons Antecedentes fornecido pelos órgãos de Segurança Pública. Enquanto isso, quase a metade dos parlamentares brasileiro tem processos em andamento nas várias instâncias da Justiça brasileira. Muitos já condenados nas três instâncias do Judiciário, mas continuavam se candidatando ou exercendo algos cargos públicos sem nenhum problema.
Aprovada pelo Congresso Nacional e sancionada pelo presidente Lula, a Lei Ficha Limpa transformou-se em importante precedente para que a população brasileira participe efetivamente da política partilhando responsabilidades e colaborando efetivamente para a melhoria da vida dos brasileiros, através de iniciativas como esta que contribui para a moralização das práticas políticas no país.
Basta que o Supremo Tribunal Federal não contrarie o legítimo anseio da grande maioria dos brasileiros.
Outros importantes temas de interesse nacional devem ser colocados em pauta e propostos. Vitória da cidadania.

Insegurança jurídica no Brasil: "À meia noite violarei o teu sigilo"


















Como brasileiro medianamente esclarecido este humilde blogueiro acredita no poder das palavras como ferramenta de cidadania. Em um regime democrático, as palavras podem mais do que o poder destrutivo dos canhões. O senso crítico construtivo deve acompanhar de maneira fiel nossas reações e até nosso inconformismo cívico. É o que faz por exemplo, a combativa jornalista Marli Gonçalves em mais um irretocável texto, abaixo, sobre a inegável insegurança jurídica que norteia a vida dos cidadãos comuns, principalmente os envolvidos democraticamente na política partidária. O indiscutível aparelhamento político partidário do país propicia abusos de poder e desmandos próprios de quem tem projeto de poder e não projeto de governo. De qualquer forma, o que não se pode é perdermos a nossa capacidade de nos indignarmos, sob pena de alimentarmos cada vez mais impunidade e a falsa certeza de que eles podem tudo. É razoável que acreditemos que as grandes e importantes transformações de uma nação passam necessariamente pelo envolvimento dos seus cidadãos através de participação efetiva no processo político do país. Neste particular, a frágil Democracia no Brasil possibilita, ainda, avanços de ações de cidadania. A Lei da Ficha Limpa, de iniciativa popular (mais de 1 milhão e 700 mil assinaturas), demonstra que a atual Constituição garante direitos do cidadão. Vale a pena refletir sobre o que escreveu a jornalista Marli Gonçalves:

"À meia noite violarei o teu sigilo"

"Parece filme de terror, com a ameaça à espreita. Estamos virando um país de bandidos. Vivemos cercados de ameaças travestidas de oportunidades e o clima pesa, trazendo um desconforto quase insuportável, sufocante tanto quanto o ar seco e poluído. O frio sem hora, o calor que vai e vem. Todos viramos reclamões. Nada está exatamente bem. Algumas coisas estão péssimas. E, sinceramente, anda difícil respirar e relaxar.


Sai mês, entra mês e a gente só vê as coisas piorarem para o nosso lado. As contas fazendo pressão, vazando para dentro na soleira pelo vão da porta, pagando serviços ruins, incompletos, muito caros. Culpa do sistema. Caiu o sistema. O sistema está lento. Um momento, por favor! Sua ligação está sendo gravada a partir deste momento. Anote o protocolo, nº 361.354.861.751.744.2551.211-2010N.

Só por aí já descobrimos que somos milhões reclamando!Trilhões de vezes. Como compensação moral, essas companhias todos os anos lideram as listas de piores serviços, e ganham como "maior número de denúncias". O que eles devem gostar. Só podem. E sabe por causa do quê? Como é que você vai se livrar deles? Só mudando de país, ou virando eremita. Temos que enfrentá-los no meio das barbaridades e modernidades. Telefônicas, operadoras de tevê a cabo, seguros-saúde, seguros-computador-celular-casa, seguros obrigatórios, companhias de luz, gás, água e esgotos, cartões de crédito. Vai! Encara! Vai ficar sem luz, sem gás, sem comunicação, na fila do SUS. Vai se fornicar todo.

Por exemplo: fica sem pagar um mês. Algumas destas, em 15 dias já terão cortado as suas libertárias asinhas de consumidor. Outras cobrarão juros tão extorsivos que você logo sentirá o que é ser escravo. Sem documentos, sem lenços, nome no SPC, BNH, INAMPS, BC, BB, JC, TJ, TS, ST, SJ, no BIBIBI e no BOBOBÓ.

Vamos ao ponto: e as informações a seu respeito - de todo esse mundo paralelo - estão aí, nesse meio, rolando entre eles, nos cadastrando, vendendo nossos endereços e hábitos e nos taxando. Onde, raro, houver concorrência, sempre tem a hora que eles passeiam de mãos dadas. A piada que no futuro "não poderíamos ligar para pedir uma pizza de calabresa porque o atendente teria nossa proibitiva ficha médica" é só uma piada. Se puderem, venderão a pizza casada com uma promoção imperdível de remédios para o colesterol alto, uma lixeira para o descarte da embalagem que, cortada, valerá um bônus para uma sobremesa. Topam tudo por dinheiro.

Por outro lado, no Governo, no Estado, no que deveria ser a nossa garantia, estamos fichados, oficialmente. Tento fazer você entender melhor como as coisas estão funcionando. Mal. Quando um Governo é descoberto USANDO o sigilo fiscal, do Imposto de Renda, do Leão, da Receita Federal, o escambau contra QUEM QUER QUE SEJA, é grave. Muito grave. Gravíííííssimo! Quando a gente fica sabendo que - pior! - alguns desses mesmos dados estão sendo vendidos nas esquinas do comércio popular, em CDs a "10 real" já nem acredita. Mas, se o cara tiver más intenções, corre lá para comprar, para locupletar-se também.

Estamos virando um país de bandidos? Onde bandido vota em bandido porque, afinal, também quero uma boquinha? Onde se fecha os olhos para a censura? Onde se desrespeita os direitos mais fundamentais e tudo bem porque (ainda) não é com você?

Muito mais do que dizer "somos todos Francenildos". Ou "somos todos essa tal de Verônica Serra". Estamos sendo é todos otários, idiotas, monitorados, dependentes, enrolados, controlados e usurpados.

Falei claramente? Com certeza, melhor do que os caras andam fazendo na televisão, imbuídos de seus ares sérios, sorrisos falsos e com seus terninhos bem cortados. Que falam termos que eu bem queria saber como são exatamente entendidos na linha final, onde autoritário é positivo; ser chefe. E o popular se confunde entre a palhaçada e a vitória do pobre. Onde poucos sabem o sentido e a forma das leviandades, muito menos das palavras.

É poste, sabonete, lideranças - tudo sendo vendido em embalagens que nós mesmos fornecemos as dicas - escuta só. Se tanto falam em pai e mãe, é porque devemos estar mesmo órfãos e eles querem nos adotar, nos dando doces, prometendo educação, saúde, a transposição do rio São Francisco, o trem-bala de chupar otário, crack só na Bolsa, coisas PACas. São as novas dentaduras, óculos, muletas. Compram (ou vendem) seus votos com base nas ilusões da maioria. Um jogo de espelhos, tendencioso.

Nada disso é novidade no mundo do papagaio de botinas, encarnado em maioral, e sua turma, cada vez avançando mais em áreas sensíveis, inclusive nos subterrâneos, dos mares. E da liberdade. Tudo muito flex, muito Filme B, chanchada. O empresário rico distribui bondades, faz implante de cabelo e fala em filosofia; já não tem mais a carcamana figura de Abílios, Samuéis, Hermínios.

Cuidado: filmes de terror costumam ter corvos disfarçados em outros pássaros, manos infiltrados. Bruxas que viram lindas princesas. Sapos barbudos que viram ditadores encastelados. Beijos e abraços de morte. Perigo a cada porta ou gaveta que se abre, e eles arrombam! Filmes de terror mostram experiências, inclusive com o sangue dos vampiros, que um dia explodem, levando o laboratório aos ares. Filmes de terror também trazem fantasmas que se levantam de seus túmulos, ectoplasmas, ou seres imortais, ressuscitados da lama e do pântano.

Está certo. OK. A sorte é que nem todas as mocinhas estão distraídas tomando banho no chuveiro e que há ainda cavaleiros e mineiros empreendendo batalhas, como Quixotes.

E, dizem, não há mal que sempre dure.

São Paulo, Central do Brasil, 2010, ou 5771



• (*) Marli Gonçalves é jornalista. Sabe que todo mundo, no fundo, tem um sigilo que teme ser quebrado. E que ninguém gosta de ser refém. "
Transcrito do site de Claudio Humberto.

sábado, 4 de setembro de 2010

Fim de Noite: "Lady"




"Dama... há algo que eu quero dizer: você é o amor da minha vida". Em geral as baladas americanas tem uma melodia que agrada muito, mesmo para quem não consegue traduzir as letras. Fazendo a linha romântica, sem preconceitos, o Fim de Noite de hoje traz o cantor texano, nascido em Houston, Kenny Rogers, com "Lady", traduzida para melhor percepção da letra e música. É só ligar o som, cantar e se apaixonar. Boa noite!

Leitura Dinâmica: "Porque os sonhos nos ajudam a viver melhor"





Porque os sonhos nos ajudam a viver melhor

A ciência revela que sonhar deixa a memória afiada, ajuda a lidar com as emoções e nos treina para os obstáculos da vida real

Rachel Costa e André Julião

Fechar os olhos, relaxar, dormir, sonhar. Um ritual comum, diário, banal até. E que, no entanto, como começam a revelar as mais recentes pesquisas da neurociência, é vital para nossa sobrevivência e tem impacto profundo na qualidade de vida. De acordo com os estudos, para viver melhor, é preciso sonhar. Os sonhos exercem funções biológicas fundamentais na evolução da nossa espécie: eles aprimoram a memória, ajudam no aprendizado, nos auxiliam a resolver nossa vida emocional e servem como treino para nos preparar para os desafios do dia a dia.

Na história da humanidade, é a primeira vez que os sonhos alcançam uma dimensão dessa magnitude. Desde as primeiras civilizações, buscamos entender o significado das imagens e das emoções experimentadas durante o sono – às vezes prazerosas, às vezes apavorantes. Explicações variadas já surgiram, inclusive. Grande parte delas relaciona-se a interpretações místicas, colocando o sonho como uma forma de nos relacionarmos com o divino. Também já são conhecidos episódios famosos que o colocam como fonte de inspiração para a criação. A escritora britânica Mary Shelley idealizou o personagem Frankenstein depois de sonhar com ele. O químico russo Dmitri Mendeleiev organizou os elementos químicos na tabela periódica depois de vê-la em um sonho. Paul McCartney sonhou com a música “Yesterday” e a compôs assim que acordou. E o pintor surrealista espanhol Salvador Dali desenvolveu uma técnica em que usava seus sonhos para fazer seus quadros. Não por acaso, o tema estimula mentes criativas e aparece com frequência em todos os tipos de arte, como no recente sucesso cinematográfico “A Origem”.

Porém, o entendimento mais profundo dos sonhos só começou a ganhar fôlego a partir de Sigmund Freud. Seu livro “A Interpretação dos Sonhos”, lançado há 110 anos, representou um marco e lançou as bases da psicanálise. Pelo entendimento do médico austríaco, os sonhos eram um modo de manifestação dos desejos reprimidos.

Somente agora, no entanto, com os progressos da neurociência, compreende-se muito mais seu papel real na vida cotidiana – a prática e a emocional. O primeiro passo para a guinada foi a descoberta, por meio de eletroencefalogramas, de que durante o sono a atividade cerebral não se mantém constante. Ondas cerebrais lentas são sucedidas por curtos períodos de ondas mais aceleradas, acompanhadas por rápidos movimentos involuntários dos olhos. É o chamado sono REM (do inglês “movimento rápido dos olhos”). Constatou-se, posteriormente, que, durante esse período mais agitado, o fluxo sanguíneo cerebral se intensifica e uma série de imagens toma conta do cérebro. É o nascimento dos sonhos.

A partir dessa descoberta, outras foram surgindo, associando o sono à consolidação das memórias. Observava-se, por exemplo, que a privação de sono atrapalhava o aprendizado, mas não se explicava exatamente como. Ainda foram necessárias muitas outras pesquisas para se chegar à equação que relaciona a memória aos processos desencadeados no cérebro durante as duas fases do sono.

Para resolver esse enigma, os cientistas precisaram entender o modo como o cérebro define, em meio ao turbilhão de novos conteúdos ao qual é exposto diariamente, o que será guardado. Uma nova informação só se torna uma memória de longa duração se passar pelo crivo de nossa mente, que precisa considerar aquilo significativo e, portanto, digno de ser lembrado. “O que não é importante é esquecido”, explica o psicólogo Rafael Scott, doutorando em psicobiologia pelo Instituto Internacional de Neurociência de Natal (IINN), no Rio Grande do Norte. Selecionado o que deverá permanecer, essas lembranças começam a ser ligadas a outras, mais antigas. É esse processo que lhes garante permanência. “Nossa memória funciona por meio da formação de redes associativas de significado”, diz o cientista Sidarta Ribeiro, um dos fundadores do IINN. “Quando você era criança, aprendeu que rosa era uma flor. Depois descobriu que também era uma cor. Quando foi para a escola, teve uma coleguinha chamada Rosa. Mais tarde, descobriu o escritor Guimarães Rosa e que essa mesma palavra também poderia ser o nome de um livro de Umberto Eco – “O Nome da Rosa”, exemplifica.

Mas o que o sonho tem a ver com esse processo? “É nos sonhos que as experiências importantes vividas durante o dia estão sendo associadas às memórias passadas”, explicou à ISTOÉ Robert Hoss, presidente da Associação Internacional para o Estudo dos Sonhos e diretor-fundador da Fundação DreamScience. Ou seja: o sonho é fundamental para que essa rede de associações seja tecida. Ele permite a migração daquilo que aprendemos durante o dia e que está no hipocampo – região do cérebro responsável pela aquisição de novos conhecimentos – para o córtex cerebral, onde é armazenado. “É como se fosse o movimento das marés”, compara Ribeiro. A maré cheia corresponde à fase em que as memórias atingem o córtex e, ao “esvaziar”, deixa o hipocampo livre para novos aprendizados. Ao construir essa teia, símbolos diferentes se mesclam de acordo com sua significação ou com as emoções a eles associadas. “É por isso que, no sonho, a pessoa Rosa pode aparecer significada como o escritor: todos estão dentro da mesma rede de associações”, esclarece o cientista brasileiro.

Extraído da revista "Istoé", edição nº 2130.

As manchetes das revistas no fim de semana



Capas meramente ilustrativas. As manchetes reais são as seguintes:

Veja: "O partido do polvo" - Sobre os últimos fatos políticos, como a quebra do sigilo fiscal de candidatos e parentes.

Istoé: "Sonhos - como usá-los na vida real".

Época: "A cartada de Serra" - Sobre a quebra do sigilo fiscal de sua filha"

CartaCapital: "O império vacila" - Sobre a retirada das tropas dos Estados Unidos no Iraque.

Charge: muita sujeira na roupa dos políticos



Charge: Ivan Cabral

Pensando bem, a senhora lavadeira tem razão de sobra. E também claro senso crítico, ao responder ao filho que com direito a toda inocência própria de sua idade, até que em sua boa fé tentou ajudar a sua mãe, sugerindo mais trabalho. A sujeira é grande. Mas uma grande sacada do competente chargista areia-branquense Ivan Cabral. Um mestre do lápis e da criatividade.

quinta-feira, 2 de setembro de 2010

Fim de Noite: "Cadeira vazia"



"...não te darei carinho nem afeto, mas pra te abrigar podes ocupar meu teto, pra te alimentar podes comer meu pão". Uma composição com este teor só poderia ter a inspiração do mestre Lupiscinio Rodrigues,compositor gaúcho em parceria com Alcides Gonçalves. O Fim de Noite desta 5ª vem de "Cadeira Vazia", interpretada de forma irretocável pela Diva da música brasileira Elis Regina, em um dos momentos especialíssimos da televisão brasileira. Ligue o som e boa noite!

STF decide: Liberdade para rir, inclusive dos políticos



O bom senso prevaleceu. "Vedar o humor: isso é uma piada", afirmou o ministro Ayres Britto, citando frase atribuída ao presidente do Superior Tribunal Federal, ministro Cezar Peluso.
Pela decisão do plenário, continua suspenso por prazo indeterminado o inciso 2 do artigo 45 da Lei das Eleições (9.504 de 1997), que veda, a partir de 1º de julho de ano eleitoral, "trucagem, montagem ou outro recurso de áudio ou vídeo que, de qualquer forma, degradem ou ridicularizem candidato, partido ou coligação".
Continuo achando que em meio a tantos processos importantes que tem consequências diretas com a vida dos brasileiros, o Supremo Tribunal Federal tenha que se ocupar de julgar recursos ridículos como esse da proibição de rir dos políticos.
Eles é que precisam levar a política a sério, se querem ser tratados com seriedade. Enquanto isso, Tiririca continua fazendo a festa em São Paulo, dando mais Ibope que o senador petista Aluizio Mercadante, candidato ao governo de São Paulo e pertencente a coligação que tem o humorista candidato a deputado federal pelo PR - Partido da República.

Ficha Limpa expõe dois tribunais: STF x TSE


















O julgamento nos próximos dias pelo Superior Tribunal Federal (STF) dos recursos impetrados por candidatos fichas sujas condenados pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) revelará a sintonia ou não entre os tribunais superiores específicos e a instância máxima do Judiciário, o Supremo Tribunal Federal.
Os recursos decorrem de condenações nas três instâncias do Poder Judiciário: Juizados Eleitorais (no município), Tribunal Regional Eleitoral (na capital de cada estado) e no Superior Tribunal Eleitoral, em Brasília.
Cresce a expectativa em torno de tais julgamentos, pelo fato dos recorrentes (candidatos fichas sujas) terem sido condenados nas três instâncias. Estranho será que todos os Juízes, Desembargadores e Ministros estejam equivocados na aplicação da lei eleitoral, considerada de não muita complexidade.
Uma decisão contrária do Supremo Tribunal Federal desmoralizará de vez o Tribunal Superior Eleitoral e demais instâncias inferiores.
Há de se destacar que os ministros que compõe o STF também fazem parte do TSE e lá, a maioria votou a favor da validade da Lei Ficha Limpa para as eleições de 03 de outubro.
De origem popular, a Lei Ficha Limpa significou uma inequívoca vitória da cidadania que tenta ajudar a moralizar a política partidária no país. Será uma grande frustração para os brasileiros ver a suprema Corte judiciária votar contra os anseios de mais de 1 milhão e 700 mil cidadãos que assinaram o abaixo assinado pedindo a aprovação da lei e sua validade imediata.

quarta-feira, 1 de setembro de 2010

TSE confirma decisão do TRE: mantido o cartão vermelho para Roriz




Saiu no site "congressoemfoco":

Por maioria dos votos - seis a um -, os ministros do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) barraram a candidatura ao governo do Distrito Federal de Joaquim Roriz (PSC) com base na Lei da Ficha Limpa (Lei Complementar 135/10). A corte confirmou a decisão anterior do Tribunal Regional Eleitoral (TRE-DF), que também negou a inscrição de Roriz por conta da renúncia ao mandato de senador em 2007. Eles acompanharam o voto do relator do caso, Arnaldo Versiani, ao não aceitar o recurso apresentado pelo ex-governador do DF. Cabe recurso da decisão ao próprio TSE e, depois, ao Supremo Tribunal Federal (STF).

Com a decisão, os ministros afastaram a última dúvida que recaía sobre a Ficha Limpa: a questão da renúncia. Agora, já está assentado que, ao deixar o mandato para escapar de um processo por quebra de decoro, o político, seja parlamentar ou chefe de Executivo, está inelegível por oito anos contados após o fim do mandato, na interpretação dos ministros do TSE. Roriz pode, por enquanto, pode continuar sua campanha no rádio e na televisão, assim como o corpo a corpo nas ruas. Os advogados do ex-governador já adiantaram que vão recorrer ao STF.

Notado Blog:
Em um raciocínio leigo deste blogueiro, entendo que as quatro e não três instâncias do Judiciário brasileiro existem com o objetivo de preservar o mais amplo direito de defesa de qualquer condenado pela primeira instância. Perfeito o espírito da lei no sentido de garantir aos réus a possibilidade de corrigir eventuais equívocos ou injustiças.
Há processos extremamente simples e também altamente complexos em seus méritos a serem julgados. Mas convenhamos, no caso específico citado acima, o réu foi condenado inicialmente na primeira instância, tendo a sentença sido confirmada no Tribunal Regional Eleitoral e por fim novamente mantida pelo Superior Tribunal Eleitoral, em crime eleitoral previsto na legislação.
Não dá para imaginar que as três instâncias representadas inicialmente por um juiz, depois por um colegiado no tribunal regional e finalmente por outro colegiado em um tribunal superior, tenham cometido injustiças contra o réu ex-governador Joaquim Roriz. É verdade que a Lei Ficha Limpa não foi suficientemente clara em alguns aspectos e deixou "brechas" para os "espertos" advogados que proliferam no Distrito Federal de Brasília, mas o texto não é tão complexo assim que tantos doutores das três instâncias não conseguissem formar uma opinião e baseado nela decidirem.
O próximo recurso (sempre os recursos) será julgado pelo Supremo Tribunal Federal, que tem em seu corpo de ministros, os mesmos que já o julgaram no Tribunal Superior Eleitoral.
É esperar para ver.

Crianças no carro, só nas cadeirinhas



Agora é lei. O Código de Trânsito Brasileiro prevê que a partir de hoje, em todo o Brasil, crianças de até 7 anos e 6 meses somente poderão serem transportadas em carros de passeio se acomodadas em suas cadeirinhas específicas para cada idade.
Crianças de até 1 ano devem ser transportadas no bebê-conforto. Entre 1 e 4 anos, o lugar correto para acomodá-las é em cadeirinhas com encosto e cinto próprios. Os assentos de elevação, que utilizam o cinto de segurança do carro e evitam que ele fique na altura do pescoço da criança, podem ser usados para as de 4 a 7 anos e meio. Acima dessa idade ou a partir de 1,45 metro de altura, o uso do cinto de segurança continua obrigatório.
O motorista que descumprir a resolução ficará sujeito a multa por infração gravíssima, prevista pelo Código de Trânsito Brasileiro. Isso significa o pagamento de 191,54 reais, a perda de 7 pontos na carteira de habilitação e a retenção do automóvel até a instalação do equipamento.
Essas regras não se aplicam aos veículos de transporte coletivo, aos de aluguel, aos táxis, aos veículos escolares e aos demais veículos com peso bruto total superior a 3,5 toneladas.

Nota do Blog:
Todas as medidas que tenham como objetivo preservar a vida humana devem ser bem recebidas por todos. No entanto, algumas observações acredito serem pertinentes. O Governo ao estabelecer a norma jurídica, deve ter se fundamentado em dados sobre acidentes automobilísticos envolvendo crianças. O automóvel há muito deixou de ser um bem de luxo para se transformar em um instrumento de trabalho para muitos, inclusive os de renda relativamente baixa. Considerando a especificidade da lei, será necessária a compra de 3 tipos de cadeiras por criança, a um custo provavelmente insuportável para muitos pais. Não são poucos os casos de famílias com dois ou três filhos com idade de até 7 anos, faixa de idade visada pela obrigatoriedade, que terão dificuldades intransponíveis para atender à exigência legal, mas com a necessidade de transportar seus filhos.
O caráter punitivo existente na lei é outro detalhe. Esses fatores certamente contribuirão para as inevitáveis situações em que multados, alguns motoristas buscarão, na impossibilidade de arcar com tais custos de multas, aderir a tentativas de corromper o zeloso guarda de trânsito.
Outro aspecto é que sequer o mercado se preparou para atender à demanda de cadeirinhas, considerando os três modelos.
Lembram da exigência do duvidoso, ilegal e ineficaz kit de primeiros socorros há alguns anos.
O problema reside na elaboração de leis cuja aplicabilidade não é devidamente avaliada, transfomando-se tão somente em instrumentos punitivos para os brasileiros, sem a eficácia pretendida.
Mais um monstrengo criado pelos senhores legisladores de Brasília. Em 03 de outubro, vale a pena pensar nisso, ao eleger os próximos representantes e que legislarão pelos próximos quatro anos.
Lembram

PROPAGANDA POLÍTICA GRATUITA? O POVO É QUEM PAGA!



Na telinha de sua TV, o eleitor desavisado ou de muito boa fé, vê "Horário Eleitoral Gratuito". Não é verdade. Somente nesta eleição, ela custará algo em torno de um bilhão de reais. Não há erro na informação. Um bilhão de reais é que nós, contribuintes, pagaremos através de impostos, para ouvir e ver as absurdas e não cumpridas promessas dos políticos candidatos e as brincadeiras de mau gosto com a cara do eleitor brasileiro. A Lei das Eleições (9504/97) regulamenta a presença dos candidatos na propaganda eleitoral. Na prática, já existe o financiamento público das campanhas eleitorais.
A propaganda eleitoral poderia sim ser um instrumento de debates sérios e discussões importantes sobre o graves problemas do país. Infelizmente não é.
Pagamos para ver e ouvir, por exemplo, Tiririca falar que "pior do que está, não pode ficar." E arremata o divertido humorista: "Vote em mim, abestado!"
É o Brasil, hoje.